sábado, 30 de janeiro de 2016

Exposição homenageia os 100 anos de A Metamorfose de Kafka


Em cartaz na Casa da Rosas, “Um corpo estranho” mostra como a obra do escritor tcheco se mantém atual ao criticar uma sociedade burocratizada [...]
Um século se passou desde que A Metamorfose, de Franz Kafka (1883-1924), foi publicada pela primeira vez, em 1915. A narrativa, capaz de conferir realismo a um episódio absurdo, tornou-se uma referência dentro da literatura universal e sintetiza o desconforto enigmático pela qual a linguagem kafkiana ficou conhecida.
Para marcar o centenário da obra, a Casa das Rosas, em São Paulo, apresenta a exposição Um corpo estranho – Centenário de publicação de A metamorfose, de Kafka, que percorre os principais elementos do livro bem como seus desdobramentos filosóficos e estéticos na atualidade. [...]


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Uma triste estatística!

Brasil tem 21 cidades entre as 50 mais violentas do mundo

Maioria dos municípios brasileiros no ranking estão no Nordeste. Caracas é cidade mais violenta do mundo, segundo relatório anual de ONG [...]



UFMG: Festival de Verão 2016 - Memória: cognição situada e cognição distribuída

Muito além da recordação: oficina abordará a memória como processo de reconstrução
 
“Faculdade de reter e recordar ideias, impressões e conhecimentos adquiridos anteriormente”. É dessa forma que os dicionários definem o termo memória, aqui associado às reminiscências, recordações e lembranças. Mas a memória, segundo os estudiosos, vai muito além disso.
“De acordo com o psicólogo Frederic Bartlett, recordar não é relembrar, e, sim, um processo de reconstrução, no qual aspectos do episódio previamente apresentado são tecidos em um todo coerente com a ajuda do conhecimento preexistente”, explica o professor Eduardo Fleury Mortimer, do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino da Faculdade de Educação da UFMG.
Mortimer ministrará a oficina Memória: cognição situada e cognição distribuída no Festival de Verão 2016. O curso será iniciado com a noção de Bartlett de que a memória é um processo construtivo.
“Após essa introdução, será apresentada aos participantes a consideração de que a memória, como toda a cognição, depende não somente do cérebro, mas também do corpo”. Segundo Mortimer, normalmente esse processo ocorre levando-se em conta a estrutura social e ambiental do meio, distribuindo-se entre o cérebro e o ambiente.
“Ele se estende além das fronteiras de um organismo individual. Durante a oficina, será possível e necessário fazer uso de artefatos na solução de problemas que exijam memória”.
Entre os possíveis públicos da oficina, estão professores de escolas de ensino fundamental e médio, já que, segundo Mortimer, aplicações ao ensino também serão consideradas na oficina. Contudo, a atividade é aberta a estudantes universitários e a qualquer interessado no assunto.
As inscrições para as oficinas do Festival de Verão devem ser efetuadas no site da Fundep. Mais informações sobre as atividades estão disponíveis na página do evento.
Vagas: 30
Carga horária: 4 horas
Período: 2 de fevereiro
Horário: 8h30 às 12h30
Classificação etária: a partir de 15 anos
Local: Conservatório UFMG – sala 2


 

Projetos para mobilidade podem transformar a vida em São Paulo, defende especialista

 
Pesquisador na área de planejamento de transportes e transporte público, o professor Orlando Strambi fala sobre congestionamentos, corredores de ônibus e tarifa zero
Uma cidade se define em função de várias características. Uma delas é a infraestrutura, composta pela rede de saneamento básico, energia, telecomunicações e transportes. Esse último item permite a ligação entre as diferentes partes da cidade e, como os demais, tem influência direta no seu desenvolvimento e na qualidade de vida da população.
Para garantir que a ação dos transportes seja positiva é necessário adotar políticas, projetos e investimentos que os conduzam ao status de instrumentos transformadores, diz Orlando Strambi, professor do Departamento de Engenharia de Transportes da Escola Politécnica (Poli) da USP. “O transporte é, sem dúvida, um dos componentes que podem ajudar a mudar a cidade. Não mudar para qualquer coisa, mas para algo que tenha as características mais benéficas para ela”, afirma. [...]


Saiba mais em http://www5.usp.br/103949/projetos-para-mobilidade-podem-transformar-a-vida-na-cidade-defende-especialista/

Economia: onde começa a informalidade???

