domingo, 31 de janeiro de 2016
sábado, 30 de janeiro de 2016
Exposição homenageia os 100 anos de A Metamorfose de Kafka
Por
Thais Paiva
Em cartaz na Casa da Rosas, “Um corpo
estranho” mostra como a obra do escritor tcheco se mantém atual ao criticar uma
sociedade burocratizada [...]
Um
século se passou desde que A Metamorfose, de Franz Kafka (1883-1924),
foi publicada pela primeira vez, em 1915. A narrativa, capaz de conferir
realismo a um episódio absurdo, tornou-se uma referência dentro da literatura
universal e sintetiza o desconforto enigmático pela qual a linguagem kafkiana
ficou conhecida.
Para
marcar o centenário da obra, a Casa das Rosas, em São Paulo, apresenta a
exposição Um corpo estranho – Centenário de publicação de A metamorfose,
de Kafka, que percorre os principais elementos do livro bem como seus
desdobramentos filosóficos e estéticos na atualidade. [...]
Leia a
matéria completa em http://www.cartaeducacao.com.br/cultura/exposicao-homenageia-os-100-anos-de-a-metamorfose-de-kafka/
Saiba mais:
Uma triste estatística!
Brasil tem 21 cidades entre as 50 mais
violentas do mundo
Maioria dos municípios brasileiros no ranking estão no Nordeste. Caracas é cidade mais violenta do mundo, segundo relatório anual de ONG [...]
Leia a matéria completa em http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/brasil-tem-21-cidades-entre-as-50-mais-violentas-do-mundo
UFMG: Festival de Verão 2016 - Memória: cognição situada e cognição distribuída
Muito além da recordação: oficina
abordará a memória como processo de reconstrução
“Faculdade de
reter e recordar ideias, impressões e conhecimentos adquiridos anteriormente”.
É dessa forma que os dicionários definem o termo memória, aqui associado às
reminiscências, recordações e lembranças. Mas a memória, segundo os estudiosos,
vai muito além disso.
“De acordo com o
psicólogo Frederic Bartlett, recordar não é relembrar, e, sim, um processo de
reconstrução, no qual aspectos do episódio previamente apresentado são tecidos
em um todo coerente com a ajuda do conhecimento preexistente”, explica o
professor Eduardo Fleury Mortimer, do Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino
da Faculdade de Educação da UFMG.
Mortimer
ministrará a oficina Memória: cognição situada e cognição distribuída
no Festival de Verão 2016. O curso será iniciado com a noção de Bartlett de que
a memória é um processo construtivo.
“Após essa
introdução, será apresentada aos participantes a consideração de que a memória,
como toda a cognição, depende não somente do cérebro, mas também do corpo”.
Segundo Mortimer, normalmente esse processo ocorre levando-se em conta a
estrutura social e ambiental do meio, distribuindo-se entre o cérebro e o
ambiente.
“Ele se estende
além das fronteiras de um organismo individual. Durante a oficina, será
possível e necessário fazer uso de artefatos na solução de problemas que exijam
memória”.
Entre os possíveis
públicos da oficina, estão professores de escolas de ensino fundamental e
médio, já que, segundo Mortimer, aplicações ao ensino também serão consideradas
na oficina. Contudo, a atividade é aberta a estudantes universitários e a
qualquer interessado no assunto.
As inscrições para
as oficinas do Festival de Verão devem ser efetuadas no site da
Fundep. Mais informações sobre as atividades estão disponíveis na página do evento.
Vagas: 30 Carga horária: 4 horas
Período: 2 de fevereiro
Horário: 8h30 às 12h30
Classificação etária: a partir de 15 anos
Local: Conservatório UFMG – sala 2
Projetos para mobilidade podem transformar a vida em São Paulo, defende especialista
Publicado em Sociedade, USP Online Destaque por Joana Leal
Pesquisador na
área de planejamento de transportes e transporte público, o professor Orlando
Strambi fala sobre congestionamentos, corredores de ônibus e tarifa zero
Uma cidade se define em função de várias
características. Uma delas é a infraestrutura, composta pela rede de saneamento
básico, energia, telecomunicações e transportes. Esse último item permite a
ligação entre as diferentes partes da cidade e, como os demais, tem influência
direta no seu desenvolvimento e na qualidade de vida da população.
