domingo, 29 de dezembro de 2019

Adeus Ano Velho! Feliz Ano Novo!

Adeus Ano Velho! Feliz Ano Novo!



Por Alessandra Leles Rocha



Adeus Ano Velho! Feliz Ano Novo! Há 365 dias essas palavras foram lançadas ao vento na esperança de dias melhores, de transformações profundas,... da concretização de todos os sonhos e expectativas residentes na alma.
Então, eis que de repente, cá estamos a dois dias de sermos embalados pela mesma sintonia outra vez. Sem nos darmos conta da dimensão veloz dos ponteiros do relógio, estamos às portas de um novo ciclo.
Confusos pelas aparências de que nada mudou; na verdade, nem de longe somos os mesmos das primeiras badaladas daquela meia noite que ficou para trás.
Drummond dizia que “é dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre” 1. Isso significa que ao despertar essa simbologia imaginária se desperta a si mesmo, na genuína força de metamorfosear a vida para alçá-la a voos no campo do desconhecido.
Sim. Somos nós essa mola propulsora. Sem nossos esforços, nossas mãos, nossos desejos, nossos projetos,... nada, absolutamente nada, acontece. Bem como, sem a intensidade de nossos votos traduzidos em ações, o viver nosso de cada dia não existiria.
Listas. Promessas. Orações. Tudo envelhece e amarela sem o impulso de fazer acontecer. Ainda que esse mundo seja repleto de revezes e dissabores inesperados, pois o inusitado e o insólito fazem parte do show, não pense que se mantendo na inércia estática estará contribuindo de algum modo para a chegada de algum “Ano Novo”.
Não. É por isso que cada ciclo chega conclamando pelo protagonismo. SER ao invés de TER. SER ao invés de COPIAR. SER com todos os riscos e desafios que isso implica. SER para que o novo desabroche na alma e ilumine o corpo. SER para sentir um arrepio correndo pela espinha até se transformar em sorriso largo no rosto. Afinal de contas, a felicidade que se brada ao novo ano depende dessa liberdade residente no protagonizar.
Nada de dependências. Nada de apegos vãos. Nada de pesos sobre ombros alheios. O protagonista troca compartilha agrega e comunga a vida com responsabilidade, liberdade e leveza, porque sabe ser feliz na sua própria subjetividade; na medida em que se sente inteiro para SER.
É assim que se abrem as cortinas para o espetáculo de Ano Novo. Agarrando com unhas e dentes o que está por vir, nutrido pelas melhores energias. Focando em tudo aquilo que nos faz sentido para extrair felicidade.
Teremos flores, espinhos, lagartas,...; mas, ao final teremos o nosso jardim. Teremos muito que dizer sobre os próximos 366 dias. Então, que cada um se ponha a realizar o melhor e mais feliz Ano Novo do resto de suas vidas!



1 Receita de Ano Novo. Carlos Drummond de Andrade. Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/receita-de-ano-novo-8211-carlos-drummond-de-andrade/

sábado, 7 de dezembro de 2019

Reflexões Natalinas

Natal...


Por Alessandra Leles Rocha



Os mais céticos podem até torcer o nariz; mas, que o tempo natalino consegue materializar a subjetividade que existe em cada um, isso é fato. O que alguns chamam de “clima de Natal” é algo realmente arrebatador e transformador na sociedade.
De forma mais ou menos acentuada, pouco importa. A verdade é que esse fenômeno não visível traz à tona uma diversidade de sentimentos e emoções, nem sempre disponíveis; embora, essenciais a todos os dias do ano.
Para início de conversa, por aqui a imagem do Natal é diferente. Não há neve e nem os seus tradicionais bonecos com gorros e cachecóis coloridos e um nariz de cenoura, produzidos pelas crianças nas ruas e parques. Ninguém sai às compras de gigantescos pinheiros e os sai arrastando por aí. As cozinhas não se tornam aromatizadas pelo cheiro dos biscoitos de gengibre que farão a festa da meninada. Enfim, a visão romantizada da festa natalina nos países do hemisfério norte está apenas no imaginário.
Afinal de contas, no Natal do hemisfério sul tudo acontece em pleno verão. Muita chuva. Muito sol. Muito calor. As decorações apesar de inspiradas pela imaginação, vez por outra, levam um toque tropical, por assim dizer. Papai Noel, às vezes, se veste de surfista. Frutas ajudam a compor a mesa da ceia.  Mas, nem por isso, a descontração afasta as pessoas de certa introspecção motivada pelo invisível presente no corre-corre de final de ano.
Não se trata de uma introspecção melancólica, triste; apenas, um olhar mais terno, mais humano, mais gentil,...  consigo e com o mundo. Um olhar que faz pensar, refletir sobre a vida, as relação humanas... De modo a se fazer um balanço do aprendizado, das perdas e ganhos do cotidiano, do nível de apego e desapego no campo do materialismo selvagem. Um olhar capaz, talvez, de nos mostrar quem somos e o que podemos fazer para sermos melhores a cada dia.
De repente, num breve suspiro, é que essa introspecção nos invade para ganhar matéria e forma. Está muito além do cenário convidativo. Muito além das compras e presentes. Muito além dos preparativos culinários. Muito além... Muito além mesmo.
Está abaixo das camadas mais profundas da alma, como uma simbiose entre a essência humana e a essência do Natal, que transcende o explicável, o compreensível. Apenas, se reflete no olhar, no sorriso, nos mínimos e fundamentais gestos da convivência humana. Quem sabe, a verdadeira estrada para uma coexistência pacífica e harmonizada.
O Natal nos faz sermos outros dentro de nós mesmos. Outros que sabem sonhar acordado. Outros que vivem o agora até a última gota de açúcar do algodão doce. Outros que se rendem despudoradamente as manifestações de carinho e de aconchego. Outros que são estopim para a motivação e a promoção humana. Outros cujo amor é sinônimo de paz e tranquilidade. Outros cujo trabalho expressa a gratidão em realizar. Outros... Muitos outros. E não há como não se render a essa prática contemplativa de si mesmo.
Portanto, Natal não é jornada finda. Natais são votos de recomeço, de confiança, de transformação, de reavaliação humana que trocamos uns com os outros. Uma pausa involuntária na realidade caótica para conseguir enxergar o que há de belo, puro e sagrado em cada um. Uma abdicação de senões, de rótulos, de preconceitos, de achismos, de modismos... para absorver o que a vida tem de mais natural, de mais simples, de mais essencial.
Feliz Natal! Merry Christmas! Feliz navidad! Joyeux Noël! Buon Natale!... agora e em todos os outros que ainda hão de vir; afinal, isso é o que Papai Noel pode realmente desejar de mais especial a você e aos seus.