Publicado em Pesquisa, Sociedade por Bianka Vieira
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) acaba de divulgar um relatório com más notícias para o Brasil: suas previsões estipulam que a taxa de desemprego continuará a crescer ao redor do mundo não apenas em 2016, como também em 2017, com 700 mil novos desempregados no país até o próximo ano. Enquanto a onda de demissões e não abertura de novas vagas preocupa, o cenário brasileiro também vê surgir empreendedores – boa parte deles informais.
Responsáveis pelo que corresponderia a cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB), essas pessoas pertencem a grupos de micro e pequenos empreendedores que se veem impossibilitados de formalizarem a situação de seus negócios diante da burocracia e da alta carga tributária presentes no processo de legalização. Uma economia nem tão subterrânea assim que tem atraído cada vez mais pessoas.
“Tem muita gente perdendo o emprego. O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que é o saldo anual de contratações menos demissões, vai acumular mais de 1,5 milhões de vagas cortadas; a taxa de desemprego está indo para a casa de 10%. As pessoas perdem o emprego e vão para o setor informal, que aparece como uma saída para elas”, afirma Julia Passabom Araujo, economista formada pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. [...]

 

ONU: Tecnologia pode reduzir danos e mortes por desastres que afetam 100 milhões de pessoas por ano




Em 2015, o número registrado de grandes secas dobrou, atingindo mais de 35 milhões de pessoas. Conferência organizada por agência da ONU vai debater como a ciência pode ajudar a prevenir riscos associados a fenômenos extremos.
Nesta quarta-feira (27), tem início a primeira Conferência de Ciência e Tecnologia do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR). O encontro vai reunir mais de mil cientistas, políticos e representantes do setor privado. O diretor da agência da ONU, Robert Glasser, destacou a importância da ciência para reduzir a exposição da população mundial a fenômenos extremos, que já afetam 100 milhões de pessoas por ano. Em 2015, o número de grandes secas dobrou, atingindo mais de 35 milhões de indivíduos.
“A aplicação da ciência e da tecnologia é vital para reduzir as perdas crescentes vinculadas a desastres que podem, frequentemente, piorar o potencial para lutas e conflitos em muitas partes do mundo, particularmente em lugares onde os ecossistemas estão sendo perdidos”, afirmou o diretor na véspera da Conferência. Segundo Glasser, na última década, 173 milhões de pessoas foram afetadas por enchentes, tempestades, secas, terremotos e outros desastres. Nesse período, a média anual de mortes associadas aos fenômenos extremos chegou a 76 mil.
Para o chefe da UNISDR, “a previsão aprimorada e o desenvolvimento de práticas da agricultura resistentes a secas podem ajudar a reduzir rivalidades e tensões étnicas”. “Isso precisa ser melhor compreendido uma vez que a desertificação se dissemina e a segurança alimentar é fragilizada em muitas partes do mundo, (situação) acentuada pelo atual fenômeno do El Niño, que está tendo um impacto devastador sobre a produção das safras”, disse Glasser.
A Conferência promovida pela agência da ONU quer mobilizar a comunidade científica para incentivar a implementação do Marco de Sendai para a Redução de Risco de Desastre, adotado em março de 2015 pelas Nações Unidas.