Para garantir que a ação dos transportes
seja positiva é necessário adotar políticas, projetos e investimentos que os
conduzam ao status de instrumentos transformadores, diz Orlando Strambi,
professor do Departamento de Engenharia de Transportes da Escola Politécnica
(Poli) da USP. “O transporte é, sem dúvida, um dos componentes que podem ajudar
a mudar a cidade. Não mudar para qualquer coisa, mas para algo
que tenha as características mais benéficas para ela”, afirma. [...]
Saiba mais em http://www5.usp.br/103949/projetos-para-mobilidade-podem-transformar-a-vida-na-cidade-defende-especialista/
Economia: onde começa a informalidade???
Publicado em Pesquisa,
Sociedade
por Bianka Vieira
A Organização
Internacional do Trabalho (OIT) acaba de divulgar um relatório com más
notícias para o Brasil: suas previsões estipulam que a taxa de desemprego
continuará a crescer ao redor do mundo não apenas em 2016, como também em 2017,
com 700 mil novos desempregados no país até o próximo ano. Enquanto a onda de
demissões e não abertura de novas vagas preocupa, o cenário brasileiro
também vê surgir empreendedores – boa parte deles informais.
Responsáveis pelo que corresponderia a
cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB), essas pessoas pertencem a
grupos de micro e pequenos empreendedores que se veem impossibilitados de
formalizarem a situação de seus negócios diante da burocracia e da alta carga
tributária presentes no processo de legalização. Uma economia nem tão
subterrânea assim que tem atraído cada vez mais pessoas.
“Tem muita gente perdendo o emprego.
O Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que é o saldo
anual de contratações menos demissões, vai acumular mais de 1,5 milhões de
vagas cortadas; a taxa de desemprego está indo para a casa de 10%. As pessoas
perdem o emprego e vão para o setor informal, que aparece como uma saída
para elas”, afirma Julia Passabom Araujo, economista formada pela Faculdade de
Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP. [...]
Saiba mais em http://www5.usp.br/103894/
ONU: Tecnologia pode reduzir danos e mortes por desastres que afetam 100 milhões de pessoas por ano
Em 2015, o número registrado de grandes secas dobrou, atingindo mais de 35 milhões de pessoas. Conferência organizada por agência da ONU vai debater como a ciência pode ajudar a prevenir riscos associados a fenômenos extremos.
Nesta
quarta-feira (27), tem início a primeira Conferência de Ciência e Tecnologia do Escritório das Nações
Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR). O encontro vai reunir
mais de mil cientistas, políticos e representantes do setor privado. O diretor
da agência da ONU, Robert Glasser, destacou a importância da ciência para
reduzir a exposição da população mundial a fenômenos extremos, que já afetam
100 milhões de pessoas por ano. Em 2015, o número de grandes secas dobrou,
atingindo mais de 35 milhões de indivíduos.
“A
aplicação da ciência e da tecnologia é vital para reduzir as perdas crescentes
vinculadas a desastres que podem, frequentemente, piorar o potencial para lutas
e conflitos em muitas partes do mundo, particularmente em lugares onde os
ecossistemas estão sendo perdidos”, afirmou o diretor na véspera da
Conferência. Segundo Glasser, na última década, 173 milhões de pessoas foram
afetadas por enchentes, tempestades, secas, terremotos e outros desastres.
Nesse período, a média anual de mortes associadas aos fenômenos extremos chegou
a 76 mil.