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Entre a Vida e a Morte

Entre a Vida e a Morte



Por Alessandra Leles Rocha





Que a vida tem valido nada, disso ninguém duvida. Qualquer motivo tem sido motivo para abater seres humanos sem dó nem piedade. Basta uma discussão. Um conflito. Uma suspeita. Uma dose de intolerância religiosa. Ou de Racismo. Ou de Xenofobia. Ou de Homofobia. De Feminicídio, nem se fala. A mídia escorre sangue todos os dias. Mas, apesar da recorrência e da naturalização que se tem atribuído a esse contemporâneo processo de barbárie, é preciso refletir. 
Primeiro porque parece estar havendo um esgarçamento do sentimento de proteção e preservação da própria espécie. Segundo porque nessa carnificina explícita as evidencias em relação a uma hierarquização da vida são facilmente perceptíveis. Algumas vidas parecem valer mais do que outras. Serem mais importantes do que outras. Terceiro porque diante dos acontecimentos a sociedade não parece coesa em torno de um sentimento de constrangimento, ou de indignação, ou de repulsa.
Assim, alguns se fazem de desentendidos. Outros invisibilizam os acontecimentos. Há os que aplaudem vigorosamente. Enfim... No entanto, causa estranheza quando vêm à tona discussões em torno do Aborto, da Eutanásia e da Pena de Morte, porque a manifestação popular parece muito mais engajada e disposta a rechaçar conjuntamente tais ideias, sob a alegação de que a vida não pode ser subtraída por ninguém.
De fato, a vida não pode mesmo ser subtraída por ninguém. Pena que fica nisso. A análise dos prós e contras nessa balança que equilibra temáticas tão delicadas, tão complexas, aponta que não basta enxergar a morte apenas em relação ao viés do ato materializado da violência.  Matar vai muito além. Manter vivo sem dignidade, sem amparo, sem assistência, sem condições humanitárias, sinaliza uma sentença de morte adiada. Até que ponto, então, as manifestações inflamadas nesse contexto estariam combatendo a subtração de uma vida?!
Daí a importância do conhecimento, da reflexão, da ponderação, quando o assunto é vida. De que lado a sociedade está em relação à existência humana, independente de cor, credo, etnia, gênero, ideologia...?!
Quando se volta os olhos para todas as violências contemporâneas, sente-se que o que paira no ar é a sensação de um narcísico incômodo em relação às diferenças sociais, de modo que a solução mais prática e rápida apresentada tem sido o extermínio. Como se as pessoas estivessem obrigadas a permanecer dentro de nichos específicos, perdendo a sua mobilidade social, em nome da preservação da própria vida.
Basta ver o caso da moradora de rua, em Niterói, RJ, que foi assassinada a tiros por um homem, quando pediu a ele R$1,00. As linhas divisórias que se constroem dentro da sociedade são um estímulo nocivo para esse processo. Elas fomentam a insegurança; mas, também, o ódio, a hostilidade, o revanchismo entre todos os lados.
O que significa um resultado socialmente antiproducente, porque os conflitos são geradores de custos elevados dentro dos mais diversos aspectos, não somente econômicos. Seres humanos adoecem pela violência. Seres humanos migram por conta da violência. Seres humanos perdem trabalho em virtude da violência. ...
Seja por armas brancas ou por revólveres e metralhadoras, a questão é que a vida não pode viver a mercê de um constante “faroeste”. Os norte-americanos idolatram as armas por uma questão histórica. Sua colonização foi marcada pela chegada a um lugar “inóspito”, cheio de perigos naturais, e eles precisavam de armas para se defender.
Na atualidade, eles pagam um preço alto por essa decisão, em virtude dos massacres brutais promovidos por atiradores que escolhem locais públicos para desafiar a lei e a ordem.
A humanidade está se tornando sua pior ameaça. Enxergando inimigos em cada esquina. Atirando antes de saber quem é. Matar está se tornando um ato altamente irresponsável. Nem mesmo pessoas habilitadas e qualificadas para atirar estão conseguindo manter seu equilíbrio. Confrontos violentos estão se cronificando na sociedade e as estatísticas de balas perdidas, por exemplo, se ampliando vertiginosamente.
Nem sempre o ataque é a melhor defesa. Também nessa semana, uma professora, em Juiz de Fora, MG, foi atingida por uma bala perdida enquanto ia comprar um presente de aniversário para o filho. O responsável pela tragédia, um policial reformado que queria impedir a fuga de um assaltante.
No fim das contas, sinto que a sociedade está transformando tudo em armas. Carros matam. Bebidas alcoólicas matam. Drogas matam. ... Não vejo, então, razão alguma para legalizar e legitimar outras formas.
A violência nos seus níveis atuais, quando não extermina, incapacita e esfacela, ainda mais, a frágil estrutura das famílias. Os desdobramentos da barbárie que vivemos são tão ou mais perversos e cruéis do que ela própria.
Já dizia Jean-Paul Sartre, filósofo francês, “a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”. E ele estava certo. Uma derrota porque enaltece a covardia, a impotência, a tirania, a incapacidade plena de dialogar, de conviver, de coexistir; de modo que, o ser humano deixa de ser humano para se tornar um animal indomesticável e incapaz de pensar.  Ora, e ele foi criado para ser bem mais do que isso, não acha?!