A Economia da Desigualdade

Reforma do sistema tributário é necessária para fim da desigualdade da América Latina, afirma CEPAL
Em mensagem conjunta, o organismo da ONU e a Oxfam Internacional alertam para crescimento desproporcional entre os ricos e pobres na região, considerada a mais desigual do mundo. Benefícios para multinacionais e evasão fiscal impedem que a verdadeira renda dos países seja aplicada no fim da pobreza e em serviços para a população mais vulnerável.
Em Davos, Suíça, líderes do planeta se encontraram no Foro Econômico Mundial entre 20 e 23 de janeiro como o compromisso de melhorar o estado atual do mundo em nome do interesse público e encontrar respostas para os desafios mais prementes. A secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), Alicia Bárcena, e a diretora executiva da Oxfam Internacional, Winnie Byanyima, utilizaram a ocasião para chamar a atenção para a crescente desigualdade no mundo que arrisca agravar o crescimento econômico e a luta contra a pobreza e a estabilidade social. Para elas, um novo sistema tributário internacional é essencial para responder a estas questões e possibilitar a conquista dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
No artigo de opinião, elas apontam para o impacto destrutivo da extrema desigualdade sobre o crescimento sustentável e a coesão social na América Latina. Apesar dos avanços para reduzir a extrema pobreza, a região continua a apresentar altos níveis de distribuição de riqueza e renda. Para elas, esta desigualdade tem implicações diretas na construção de sociedades inclusivas e na projeção reduzida de crescimento da região para 2016, estimada pela CEPAL em 0,2%.
A América Latina ainda é a região mais desigual do mundo. Em 2014, os 10% mais ricos tinham acumulado 71% da riqueza regional. Segundo a Oxfam, se essa tendência continuar, em apenas seis anos 1% dos mais ricos terá o equivalente a 99% do restante da população.
Entre 2002 e 2015, as fortunas dos multimilionários da América Latina cresceram em média 21% anual, o equivalente a seis vezes mais do que o PBI da região, segundo estimativas da Oxfam. Grande parte dessa riqueza é mantida em paraísos fiscais, o que significa que esse lucro não é revertido para os países, principalmente para os mais pobres e a classe média.
Proteger os avances conquistados na América Latina e garantir o crescimento inclusivo e sustentável deve ser prioridade para todos os países da região. Consequentemente, a CEPAL e a Oxfam afirmaram sua decisão de trabalhar de maneira conjunta para promover e construir um novo consenso contra a desigualdade.
Entre as propostas mencionadas está a reforma tributária, redução de benefícios para multinacionais que impedem o crescimento de empresas domésticas, e controle da evasão e elisão de impostos, que custam a América Latina 190 bilhões de dólares – o equivalente a 4% do PBI – em impostos, uma quantia que deveria ser investida na luta contra a pobreza e desigualdade e na redução de brechas históricas da sociedade, principalmente no âmbito da educação, saúde, transporte e infraestrutura.
As representantes instaram os países a tomar medidas conjuntas e coordenadas para a criação de um sistema tributário moderno, que possibilite alcançar todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Para elas, a experiência da América Latina serve para mostrar aos líderes políticos e tomadores de opinião, reunidos em Davos, que não há como combater a desigualdade e impulsionar o crescimento inclusivo sem conceber um sistema tributário mais justo.

Para JAMAIS esquecer!

Chefe da ONU lembra o Holocausto e adverte sobre a persistência de ideologias baseadas no ódio

Evento de comemoração dos 71 anos de libertação do campo de extermínio nazista presta homenagem a Nicholas Winton, que salvou 669 crianças.

A 71ª comemoração da libertação do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau, realizada na sede das Nações Unidas em Nova York, prestou homenagem nesta quarta-feira (27) a Nicholas Winton, que, aos 29 anos resgatou 669 crianças na República Tcheca. Winton faleceu em julho de 2015 aos 106 anos e o vídeo, transmitido na ocasião, mostra seu momento de reencontro com vários desses sobreviventes.

Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, educar novas gerações sobre os horrores do Holocausto é uma das maneiras mais efetiva de proteger os direitos humanos, lutar contra a xenofobia e prevenir novos genocídios.

“Hoje, com o aumento da onda de antissemitismo, da intolerância antimuçulmana e outras formas de discriminação, devemos fazer muito amis para defender esses direitos para as pessoas em todos os lugares”, disse Ban para centenas de pessoas reunidas na sede da ONU em Nova York para o memorial.

Em seu discurso, ele reconheceu que a comunidade internacional está falhando em responsabilizar os perpetradores do extremíssimo violento, tensões sectárias e ideologias de ódio, citando possíveis crimes de guerra como as ações do Estado Islâmico contra as minorias Yazidis e o conflito na Síria, que provocou a pior crise humanitária de nossos tempos.

Descrevendo o Holocausto como um “crime colossal”, o chefe da ONU reiterou que aqueles que negam a sua existência apenas perpetuam mentiras e ridicularizam a dor. Neste sentido, descreveu sua decepção com a convocação para um novo “concurso de desenhos do holocausto” planejado este ano.

“Em um momento de tensões sectárias, o respeito mútuo deve ser primordial em nossas mentes. Propagar o ódio e brincar com fatos históricos levam ao beco sem saída da discórdia e perigo”, enfatizou.

O presidente da Assembleia Geral da ONU, Mogens Lykketoft, lembrou que a Organização tem o dever de promover a tolerância, os direitos humanos e a dignidade humana, incluindo a “Responsabilidade de Proteger”, uma doutrina que reconhece a vulnerabilidade das populações em muitas partes do mundo e convoca a comunidade internacional para intervir para sua proteção.