Para o
chefe da UNISDR, “a previsão aprimorada e o desenvolvimento de práticas da
agricultura resistentes a secas podem ajudar a reduzir rivalidades e tensões
étnicas”. “Isso precisa ser melhor compreendido uma vez que a desertificação se
dissemina e a segurança alimentar é fragilizada em muitas partes do mundo,
(situação) acentuada pelo atual fenômeno do El Niño, que está tendo um impacto
devastador sobre a produção das safras”, disse Glasser.
A
Conferência promovida pela agência da ONU quer mobilizar a comunidade
científica para incentivar a implementação do Marco de Sendai para a Redução de
Risco de Desastre, adotado em março de 2015 pelas Nações Unidas.
A Economia da Desigualdade
Reforma do sistema
tributário é necessária para fim da desigualdade da América Latina, afirma
CEPAL
Em
mensagem conjunta, o organismo da ONU e a Oxfam Internacional alertam para
crescimento desproporcional entre os ricos e pobres na região, considerada a
mais desigual do mundo. Benefícios para multinacionais e evasão fiscal impedem
que a verdadeira renda dos países seja aplicada no fim da pobreza e em serviços
para a população mais vulnerável.
Em Davos,
Suíça, líderes do planeta se encontraram no Foro Econômico Mundial entre 20 e
23 de janeiro como o compromisso de melhorar o estado atual do mundo em nome do
interesse público e encontrar respostas para os desafios mais prementes. A
secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL),
Alicia Bárcena, e a diretora executiva da Oxfam Internacional, Winnie Byanyima,
utilizaram a ocasião para chamar a atenção para a crescente desigualdade no mundo que arrisca agravar o
crescimento econômico e a luta contra a pobreza e a estabilidade social. Para
elas, um novo sistema tributário internacional é essencial para responder a
estas questões e possibilitar a conquista dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável.
No artigo
de opinião, elas apontam para o impacto destrutivo da extrema desigualdade
sobre o crescimento sustentável e a coesão social na América Latina. Apesar dos
avanços para reduzir a extrema pobreza, a região continua a apresentar altos
níveis de distribuição de riqueza e renda. Para elas, esta desigualdade tem
implicações diretas na construção de sociedades inclusivas e na projeção
reduzida de crescimento da região para 2016, estimada pela CEPAL em 0,2%.
A América
Latina ainda é a região mais desigual do mundo. Em 2014, os 10% mais ricos
tinham acumulado 71% da riqueza regional. Segundo a Oxfam, se essa tendência
continuar, em apenas seis anos 1% dos mais ricos terá o equivalente a 99% do
restante da população.
Entre
2002 e 2015, as fortunas dos multimilionários da América Latina cresceram em
média 21% anual, o equivalente a seis vezes mais do que o PBI da região,
segundo estimativas da Oxfam. Grande parte dessa riqueza é mantida em paraísos
fiscais, o que significa que esse lucro não é revertido para os países,
principalmente para os mais pobres e a classe média.
Proteger
os avances conquistados na América Latina e garantir o crescimento inclusivo e
sustentável deve ser prioridade para todos os países da região.
Consequentemente, a CEPAL e a Oxfam afirmaram sua decisão de trabalhar de
maneira conjunta para promover e construir um novo consenso contra a
desigualdade.
Entre as
propostas mencionadas está a reforma tributária, redução de benefícios para
multinacionais que impedem o crescimento de empresas domésticas, e controle da
evasão e elisão de impostos, que custam a América Latina 190 bilhões de dólares
– o equivalente a 4% do PBI – em impostos, uma quantia que deveria ser
investida na luta contra a pobreza e desigualdade e na redução de brechas históricas
da sociedade, principalmente no âmbito da educação, saúde, transporte e
infraestrutura.
As
representantes instaram os países a tomar medidas conjuntas e coordenadas para
a criação de um sistema tributário moderno, que possibilite alcançar todos os Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável. Para elas, a experiência da América Latina
serve para mostrar aos líderes políticos e tomadores de opinião, reunidos em
Davos, que não há como combater a desigualdade e impulsionar o crescimento
inclusivo sem conceber um sistema tributário mais justo.