*Crônica escrita em 22 de novembro de 2019.

#DiaNacionalDoDoadorVoluntárioDeSangue


domingo, 13 de outubro de 2019

#DiadoProfessor

Reflexões de uma docente...



Por Alessandra Leles Rocha



Muitos são os caminhos para quem decide transitar pela Educação. Pública. Privada. Universitária. Básica. ... Mas, ainda que se faça uma opção, afinal é impossível abraçar esse mundo de possibilidades, a sala de aula é sempre um universo em expansão.
De um dia para outro, de uma turma para outra, de uma escola para outra, tudo o que não representa a Educação é a inércia monótona. E está certo! Lugar que abriga pessoas e conhecimentos não pode mesmo ficar parado no tempo e no espaço. Daí o (a) professor (a) ser um ser em movimento contínuo, distante de só ensinar; mas, que fundamentalmente precisa se dispor a aprender.
Muitas vezes eu penso que a percepção sobre a insuficiência dos 50 minutos de aula precisa ser reavaliada. Quanta coisa não acontece nesse pequeno recorte de tempo! Adentrar a uma sala de aula é sempre um flerte com o imprevisível; às vezes, positivo outras negativo. E isso não inclui somente os alunos, mas os (as) professores (as) também. E ainda que o planejamento não se cumpra dentro das expectativas, que a aula não repercuta o idealizado; mas, qualquer que seja a experiência dentro daquele contexto, ela precisa ser considerada. Um (a) professor (a) não pode negar que na vida tudo se aprende.
Não me esqueço de cada experiência docente que desenvolvi até hoje e dos desafios que cada uma delas me impôs, no sentido de refletir com seriedade e compromisso a cada balanço feito sobre os sucessos e não sucessos no processo; ainda mais, porque iniciei a minha docência sem uma formação docente.
Então, num misto de reprodução daquilo que meus melhores professores representavam para mim e uma dose generosa de instinto e bom senso, o trabalho ia sendo tecido e ajustado. Graças a minha constante autocrítica e apesar da disposição em participar de workshops, palestras, seminários e minicursos de aprimoramento, fui percebendo cada vez mais acentuada a necessidade de algo maior, mais aprofundado e decidi retornar para a Universidade e cursar uma licenciatura. A busca por entender tudo o que eu tinha feito até ali, tanto em erros quanto acertos, e o desejo de agregar sempre conhecimentos adicionais, representou um saldo final surpreendente.
Mas, como na vida há sempre um “mas”, houve aspectos não solucionados que, talvez, já estejam cronificados nas carências da Educação brasileira, no que tange à formação docente. Em termos de Educação Inclusiva, por exemplo, os discursos são esparsos e as ações formativas quase inexistentes. Nada de analisar um livro adaptado em Braile. Nada de sugestões didático-pedagógicas para se trabalhar com deficientes auditivos. Nada de discutir um planejamento de aula efetivamente inclusivo. Nada...
É como se a formação docente, por si só, idealizasse um perfil de professor, um perfil de escola, um perfil de aluno, um perfil de Educação. Só que entre a teoria e a prática descobre-se um abismo. A realidade, seja ela pública ou privada, esbarra com as pluralidades sociais e humanas. Antes de pensarmos em alunos precisamos pensar que estamos diante de cidadãos, sujeitos que precisam construir a sua cidadania e o seu lugar de fala na sociedade.
Imagine só, lecionar para a Educação de Jovens e Adultos (EJA). A complexidade existente nesse contexto é ímpar. Idades, realidades, interesses,... encontrar o consenso e o equilíbrio necessários para a realização do processo de ensino-aprendizagem requer um “jogo de cintura” que, certamente, precisaria ter sido lapidado durante o processo de formação. Mas, quase sempre não é.
De repente, então, o (a) professor (a) tem um choque, especialmente aquele (a) recém-formado (a), com pouca experiência. Frente às demandas que se apresentam em cada turma, ele (a) entende que terá que dominar além do conhecimento, novas competências e habilidades, as quais, talvez, ele jamais pensou. É; ele (a) descobre que será aluno da vivência, do cotidiano, dos desafios impensados.  
No entanto, desse caos pode sim, encontrar-se luz. A docência tem o poder mágico de ampliar as perspectivas, descortinar o obscuro, visibilizar o invisível. Você pode chegar um péssimo cidadão ao universo docente e, antes de piscar os olhos, levar um banho de realidade e sair vestido de cidadão de primeira linha. Sala de aula nenhuma no mundo é um ambiente estéril. Ali sim, nada se perde tudo se cria tudo se transforma. De duzentos dias letivos, o último não é nem de longe o que o primeiro aparentava ser; nem para o (a) professor (a), nem para os alunos.
Por isso, o maior compromisso docente que existe, pelo menos em minha opinião, é a consciência de que a Educação não pode ser desenvolvida como um privilégio. Educação é direito universal. É base fundamental para que qualquer pessoa se insira verdadeira e adequadamente em uma sociedade. De modo que o (a) docente não deve, em hipótese alguma, fazer diferença entre seus alunos na hora de ensinar. E isso é muito bom, porque ajuda a lapidar a criatividade, a inventividade; o que, não deixa de motivar e estimular, também, os alunos.
E embora, todas as agruras que essa profissão impõe em nosso país (e não são poucas), essa compreensão redimensiona o (a) professor (a), no sentido de fazê-lo (a) resgatar a sua autoestima e a sua dignidade. Na medida em que ele (a) exerce de maneira respeitosa e consciente o seu ofício, a desqualificação social que circula em torno da docência perde força e passa a ser repensada por alunos, pais e população em geral. Porque um docente que não acredita na sua profissão, que não prepara a sua aula, que reclama de tudo e de todos, independente de quaisquer motivos plausíveis que manifeste, só faz consolidar a perda de credibilidade e de respeito da sociedade.  
Ensinar é difícil. É muito esforço. É muita dedicação. Um verdadeiro festival de suor e lágrimas, como falam por aí. Então, tem que ser por escolha, por vontade, por convicção; ou quem sabe, pela simples vontade de se reinventar todos os dias. A sala de aula é sempre uma grande oportunidade de se descobrir, de revelar talentos ocultos ou inimaginados, de olhar para si e para o mundo com mais generosidade, mais indulgência, mais esperança. Caro (a) professor (a), como dizia nosso nobre colega, e Geógrafo brasileiro, Milton Santos 1, “o mundo é formado não apenas pelo que já existe, mas pelo que pode efetivamente existir”.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Dia Internacional das Meninas lembra 25 anos de progressos e desafios no horizonte