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Fórum da Juventude discute papel do grupo na agenda de desenvolvimento sustentável

Com o tema ‘Jovens atuando para implementar a Agenda 2030’, a conferência também inaugura a Iniciativa Global sobre Trabalhos Decentes para os Jovens, que quer responder à crise mundial de desemprego a juventude.
Mais de 800 jovens líderes de todas as partes do mundo estarão reunidos no Fórum da Juventude do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC,) nos dias 1 e 2 de fevereiro, para avaliar o seu papel na implementação e comunicação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A quinta edição do fórum terá o tema Jovens atuando para implementar a Agenda 2030 e acontecerá na sede da ONU em Nova York.
No Fórum também será inaugurada a Iniciativa Global sobre Trabalhos Decentes para os Jovens, o primeiro sistema amplo de resposta da ONU para a falta de empregos que afeta jovens de todo o planeta, liderada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A iniciativa pretende expandir a ação a nível nacional sobre empregos decentes para jovens por meio de parcerias entre as partes interessadas, a disseminação de políticas embasadas em informação e o aumento de intervenções efetivas e inovadoras. Além disso, o tema da Iniciativa servirá de base para o ODS 8, que pretende alcançar o “crescimento econômico sustentável, inclusivo e permanente, repleto de trabalho produtivo e emprego decente para todos”.
O evento terá sessões de debates de ideias, painéis interativos e discussões com os Estados-membros. Os participantes focarão nas áreas principais, como educação, mudança climática, saúde e outros temas relacionados aos ODS.

UNESCO: Políticas públicas no centro das mudanças para alcançar os objetivos de Educação até 2030

Simpósio na sede da UNESCO, em Paris, contou com a participação de 200 representantes de 120 países. Encontro é parte do trabalho confiado à agência da ONU para liderar e coordenar as metas da Agenda de Educação 2030.
Entre 18 e 20 de janeiro, representantes de 120 países se reuniram na sede da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) para discutir liderança escolar, monitoramento e avaliação e governança. Entre os tópicos, o destaque foi para a importância das políticas públicas para promover reformas de educação e o alcance dos Objetivo de Desenvolvimento 4, que visa à promoção da educação de qualidade, inclusiva e igualitária.
A realização do simpósio é parte do trabalho confiado à UNESCO para liderar e coordenar as metas da Agenda de Educação 2030. Em seu discurso de abertura, Qian Tang, diretor-geral assistente da UNESCO para Educação, disse que “o fato de este evento acontecer já no primeiro mês do primeiro ano de implementação na nova Agenda é um indicador do alto comprometimento da UNESCO para engajar os Estados-membros em fazer com que essas metas sejam possíveis de serem atingidas”.
Em vista do Marco de Ação Educação 2030, o papel das autoridades em educação é central e ainda mais importante na direção de reformas da governança, na formulação de visões estratégicas compartilhadas e na estratégia para governar e gerir os sistemas educacionais.
Durante três dias, os 200 participantes trataram a questão da liderança escolar e a importância do desenvolvimento de políticas coerentes neste sentido. Sobre os sistemas de monitoramento e avaliação, os representantes concordaram sobre a necessidade de aprimorar as técnicas da avaliação, de forma a melhorar o ensino e o aprendizado.
Quando o assunto foi a governança da Educação, Megumi Watanabe, especialista em Programas de Educação e principal autor do relatório sintético da Governança, disse que “nossas abordagens comuns e tradicionais para esse assunto estão em jogo e não parecem levar completamente em consideração os desafios emergentes que os Estados-membros estão enfrentando. O cenário da governança está em constante evolução e não pode mais ser perfeitamente delineado como poderia há apenas duas décadas”.
O simpósio também definiu o papel que a UNESCO desempenha na promoção de projetos eficazes e na implementação de políticas, particularmente por meio da produção e do compartilhamento de conhecimento e melhores práticas, da promoção da cooperação internacional e regional, do desenvolvimento de ferramentas normativas, e do suporte técnico e desenvolvimento de capacidades dos Estados-membros, em especial dos países em desenvolvimento.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Para entender um pouco melhor o papel da Educação




PNUMA lança coalizão para inspirar ações de redução do desperdício global de alimentos