Para JAMAIS esquecer!
Chefe
da ONU lembra o Holocausto e adverte sobre a persistência de ideologias
baseadas no ódio
Evento
de comemoração dos 71 anos de libertação do campo de extermínio nazista presta
homenagem a Nicholas Winton, que salvou 669 crianças.
A 71ª
comemoração da libertação do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau,
realizada na sede das Nações Unidas em Nova York, prestou homenagem nesta quarta-feira (27) a Nicholas Winton,
que, aos 29 anos resgatou 669 crianças na República Tcheca. Winton faleceu em
julho de 2015 aos 106 anos e o vídeo, transmitido na ocasião, mostra seu
momento de reencontro com vários desses sobreviventes.
Para o
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, educar novas gerações sobre os horrores
do Holocausto é uma das maneiras mais efetiva de proteger os direitos humanos,
lutar contra a xenofobia e prevenir novos genocídios.
“Hoje,
com o aumento da onda de antissemitismo, da intolerância antimuçulmana e outras
formas de discriminação, devemos fazer muito amis para defender esses direitos
para as pessoas em todos os lugares”, disse Ban para centenas de pessoas
reunidas na sede da ONU em Nova York para o memorial.
Em seu
discurso, ele reconheceu que a comunidade internacional está falhando em
responsabilizar os perpetradores do extremíssimo violento, tensões sectárias e
ideologias de ódio, citando possíveis crimes de guerra como as ações do Estado
Islâmico contra as minorias Yazidis e o conflito na Síria, que provocou a pior
crise humanitária de nossos tempos.
Descrevendo
o Holocausto como um “crime colossal”, o chefe da ONU reiterou que aqueles que
negam a sua existência apenas perpetuam mentiras e ridicularizam a dor. Neste
sentido, descreveu sua decepção com a convocação para um novo “concurso de
desenhos do holocausto” planejado este ano.
“Em um
momento de tensões sectárias, o respeito mútuo deve ser primordial em nossas
mentes. Propagar o ódio e brincar com fatos históricos levam ao beco sem saída
da discórdia e perigo”, enfatizou.
O
presidente da Assembleia Geral da ONU, Mogens Lykketoft, lembrou que a
Organização tem o dever de promover a tolerância, os direitos humanos e a
dignidade humana, incluindo a “Responsabilidade de Proteger”, uma doutrina que
reconhece a vulnerabilidade das populações em muitas partes do mundo e convoca
a comunidade internacional para intervir para sua proteção.
Veja também:
VÍDEO: Detidos na Itália – a miséria dos
migrantes e refugiados
Fórum da Juventude discute papel do grupo na agenda de desenvolvimento sustentável
Com
o tema ‘Jovens atuando para implementar a Agenda 2030’, a conferência também
inaugura a Iniciativa Global sobre Trabalhos Decentes para os Jovens, que quer
responder à crise mundial de desemprego a juventude.
Mais de
800 jovens líderes de todas as partes do mundo estarão reunidos no Fórum da Juventude do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas
(ECOSOC,) nos dias 1 e 2 de fevereiro, para avaliar o seu papel na
implementação e comunicação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
A quinta edição do fórum terá o tema Jovens atuando para implementar a Agenda
2030 e acontecerá na sede da ONU em Nova York.
No Fórum
também será inaugurada a Iniciativa Global sobre Trabalhos Decentes para os
Jovens, o primeiro sistema amplo de resposta da ONU para a falta de empregos
que afeta jovens de todo o planeta, liderada pela Organização Internacional do
Trabalho (OIT).
A
iniciativa pretende expandir a ação a nível nacional sobre empregos decentes
para jovens por meio de parcerias entre as partes interessadas, a disseminação
de políticas embasadas em informação e o aumento de intervenções efetivas e
inovadoras. Além disso, o tema da Iniciativa servirá de base para o ODS 8, que
pretende alcançar o “crescimento econômico sustentável, inclusivo e permanente,
repleto de trabalho produtivo e emprego decente para todos”.