As mais de 1 bilhão de meninas do mundo estão sendo celebradas nesta sexta-feira (11) como uma força de mudança “sem roteiro e irrefreável” para a humanidade.
Todos os dias, meninas com menos de 18 anos desafiam estereótipos, quebram barreiras e lideram movimentos para lidar com problemas que as afetam e afetam outras pessoas, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, em mensagem para o Dia Internacional das Meninas.
As mais de 1 bilhão de meninas do mundo estão sendo celebradas nesta sexta-feira (11) como uma força de mudança “sem roteiro e irrefreável” para a humanidade.
Todos os dias, meninas com menos de 18 anos desafiam estereótipos, quebram barreiras e lideram movimentos para lidar com problemas que as afetam e afetam outras pessoas, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, em mensagem para o Dia Internacional das Meninas.
“Como o tema deste ano ressalta, elas estão provando não ter roteiro e são irrefreáveis” em seus empreendimentos, desde a eliminação do casamento infantil, até o fechamento da lacuna educacional, o enfrentamento da violência e a resistência contra a crise climática.
A data é uma oportunidade de reconhecer os desenvolvimentos nos meios de vida das meninas desde a adoção de um plano visionário para o empoderamento de mulheres e meninas em 1995, à Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, que surgiu de uma reunião envolvendo cerca de 30 mil homens e mulheres na Quarta Conferência Mundial sobre Mulheres, na China.
Desde a entrada em vigor dessa agenda política de referência, Guterres destacou que “vimos mais meninas frequentando e completando a escola, menos delas se casando ou se tornando mães ainda crianças, e adquirindo as habilidades necessárias para se destacar no local de trabalho”.
Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) indicam que, na década passada, a proporção de mulheres jovens casadas quando crianças diminuiu 15% e, entre 2000 e 2016, o número de meninas fora da escola no nível primário caiu de 58 milhões para 34 milhões no mundo.
No entanto, muitas ainda estão impedidas de atingir todo o seu potencial, e “não é mais aceitável que as meninas tenham que reduzir seus sonhos ou serem levadas a acreditar que estes sejam inacessíveis”, insistiu o chefe da ONU.
Normas de gênero podem prejudicar a vida de meninas, pois elas “influenciam tudo o que fazem”, observou Guterres. Tais expectativas ditam seus casamentos, limitam a frequência escolar, o acesso a serviços de saúde ou a subsistência, entre outros aspectos essenciais.
Vários fatores têm forte influência sobre seu futuro, com 200 milhões de meninas e mulheres sujeitas a mutilação genital feminina em todo o mundo, mulheres e meninas representando três em cada quatro vítimas de tráfico de pessoas e, para aquelas que vivem em situação de conflito armado, a natureza prolongada da guerra pode afetar o futuro de gerações inteiras, de acordo com o UNICEF.
A falta de educação significa que as jovens que crescem em meio a conflitos também serão privadas de habilidades para contribuir com suas famílias e economias, exacerbando situações desesperadoras e entrando em crise. No entanto, para cada ano do ensino médio que uma menina cursa, sua capacidade de ganho é aumentada em até 25%.
Para garantir um futuro brilhante para todas as meninas, “precisamos de esforços e investimentos combinados em saúde, segurança e habilidades do século 21”, disse o secretário-geral.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

