sábado, 30 de janeiro de 2016

ONU: Tecnologia pode reduzir danos e mortes por desastres que afetam 100 milhões de pessoas por ano




Em 2015, o número registrado de grandes secas dobrou, atingindo mais de 35 milhões de pessoas. Conferência organizada por agência da ONU vai debater como a ciência pode ajudar a prevenir riscos associados a fenômenos extremos.
Nesta quarta-feira (27), tem início a primeira Conferência de Ciência e Tecnologia do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR). O encontro vai reunir mais de mil cientistas, políticos e representantes do setor privado. O diretor da agência da ONU, Robert Glasser, destacou a importância da ciência para reduzir a exposição da população mundial a fenômenos extremos, que já afetam 100 milhões de pessoas por ano. Em 2015, o número de grandes secas dobrou, atingindo mais de 35 milhões de indivíduos.
“A aplicação da ciência e da tecnologia é vital para reduzir as perdas crescentes vinculadas a desastres que podem, frequentemente, piorar o potencial para lutas e conflitos em muitas partes do mundo, particularmente em lugares onde os ecossistemas estão sendo perdidos”, afirmou o diretor na véspera da Conferência. Segundo Glasser, na última década, 173 milhões de pessoas foram afetadas por enchentes, tempestades, secas, terremotos e outros desastres. Nesse período, a média anual de mortes associadas aos fenômenos extremos chegou a 76 mil.
Para o chefe da UNISDR, “a previsão aprimorada e o desenvolvimento de práticas da agricultura resistentes a secas podem ajudar a reduzir rivalidades e tensões étnicas”. “Isso precisa ser melhor compreendido uma vez que a desertificação se dissemina e a segurança alimentar é fragilizada em muitas partes do mundo, (situação) acentuada pelo atual fenômeno do El Niño, que está tendo um impacto devastador sobre a produção das safras”, disse Glasser.
A Conferência promovida pela agência da ONU quer mobilizar a comunidade científica para incentivar a implementação do Marco de Sendai para a Redução de Risco de Desastre, adotado em março de 2015 pelas Nações Unidas.

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