 A iniciativa Campeões 12.3 envolve líderes de todos os setores para criar um movimento político, social e de negócios que ajude a cortar o desperdício pela metade até 2030.
Uma coalizão formada por 30 líderes internacionais lançou nesta quinta-feira (21) a iniciativa Campeões 12.3 durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, para inspirar ações ambiciosas visando a redução da perda e do desperdício de alimentos no mundo.
O nome do grupo é uma referência à meta 12.3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs), que busca reduzir o problema pela metade até 2030. A coalizão será copresidida pelo diretor executivo do PNUMA, Achim Steiner, e pelo diretor executivo do Grupo Tesco, Dave Lewis.
“Nós desperdiçamos cerca de um terço da comida produzida todos os anos. É por isso que eu dou as boas-vindas para essa abordagem proativa e colaborativa”, disse Steiner.
A Iniciativa ‘Pensar-Comer-Conservar’, do PNUMA em parceria com a Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) aumenta a conscientização e promove política e práticas para reduzir o desperdício de alimentos. O chefe do PNUMA lembrou, no entanto, que para essa meta ser alcançada é necessário criar uma importante base de informações sobre os padrões de produção e o consumo nos dias de hoje.
O diretor executivo ainda encorajou todos os Campeões a contribuírem com a medição do desperdício de comida em seus países e organizações de forma a contribuir para alcançar a meta dos dos ODS, “algo fundamental para a segurança alimentar e o combate à fome, bem como para a mudança climática”, completou Steiner.
Reduzir a perda e o desperdício de alimentos pode ser uma vitória tripla: pode fazer com que os produtores, as empresas e os consumidores economizem dinheiro; pode aliviar a fome ao redor do mundo e mitigar os impactos no clima e nos recursos naturais, como a água.
A Campeões 12.3 inclui presidentes de grandes empresas, ministros de Estados, executivos de pesquisas, instituições intergovernamentais, fundações, organizações de produtores e grupos da sociedade civil. Esses líderes trabalharão para criar um movimento político, social e de negócios para reduzir a perda e o desperdício de alimentos ao redor do mundo.

Workshop sobre espaços urbanos inclusivos inscreve trabalhos até 19 de fevereiro

Os organizadores do workshop Diálogos urbanos: criando espaços urbanos inclusivos em tempos de crise global, que será realizado de 3 a 6 de maio, estão selecionando trabalhos acadêmicos. As propostas deverão ser submetidas até 19 de fevereiro, exclusivamente pela internet.

O workshop, de caráter multidisciplinar, pretende promover a excelência científica e a colaboração internacional no campo da governança urbana. O evento também visa estimular o contato entre pesquisadores em início de carreira e profissionais com trajetória consolidada, para colaborações futuras.
O iniciativa é fruto de parceria entre a Universidade de Bristol (Inglaterra) e o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), vinculado à Faculdade de Ciências Econômicas (Face) da UFMG, com apoio da British Council.

Aos fãs da 7ª Arte...

Cinusp divulga programação de mostras para 2016
Em 2016, o Cinema da USP Paulo Emílio (Cinusp), cinema gratuito e aberto a todo público, continua com sua programação de mostras temáticas, enriquecida por debates, pré-estréias e parcerias com festivais de cinema.
A sala do Cinusp na Cidade Universitária volta à atividade no dia 1º de fevereiro com a mostra Farocki: Destrinchando as Imagens. Já a sala na rua Maria Antônia volta de férias no dia 13 de fevereiro, com a mesma mostra.
A partir do dia 22 de fevereiro, é a vez da mostra Novíssimo Cinema Brasileiro, que em sua quinta edição exibirá produções nacionais recentes, com destaque para os jovens diretores. Haverá também 6 pré-estreias e 5 debates com realizadores e críticos de cinema sobre os rumos do cinema brasileiro.
A sala do Cinusp na Cidade Universitária funciona em todos os dias úteis, com sessões às 16 horas e 19 horas. A sala no centro Maria Antônia exibe filmes toda sexta-feira, às 20 horas, e aos sábados e domingos às 18 horas e às 20 horas. Todas as sessões possuem entrada franca.
Mais informações: site www.usp.br/cinusp
 

Inscrições para primeiro exame Proflin do ano podem ser feitas até 17/02


 Calendário de provas para 2016 já está disponível

Gabriel Rodrigues (Estagiário de Graduação)

O Exame de Proficiência em Língua Estrangeira e Língua Portuguesa para Estrangeiros (Proflin), do Instituto de Letras (Ileel) da UFU, divulga o calendário de realização das provas durante o ano de 2016.

As inscrições são realizadas no site do Proflin com o preenchimento do formulário e pagamento da taxa de inscrição de R$ 80 (oitenta reais) para cada exame. Os exames realizados são de Língua Inglesa, Língua Francesa, Língua Portuguesa, Redação e Língua Espanhola.

Para mais informações, a Coordenação de Produção Científica, Projetos e Eventos do Ileel fica disponível para atendimento ao público na sala 203, bloco 1U, campus Santa Mônica, das 9h às 11h, de segunda a sexta-feira, e das 14h às 17h de segunda a quinta-feira. O telefone é (34) 3239-4449 ou 3239-4162; o e-mail é proflin@ileel.ufu.br.

Para o primeiro exame do ano, em 27 de fevereiro, as inscrições já estão abertas e podem ser realizadas até 17 de fevereiro. Acesse o formulário aqui.