HC-UFU alcança níveis de excelência no tratamento da Síndrome Coronariana Aguda

O Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) recebeu uma importante homenagem durante o 74º Congresso Brasileiro de Cardiologia, realizado entre os dias 20 e 22 de setembro em Porto Alegre (RS). O serviço de cardiologia da instituição foi reconhecido em nível de excelência no tratamento da Síndrome Coronariana Aguda (SCA) pelo Programa Boas Práticas Clínicas em Cardiologia (BPC).
O BPC é a versão brasileira do programa Get with the Guidelines da American Heart Association (GWTG®) e é desenvolvido em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia e PROADI-SUS, sob a coordenação do Hospital do Coração (HCor). O Programa avalia se as práticas clínicas empregadas no hospital estão em consonância com as evidências científicas mundiais e ajuda a desenvolver uma série de iniciativas internas que auxiliam os profissionais de saúde no manejo de algumas doenças cardiovasculares. O resultado esperado é o melhor cuidado dispensado aos pacientes e maior capacitação dos profissionais envolvidos.
O Programa tem o objetivo de avaliar quais são as taxas de adesão às diretrizes assistenciais existentes para pacientes internados com SCA, Insuficiência Cardíaca (IC), Fibrilação Atrial (FA) ambulatorial e hospitalar, em algumas instituições que atuam no Sistema Único de Saúde.
De acordo com o cardiologista e professor Elmiro Santos Resende, coordenador do Programa no HC-UFU, com a implementação o hospital melhorou as taxas de adesão às diretrizes de atendimento da SCA ultrapassando a meta de excelência estabelecida em 85%: “Esse resultado significa que estamos aplicando as metas científicas reconhecidas internacionalmente para o tratamento de pacientes internados com Síndrome Coronariana Aguda. Esta é uma conquista de toda a equipe de preceptores, técnicos, residentes e estudantes que trabalhou em conjunto para atingirmos esse resultado”, comentou.
O programa verificou e reconheceu o mérito do HC-UFU ter ultrapassado a meta de excelência prevista na SCA por três meses consecutivos. O desafio agora é manter os índices obtidos e, gradativamente, também alcançar o índice de excelência na IC e na FA. As ações para isso continuam e contam com o apoio de toda a gestão do HC-UFU.
Fonte: Imprensa HCU-UFU (Cristiane Guimarães)

terça-feira, 1 de outubro de 2019

1º/10 - Dia Internacional do Idoso


Número de pessoas com mais de 60 anos deve subir 46% até 2030

Na próxima década, projeta-se que o número de pessoas com 60 anos ou mais no mundo cresça 46%, tornando o aumento daqueles oficialmente classificados como idosos uma das “transformações mais significativas deste século”, disse a ONU nesta terça-feira (1), Dia Internacional dos Idosos.
Até 2030, haverá 1,4 bilhão de idosos em todo o mundo, superando o número de jovens — um grande aumento em relação a 2017, quando esse volume era de 962 milhões.
Os países em desenvolvimento estão registrando os maiores aumentos. No sudeste da Ásia, os idosos representam quase 10% da população desde 2017, em comparação com 8% em 2010. Esse número continuará a subir, com as pessoas idosas representando 13,7% da população até 2030, de acordo com dados regionais da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Diante dessa “revolução demográfica”, é necessário prestar mais atenção às vulnerabilidades específicas que os idosos enfrentam, disse a especialista independente da ONU para os direitos humanos dos idosos, Rosa Kornfeld-Matte, em comunicado.
Diferentemente de refugiados, mulheres e crianças, pessoas com deficiência ou outros grupos, os idosos não são protegidos por nenhum instrumento específico de direitos humanos; o que pode explicar a falta de representação e os desafios únicos enfrentados por esse grupo em temas de política global, incluindo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), disse a relatora.
“Precisamos defender agora os direitos dos idosos”, disse Matte. “Apesar de desejarmos viver o maior tempo possível, não queremos envelhecer. A gerontofobia generalizada, o medo da auto-degeneração e da morte relacionadas à idade alimentam o preconceito contra idosos, a discriminação e, finalmente, a negação dos direitos humanos na terceira idade.”
As desigualdades na terceira idade refletem desvantagens acumuladas, decorrentes de fatores como localização, gênero, questões socioeconômicas, de saúde e renda, lembrou a ONU.
Instando todos a defenderem os direitos das pessoas idosas, Matte disse: “todos temos o dever de garantir que as gerações futuras – nossos filhos e netos – à medida que envelhecem, sejam vistos como contribuintes valiosos para a sociedade”.
“Os jovens, hoje em posição de poder, precisam perceber que eles também envelhecerão. Cabe a eles moldar a realidade das pessoas mais velhas e o futuro que elas desejam”, acrescentou.

