As mais de 1 bilhão de meninas do mundo estão sendo celebradas nesta sexta-feira (11) como uma força de mudança “sem roteiro e irrefreável” para a humanidade.
Todos os dias, meninas com menos de 18 anos desafiam estereótipos, quebram barreiras e lideram movimentos para lidar com problemas que as afetam e afetam outras pessoas, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, em mensagem para o Dia Internacional das Meninas.
As mais de 1 bilhão de meninas do mundo estão sendo celebradas nesta sexta-feira (11) como uma força de mudança “sem roteiro e irrefreável” para a humanidade.
Todos os dias, meninas com menos de 18 anos desafiam estereótipos, quebram barreiras e lideram movimentos para lidar com problemas que as afetam e afetam outras pessoas, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, em mensagem para o Dia Internacional das Meninas.
“Como o tema deste ano ressalta, elas estão provando não ter roteiro e são irrefreáveis” em seus empreendimentos, desde a eliminação do casamento infantil, até o fechamento da lacuna educacional, o enfrentamento da violência e a resistência contra a crise climática.
A data é uma oportunidade de reconhecer os desenvolvimentos nos meios de vida das meninas desde a adoção de um plano visionário para o empoderamento de mulheres e meninas em 1995, à Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, que surgiu de uma reunião envolvendo cerca de 30 mil homens e mulheres na Quarta Conferência Mundial sobre Mulheres, na China.
Desde a entrada em vigor dessa agenda política de referência, Guterres destacou que “vimos mais meninas frequentando e completando a escola, menos delas se casando ou se tornando mães ainda crianças, e adquirindo as habilidades necessárias para se destacar no local de trabalho”.
Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) indicam que, na década passada, a proporção de mulheres jovens casadas quando crianças diminuiu 15% e, entre 2000 e 2016, o número de meninas fora da escola no nível primário caiu de 58 milhões para 34 milhões no mundo.
No entanto, muitas ainda estão impedidas de atingir todo o seu potencial, e “não é mais aceitável que as meninas tenham que reduzir seus sonhos ou serem levadas a acreditar que estes sejam inacessíveis”, insistiu o chefe da ONU.
Normas de gênero podem prejudicar a vida de meninas, pois elas “influenciam tudo o que fazem”, observou Guterres. Tais expectativas ditam seus casamentos, limitam a frequência escolar, o acesso a serviços de saúde ou a subsistência, entre outros aspectos essenciais.
Vários fatores têm forte influência sobre seu futuro, com 200 milhões de meninas e mulheres sujeitas a mutilação genital feminina em todo o mundo, mulheres e meninas representando três em cada quatro vítimas de tráfico de pessoas e, para aquelas que vivem em situação de conflito armado, a natureza prolongada da guerra pode afetar o futuro de gerações inteiras, de acordo com o UNICEF.
A falta de educação significa que as jovens que crescem em meio a conflitos também serão privadas de habilidades para contribuir com suas famílias e economias, exacerbando situações desesperadoras e entrando em crise. No entanto, para cada ano do ensino médio que uma menina cursa, sua capacidade de ganho é aumentada em até 25%.
Para garantir um futuro brilhante para todas as meninas, “precisamos de esforços e investimentos combinados em saúde, segurança e habilidades do século 21”, disse o secretário-geral.