 


O ápice da Educação é possível!

Doutorando da UFU é finalista no ‘Nobel da Educação’

Trabalho do educador incentiva a iniciação científica

 Marco Cavalcanti
O professor Márcio de Andrade Batista, doutorando em Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), é um dos 50 finalistas do Global Teacher Prize, criado pela Varkey Foundation e considerado o “Prêmio Nobel da Educação”.
O prêmio destaca a importância da profissão de educador e julga os concorrentes a partir de vários critérios, como o emprego de técnicas pedagógicas inovadoras. O vencedor será agraciado com o prêmio de U$ 1 milhão, em março deste ano, em Dubai. [...]




Educação e Ciência - a parceria de sucesso para o desenvolvimento

Livro de professora da UFU ganha prêmio internacional de gastronomia e vinhos

 

Obra fala da vitivinicultura e tem participação de outros autores

 

Gabriela Junqueira (Estagiária de Graduação)

O livro "Uvas e vinhos: química, bioquímica e microbiologia" ganhou o prêmio Gourmand World Cookbook Awards 2016, na categoria Best Wine Professionals Book (Melhor livro profissional sobre vinhos). A obra foi escrita e organizada por Milla Alves Baffi, professora do Instituto de Ciências Agrárias (Iciag) da UFU, em parceira com Roberto da Silva e Ellen Silva Lago-Vanzela, ambos da Universidade Estadual Paulista (Unesp), contendo ainda a colaboração de outros pesquisadores brasileiros, portugueses e espanhóis. O Gourmand World Cookbook Awards foi criado em 1995 e é considerado o maior prêmio editorial de gastronomia e vinhos do mundo.

Publicado em junho de 2015 pela editora Unesp, em coedição com a editora Senac São Paulo, "Uvas e vinhos", por meio de sua interdisciplinaridade, aborda diferentes experiências e conhecimentos sobre a vitivinicultura - produção de uva destinada à preparação de vinhos - destacando os processos de produção desde a colheita da uva ao engarrafamento do vinho. [...]


 



Crise Migratória – a complexidade das relações sociais


Suécia informa que vai expulsar entre 60 e 80 mil refugiados [...]

Trabalho...

A guerra global pelo emprego
E uma previsão: a próxima crise mundial vai ser pior que a anterior [...]

Desemprego sobe e chega a 6,9% em 2015 no país
Em 2014, taxa de desocupação havia ficado em 4,3%, segundo o IBGE; renda média caiu 5,8%, para 2.235 reais [...]



De volta às aulas!!!

Período de designação na rede estadual de ensino terá início no dia 25 de janeiro
Normas para a organização do Quadro de Pessoal das Escolas Estaduais e a designação para o exercício de função pública já foram publicadas em resolução [...]
Saiba mais em https://www.educacao.mg.gov.br/ajuda/story/7675-periodo-de-designacao-na-rede-estadual-de-ensino-tera-inicio-no-dia-25-de-janeiro

domingo, 24 de janeiro de 2016

Para pensar!

Cuidado com o nariz de palhaço!!!

 
Por Alessandra Leles Rocha

 
Durante muito tempo neste país era comum ouvir que “o ano só começa depois do Carnaval”. Por mais distraídos que fôssemos, isso também significava uma certeza subjacente de que durante as folias de Momo se urdiam as piores traições contra o povo. Pois bem, desta vez será diferente! 2016 apenas deu continuidade ao arrastar de correntes do ano anterior, sem nenhuma cerimônia. E quanto às eventuais traições, o pior já está às claras e não tem porque pegar alguém de surpresa.

Mas, algo permanece: o fato do cidadão brasileiro (sem impor unanimidade, é óbvio!) valer-se do carnaval para extravasar as alegrias e as tristezas, supostamente respaldadas por uma dose de irresponsabilidade, nada inocente. Há quem conte no relógio os minutos para se entregar a esbórnia carnavalesca. Tudo bem, cada um sabe de si.

Mas, para mim, a questão que não quer calar é bem mais profunda: será que tamanha manifestação e comemoração cabem mesmo, no contexto da realidade atual? Não, não é só pelos frágeis e irrisórios números da economia, não. Não é só pelo desemprego, nem pela carestia ou pelo retorno triunfante da figura da inflação. Pois é possível sim, desfrutar do lazer, da alegria e da descontração sem muito dinheiro no bolso, apenas com a euforia e o entusiasmo da alma.