#OutubroRosa


TEMPORADA OSESP 2020 | BEETHOVEN 250

OSESP CELEBRA OS 250 ANOS DE NASCIMENTO DE BEETHOVEN COM UM DOS MAIS COMPLETOS CICLOS
JÁ APRESENTADOS NO BRASIL

Esta temporada marca a estreia do maestro Thierry Fischer como regente titular. Além da Missa Solemnis, interpretada na estreia, regerá as Sinfonias de 1 a 8 do compositor alemão.

Destaque, também, para a redução em até 17% nos preços dos ingressos para toda a Temporada 2020
“Difícil de descrever, fácil de reconhecer, impossível de resistir.” É assim que Arthur Nestrovski, diretor artístico da Osesp, se refere ao sentido mais fundo da obra do compositor alemão, considerado por muitos um dos mais – senão “o” mais – relevante compositor da história da música ocidental. Não é à toa que o tema da nossa Temporada 2020 será a comemoração dos 250 anos de seu nascimento. Ao longo dos 132 concertos programados para o ano (sinfônicos, de câmara e do Coro da Osesp), ouviremos um número muito significativo de suas obras, nos mais variados formatos, oferecendo ao público um amplo espectro da impressionante produção de Ludwig van Beethoven.

As comemorações terão início já no final da Temporada 2019, quando a regente titular e diretora musical da Osesp, Marin Alsop, se despede de seus oito anos à frente da Orquestra com a Nona Sinfonia, cantada pela primeira vez em português. Meses depois, na abertura da Temporada 2020, a monumental Missa Solemnis será regida pelo maestro Thierry Fischer, marcando sua estreia oficial como novo regente titular da Osesp, após uma calorosa recepção de músicos e público nos concertos em homenagem aos 20 anos da Sala São Paulo, em julho deste ano. Os concertos de abertura contam ainda com a participação do Coro da Osesp, do Coro Acadêmico da Osesp e de um elenco superlativo de solistas: os brasileiros Kismara Pessatti e Attala Ayan, lado a lado com os alemães Sarah Wegener e Michael Nagy.

Para Nestrovski, “Beethoven não só mudou a noção do que pode ser um concerto, como mudou a própria ideia da música, definindo o caminho da modernidade”.

Os concertos e demais atividades da Osesp são uma realização da Fundação Osesp, do Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania e Governo Federal. 

INGRESSOS COM VALORES REDUZIDOS EM ATÉ 17%

Pensando no fortalecimento da relação com o público, a Osesp tem, ao longo dos anos, apresentado novidades para tornar cada vez mais especial a experiência de quem vem à Sala São Paulo, entre elas, melhorias no sistema de venda de ingressos, facilidades para chegar e a sair da Sala, maior interação com os canais de comunicação etc.
Ainda assim, queremos atrair um novo público que, mesmo não habituado ao universo da sala de concertos, pode ser igualmente impactado pela música que é produzida em nossos espaços.

Nesse sentido, e pensando em ações concretas, a Fundação Osesp diminuirá em 2020 os valores de todos os seus ingressos. Com uma redução que vai de 9% a 17%, se comparados aos preços de 2019, a Osesp dá continuidade ao seu projeto de democratização da música.

“As diversas formas de financiamento da cultura, sobretudo com a utilização da Lei Rouanet, levam-nos ao entendimento de que a prática de preços mais acessíveis é uma medida que reafirma nosso compromisso com todas as camadas da população. Uma retribuição à altura da dedicação e do carinho do nosso público nesses 20 anos de Sala São Paulo.”, diz Marcelo Lopes, diretor executivo da Osesp.

O diretor ressalta ainda que: “Essa redução visa a aproximar os preços de ingressos nos diferentes setores da Sala São Paulo. Em vez de uma política de descontos pontuais durante a temporada, a Fundação Osesp vai aplicar indistintamente esse benefício a todos os públicos, sejam compradores avulsos ou assinantes, promovendo maior equidade na distribuição dos benefícios. Como sempre, as assinaturas terão descontos adicionais e isenção de taxas de conveniência, além da possibilidade de utilização do banco de ingressos. Para o comprador atento, o sistema de assinatura continua sendo o mais vantajoso em todos os aspectos.”



BEETHOVEN 250

Veja abaixo a lista de obras que serão interpretadas durante a temporada.

-       Sinfonias – da 1ª a 8ª, todas elas regidas por Thierry Fischer (lembrando que a Nona será tocada em dezembro deste ano, regida por Marin Alsop e dando início às comemorações);
-       Quatro grandes obras para coro e orquestra – Missa SolemnisMissa em Dó MaiorFantasia Coral e Cristo no Monte das Oliveiras;
-       Cinco Aberturas – EgmontNamensfeierLeonora nº 1Leonora nº 3 e Coriolano, além do raramente ouvido Canto Elegíaco;
-       Os cinco Concertos para Piano, o Concerto para Violino, o Romance para Violino e Orquestra nº 2 e o Concerto Tríplice;
-       A integral das 32 Sonatas para Piano e as Variações Diabelli;
-       A integral das cinco Sonatas para Piano e Violoncelo e uma Sonata para Violino e Piano;
-       Os seis últimos Quartetos de Cordas;
-       Teremos também outras várias obras contemporâneas inspiradas em Beethoven, de Brett Dean (Compositor Visitante), Paulo Costa Lima, Louis Andriessen, Ronaldo Miranda e Nailor Azevedo (Proveta).