Aliás, quero também deixar bem destacado que essas considerações não têm o intuito de desmerecer de nenhuma forma a genialidade talentosa dos artistas do carnaval, na engenhosa criatividade de apresentação de seus enredos, pesquisados a fundo nos livros de história, que tanto contribuem para a cultura nacional. Além do fato, de que sua dimensão logística, faz das escolas de samba verdadeiras indústrias que, por detrás do luxo e do glamour, empregam e ensinam um ofício a milhares de pessoas; o que, consequentemente, se traduz em recursos a mover a economia de seus respectivos municípios.

No entanto, o viés de reflexão o qual pretendo despertar em cada leitor é a necessidade da consciência ao significado subliminar que esta comunicação festiva pode transmitir, especialmente nesse momento. Na vida, a linguagem verbal ou não verbal tem o caráter fundamental de repassar uma mensagem. Daí, a importância de se ponderar sobre cada gesto ou palavra antes de colocá-los em ação, para que o resultado não seja desastroso. Ainda que a sociedade tenha mudado bastante, uma lógica proveniente do bom senso regula a significância comunicativa. Ninguém, por exemplo, vai ao trabalho de pijama. Primeiro, porque tal vestimenta configura uso específico para o momento de dormir, do merecido repouso diário. Segundo, porque a mensagem que se decodificaria nessa situação é de alguém sonolento, ou descompromissado com os afazeres profissionais, ou com algum tipo de perturbação mental que lhe incapacite perceber o absurdo em questão.

Dentro ou fora do país, ao longo desses mais de quinhentos anos de história, em uma visão um tanto quanto generalista do comportamento nacional, os brasileiros e as brasileiras (talvez, sem lá muita consciência disso) têm transmitido uma mensagem descompromissada com seu papel e valores cidadãos. Muito riso, muita alegria, muita postergação das obrigações, enfim... Uma ideia de que por aqui nada é levado tão a sério, como deveria. Vive-se em pleno ócio, sem render-se aos infortúnios do cotidiano.

Não é à toa, então, que as manifestações em junho de 2013 causaram tamanho frisson.  De repente, a população levantou do sofá e foi para as ruas protestar, hastear publicamente a sua indignação contra os desmandos políticos e econômicos. Mas, apesar da surpresa, a credibilidade nessa ‘mudança social’ estremecia em uma falta de lastro; pelo menos foi o que pensaram os representantes do povo. Como se isso fosse ‘fogo de palha’ de uma gente acostumada a ser fanfarrona demais e cidadã de menos. E no fim, de certa forma, foi o que aconteceu. As reinvindicações não só, não foram ouvidas e atendidas; como também, a avalanche do pior (que estava propositadamente encoberta) nos soterrou em cheio. Mesmo assim, “tudo continuou como dantes no quartel de Abrantes”.

A dificuldade em lidarmos com a rudeza da vida é quase sempre a promotora maior para nos refugiarmos no universo da fantasia; mas, ao contrário de nos fazer bem, em longo prazo os prejuízos são indiscutíveis e, às vezes, irremediáveis. Sobretudo, na reafirmação (in)consciente de uma mensagem que contradiz a própria realidade. A indefinição sobre o agravamento da crise econômica e do desemprego paira sobre nossas cabeças; então, não dá mesmo para fingir que está tudo bem. Não há razões para comemorar, só porque o carnaval é parte da nossa cultura. Aliás, com um pouco de humanidade pulsando nas veias, é possível perceber que o mundo, na sua totalidade, não está para graça. A fome, o frio, as doenças, as guerras erguem um labirinto de hostilidade brutal e nada convidativo para euforias mundanas. O mal está à espreita, sob máscaras nada festivas.

Contudo, apesar de todos os reveses esse seja um momento único para pensar e, mais do que isso, (re)construir um modelo de comunicação ciente do que realmente queira transmitir. Que não desperdice as palavras, as ideias, os silêncios em vão. Que coadune precisamente a razão, a sensibilidade e a ação. Que faça jus à inteligência, ao bom senso, a grandiosidade humana. Que saiba o momento oportuno para cada coisa, em nome de garantir-se compromissada na manutenção do respeito e da credibilidade. Então, reflita antes de usar um nariz de palhaço por aí; pois, as imagens podem traduzir errado o que as ideias queriam de fato expressar. Cuidado com o nariz de palhaço!!!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Reflexões...