DESTAQUES DA TEMPORADA
A Temporada 2020 da Osesp terá muitos outros destaques, também.
O compositor brasileiro (falecido há cem anos) Alberto Nepomuceno 
será lembrado com a interpretação de quatro de suas mais importantes
composições.

O compositor australiano, e ex-violista da Filarmônica de Berlim, Brett Dean,
um dos nomes de maior prestígio no cenário mundial, será nosso Compositor
Visitante.

Regentes, instrumentistas e cantores de grande destaque estarão,
como sempre, presentes em nossos concertos. Entre eles, podemos
mencionar: Antoine Tamestit (Artista em Residência), Isabelle Faust,
AntonioMenesesFazil SayPaul LewisJean-EfflamBavouzetLouis 
LortieAlexander Melnikov,  Andreas Staier e 
Pacho Flores, sem falar em Marin Alsop.
Merece destaque, ainda, uma série de recitais de piano com músicos
brasileiros, que inclui nomes consagrados como Sonia Rubinsky e 
Eduardo Monteiro e jovens que vêm ganhando destaque, como Aleyson 
ScopelLeonardo HilsdorfLucas ThomazinhoPablo 
Rossi e Ronaldo Rolim. Todos tocarão Sonatas de Beethoven.

Além dos concertos de assinatura, continuam na programação os 
Concertos Matinais Gratuitos, na Sala São Paulo, com apresentações
 da Osesp e de orquestras parceiras; os Concertos Digitais com
transmissão gratuita pela internet; os Ensaios Abertos da Osesp 
(R$ 15,00); e os projetos fonográficos, incluindo os lançamentos pelo 
Selo Digital Osesp para audição e download gratuitos.

Iniciativas fundamentais, tanto para a formação de plateias, quanto para
 a profissionalização de jovens instrumentistas, os projetos educativos
da Fundação Osesp também têm continuidade com o Descubra a Orquestra,
 que recebe crianças e adolescentes de escolas públicas para concertos
gratuitos na Sala São Paulo, e com a Academia de Música da Osesp,
que investe, com excelência, na formação de novos músicos de orquestra.


THIERRY FISCHER | REGENTE TITULAR DA OSESP


O maestro Thierry Fischer assume o comando da Osesp nesta próxima
temporada. Diretor musical da Sinfônica de Utah por 13 anos, Fischer foi
regente titular das orquestras Nacional da BBC do País de Gales e
Filarmônica de Nagoya, no Japão; e desde 2017 é Principal Convidado
 de Seul, na Coreia do Sul. Para seu primeiro ano com a Osesp, regerá 25
 concertos, incluindo o programa da abertura (5 a 7/mar).
Será o responsável por todas as Sinfonias de Beethoven interpretadas
 no ano (da 1ª a 8ª) e dará início ao seu trabalho de aproximação com
música brasileira regendo obras de Nepomuceno e a estreia mundial,
encomendada pela Osesp, da obra de Paulo Costa Lima.

Sobre seu início com a Osesp, afirma: 
“É uma honra e um privilégio ser parte da vida criativa e inovadora dessa
 Orquestra, reconhecida internacionalmente como a ‘número 1’ da América
 Latina”.



ANTOINE TAMESTIT | ARTISTA EM RESIDÊNCIA

  
Desde 2012, a Osesp recebe anualmente um artista que se apresenta
como solista com a Orquestra, em recitais de música de câmara, além de
 conduzir masterclasses para alunos e interessados. Na temporada 2020,
o convidado será o violista francês Antoine Tamestit, que já esteve conosco
 em duas Temporadas. Ao lado da violinista Isabelle Faust e da Osesp,
com regência de David Robertson, fará o concerto que promete ser um
dos pontos altos da Temporada: a estreia mundial de uma obra para violino,
 viola e orquestra, encomendada pela Osesp ao compositor visitante Brett
 Dean. Tamestit será também solista em outra obra de Dean: o Concerto para
 Viola, sob a batuta de Ludovic Morlot. Já com o Quarteto Osesp, fará
Quinteto de Cordas, Op. 111, de Brahms, e em recital solo tocará obras
 de Telemann, Reger, Dean e J. S. Bach.

Saiba mais sobre Antoine Tamestit: https://www.antoinetamestit.com


BRETT DEAN | COMPOSITOR VISITANTE

  
A cada Temporada a Osesp recebe, também, um compositor visitante,
que fica conosco por uma semana. Nesse período, ministra palestras ao
público e acompanha ensaios e apresentações da Osesp em programas
que contam com algumas de suas obras. Em 2020, será a vez do australiano
 Brett Dean, cujas peças têm sido regidas por maestros como Sir Simon Rattle,
 David Robertson e Marin Alsop. Sob a batuta de Thierry Fischer, a Osesp
 tocará Testamento, inspirada em Beethoven (na Sinfonia Eroica, em especial).
 Com o maestro David Robertson e os solistas Isabelle Faust e Antoine
Tamestit (Artista em Residência), a Osesp fará a estreia mundial de uma
obra para violino, viola e orquestra. Tamestit será ainda o solista do 
Concerto para Viola – instrumento que Dean tocou por anos na Filarmônica
 de Berlim – e incluirá uma peça solo do compositor no recital que fará
no dia 26 de setembro. 