Direitos Humanos sob a lente da verdade


Por Alessandra Leles Rocha

 
Segundo o escritor britânico Oscar Wilde, “A vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida...”.  Particularmente, eu penso que não; a vida e a arte são faces de uma mesma moeda e se misturam diante de nossos olhos. Mas, o que me fez pensar sobre isso foi mais uma, entre tantas polêmicas, que se abateu sobre a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (Academy of Motion Picture Arts and Sciences, AMPAS) pouco antes da entrega do Oscar, no final de fevereiro deste ano.
Depois que algumas atrizes, como Jennifer Lawrence e Gwyneth Paltrow criticaram publicamente a desigualdade salarial em Hollywood; agora, a questão à tona é a diversidade étnica. Spike Lee, Jada Pinkett Smith e Will Smith manifestaram seu boicote ao grande prêmio do cinema, em razão do seu descontentamento diante da falta de indicados negros ao Oscar. Então, de repente se percebe que a luta pela igualdade prevista na legislação de Direitos Humanos vai muito além das fronteiras.
Frente aos abismos provocados pelas diversas formas de desigualdade, o que está posto em discussão é o desrespeito ao ser humano. É uma afronta grotesca a construção de estereótipos sociais aceitos dentro desse ou daquele contexto, quando a vida real é a exposição da pluralidade em todos os sentidos.
Somos diferentes sim! Cada um de nós é um, mesmo se colocados dentro do rótulo, ou classificação, de uma etnia. E que bom que seja assim! A singularidade permite a variabilidade genética, comportamental, filosófica, existencial e, é desse modo que, a construção de uma sociedade acontece e evolui. Habilidades e competências que não se distinguem por detalhes morfológicos; mas, por uma capacidade in natura que se há de desenvolver ao longo do tempo e da vida. Mas, continuamos a “procurar pelo em ovo”, o que é uma pena. Especialmente, quando o assunto é arte.
Nada é mais libertária, fraterna e igualitária do que a manifestação artística, ao ponto, inclusive, de resultados significativos na terapêutica psíquica e emocional. É o individuo, portanto, em sua essência, que determina o nível de qualidade que a sua arte irá alcançar. Sem dedicação, sem empenho, sem vontade, o artista não passa da mediocridade, mesmo que encontre pelo caminho um ‘empurrãozinho camarada’ para torna-la ‘digerível’ ao público em geral. A arte dessa maneira não vinga em longo prazo; fica pelo caminho!
Grandes artistas são o que são pelo conjunto de valores humanos e comportamentais que reúnem para lapidar sua obra. Daí não importa o gênero, a etnia, a idade, vez por outra eles nos surpreendem fazendo alquimia com seu próprio ofício. De onde ninguém esperava um expressivo resultado, vem à surpresa. E é isso que os olhos da sociedade precisam (re) aprender a enxergar, ao invés de se apegarem a detalhes ridiculamente insignificantes; como por exemplo, para enaltecer um ter que diminuir o outro.
No tocante à arte da interpretação, seja ela cinema, teatro ou televisão, isso se torna ainda mais desprezível. Quando estamos diante de uma cena, o que nos arrebata é a mágica da sensibilidade interpretativa que supera e transcende a qualidade dos efeitos especiais, ou da caracterização, ou da música, ou do cenário. É a força de um olhar, ou as lágrimas frias a escorrer sobre uma face endurecida pelo ódio, ou a ternura de um abraço de perdão, enfim... Somos espectadores fiéis às grandes interpretações; ao contrário, dos que pensam que o mundo gira ao redor de uma face centrada num padrão predeterminado por A ou B.
É, assim, nas pequenas ignorâncias do mundo que se constroem os artefatos da guerra. Cada ser humano que chega ao mundo é um cidadão, um indivíduo numericamente classificado pelo Estado e, até certa idade, ninguém se preocupa, além disso. Somente quando começamos a ampliar as nossas relações sociais é que determinados aspectos começam a ter importância, significado para os outros. A desigualdade fica mais e mais visível a quem não consegue pensar fora de uma igualdade pré-fabricada.
Desse modo, os muros são erguidos. Tudo é uma ameaça; tanto subjetiva quanto objetivamente. De repente nos tornamos reféns das loucuras alheias, de quem quer ter o controle absoluto do mundo: o que você vai pensar, vai admirar, vai aplaudir, vai copiar, vai... vai... vai... Uma arbitrária idealização da identidade coletiva. E de tão acostumados a essa ‘doutrinação’ silenciosa, nem nos damos conta dos prejuízos éticos e morais desencadeados. Então, valeu a manifestação conjunta da arte e da vida nesse caso!  Precisamos que os indicados aos prêmios das Academias, ou simplesmente da vida, sejam aqueles cujo mérito tão extraordinário consiga sem esforço silenciar quaisquer atitudes tolas, ou desrespeitosas, que ainda persistam na sociedade.