ENCOMENDAS OSESP

Ciente do seu papel na difusão da música do nosso tempo, a Osesp
encomenda todos os anos obras de compositores contemporâneos.
Algumas dessas encomendas são feitas em parceria com outros conjuntos
brasileiros e estrangeiros. Em 2020, faremos a estreia mundial de quatro
peças e a estreia latino-americana de outras duas.

No âmbito do projeto SP-LX Nova Música do Brasil e Portugal – parceria
 entre a Osesp e a Fundação Gulbenkian, de Lisboa – apresentaremos 
Cartas Portuguesas, para soprano e orquestra, do brasileiro João Guilherme
 Ripper, que contará com encenação de Jorge Takla; e Inferno, para coro,
 orquestra e multi-instrumentista, do português Nuno da Rocha.

Ao compositor Paulo Costa Lima, encomendamos Ojí – Chegança e Ímpeto,
para orquestra, cuja estreia mundial será regida por Thierry Fischer.
Ao Compositor Visitante da Temporada, Brett Dean, encomendamos uma
 obra para violino, viola e orquestra, cuja première será tocada pela Osesp
 tendo Isabelle Faust e Antoine Tamestit (Artista em Residência) como solistas.
Em um concerto pouco usual, a Banda Mantiqueira estreará a Sinfonieta
Pastoral de Nailor Azevedo (“Proveta”), para jazz band, inspirada na 
Sinfonia Pastoral de Beethoven. Finalmente, faremos a estreia latino-americana
 do Concerto para Trompete – “Salseando”, do porto-riquenho Roberto Sierra,
 com o virtuose Pacho Flores – para quem a obra foi escrita.

CORO DA OSESP



Além de participar das quatro grandes obras corais-sinfônicas de Beethoven,
 o Coro da Osesp apresenta-se em cinco concertos a cappella. Thomas Blunt
 regerá um programa apenas com obras de inspiração espiritual de
compositores do século XX. Valentina Peleggi, que foi Regente do Coro da
 Osesp até 2019, retorna como convidada para reger um programa com
arranjos corais de Villa-Lobos para obras de Bach, Schubert, Mendelssohn,
 Chopin, Rachmaninov e Massenet – repertório recentemente gravado em
CD, a ser lançado pelo selo Naxos. Luiz de Godoy (maestro brasileiro
radicado há anos na Europa) será o maestro convidado em um programa
com obras de Bach, Mendelssohn, Schumann, Brahms e Mahler. William
Coelho, Maestro Preparador do Coro da Osesp, regerá um concerto
 intitulado “Gritos Urbanos”, combinando obras renascentistas com obras
do século XX. Finalmente, receberemos pela primeira vez o regente
Julian Doyle, titular do RIAS Kammerchor de Berlim, com programa
a ser anunciado.

NOVOS PREÇOS E ASSINATURAS

As assinaturas da Osesp são divididas em duas categorias:

Séries Fixas: pré-definidas, agrupadas por tipo de concerto;
Séries Flexíveis: personalizadas a partir de quatro concertos,
com datas e horários de livre escolha.

Os períodos de renovação (para assinantes antigos) e aquisição
(para novos assinantes), incluindo as datas de compra de assinaturas
 com valores promocionais, serão divulgados em breve tanto à imprensa
 como através do site e das redes sociais da Osesp.

Séries Fixas

Sinfônicas (oito concertos por série)
- valor promocional: R$ 400 a R$ 1.216
- valor integral: R$ 400 a R$ 1.520

Sinfônicas (nove concertos por série)
- valor promocional: R$ 450 a R$ 1.256
- valor integral: R$ 450 a R$ 1.570

Recitais (cinco concertos)
- valor promocional: R$ 395 a R$ 440
- valor integral: R$ 490 a R$ 550

Quarteto Osesp (seis concertos)
- valor promocional: R$ 474 a R$ 528
- valor integral: R$ 588 a R$ 660

Coro da Osesp (cinco concertos)
- valor único: R$ 250


Séries Flexíveis

Preços dos ingressos por cada apresentação (todos com direito à
meia entrada):

Concertos Sinfônicos
- valor promocional: R$ 50 a R$ 152
- valor integral: R$ 50 a R$ 190 (preços dos ingressos avulsos na bilheteria)

Recitais e Quarteto Osesp
- valor promocional: R$ 79 a R$ 88
- valor integral: R$ 98 a R$ 110 (preços dos ingressos avulsos na bilheteria)

Coro da Osesp
- valor único: R$ 50 (preços dos ingressos avulsos na bilheteria)

Recitais Pianistas Brasileiros
- valor único: R$ 50 (preços dos ingressos avulsos na bilheteria)

* Em 2020, os ingressos do Piso Superior (Balcão e Camarote) e do
setor do Coro, terão preços de Vale Cultura (R$ 50 inteira e R$ 25 meia),
por concerto sinfônico, atendendo à Instrução Normativa do Ministério da
 Cidadania – Secretaria Especial de Cultura n. 2 de 23 de abril de 2019
que disciplina o disposto na Lei 8.313/91, de 23 de dezembro de 1991,
e do art. 6º do Decreto nº 5.761, de 27 de abril de 2006.

Fonte: Alexandre Augusto Roxo Felix / Imprensa OSESP