O evento
terá sessões de debates de ideias, painéis interativos e discussões com os
Estados-membros. Os participantes focarão nas áreas principais, como educação,
mudança climática, saúde e outros temas relacionados aos ODS.
UNESCO: Políticas públicas no centro das mudanças para alcançar os objetivos de Educação até 2030
Simpósio
na sede da UNESCO, em Paris, contou com a participação de 200 representantes de
120 países. Encontro é parte do trabalho confiado à agência da ONU para liderar
e coordenar as metas da Agenda de Educação 2030.
Entre 18
e 20 de janeiro, representantes de 120 países se reuniram na sede da Organização da ONU para a Educação, a
Ciência e a Cultura (UNESCO) para discutir liderança escolar, monitoramento e
avaliação e governança. Entre os tópicos, o destaque foi para a importância das
políticas públicas para promover reformas de educação e o alcance dos Objetivo
de Desenvolvimento 4, que visa à promoção da educação de qualidade, inclusiva e
igualitária.
A
realização do simpósio é parte do trabalho confiado à UNESCO para liderar e
coordenar as metas da Agenda de Educação 2030. Em seu discurso de abertura,
Qian Tang, diretor-geral assistente da UNESCO para Educação, disse que “o fato
de este evento acontecer já no primeiro mês do primeiro ano de implementação na
nova Agenda é um indicador do alto comprometimento da UNESCO para engajar os
Estados-membros em fazer com que essas metas sejam possíveis de serem
atingidas”.
Em vista
do Marco de Ação Educação 2030, o papel das autoridades em educação é central e
ainda mais importante na direção de reformas da governança, na formulação de
visões estratégicas compartilhadas e na estratégia para governar e gerir os
sistemas educacionais.
Durante
três dias, os 200 participantes trataram a questão da liderança escolar e a
importância do desenvolvimento de políticas coerentes neste sentido. Sobre os
sistemas de monitoramento e avaliação, os representantes concordaram sobre a
necessidade de aprimorar as técnicas da avaliação, de forma a melhorar o ensino
e o aprendizado.
Quando o
assunto foi a governança da Educação, Megumi Watanabe, especialista em
Programas de Educação e principal autor do relatório sintético da Governança,
disse que “nossas abordagens comuns e tradicionais para esse assunto estão em
jogo e não parecem levar completamente em consideração os desafios emergentes
que os Estados-membros estão enfrentando. O cenário da governança está em
constante evolução e não pode mais ser perfeitamente delineado como poderia há
apenas duas décadas”.
O
simpósio também definiu o papel que a UNESCO desempenha na promoção de projetos
eficazes e na implementação de políticas, particularmente por meio da produção
e do compartilhamento de conhecimento e melhores práticas, da promoção da
cooperação internacional e regional, do desenvolvimento de ferramentas
normativas, e do suporte técnico e desenvolvimento de capacidades dos
Estados-membros, em especial dos países em desenvolvimento.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
PNUMA lança coalizão para inspirar ações de redução do desperdício global de alimentos
A
iniciativa Campeões 12.3 envolve líderes de todos os setores para criar um
movimento político, social e de negócios que ajude a cortar o desperdício pela
metade até 2030.
Uma coalizão
formada por 30 líderes internacionais lançou nesta quinta-feira (21) a
iniciativa Campeões 12.3 durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, para inspirar ações ambiciosas visando a redução da perda e do
desperdício de alimentos no mundo.
O nome do
grupo é uma referência à meta 12.3 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODSs), que busca reduzir o problema pela metade até 2030. A coalizão será
copresidida pelo diretor executivo do PNUMA, Achim Steiner, e pelo diretor
executivo do Grupo Tesco, Dave Lewis.
“Nós
desperdiçamos cerca de um terço da comida produzida todos os anos. É por isso
que eu dou as boas-vindas para essa abordagem proativa e colaborativa”, disse
Steiner.
A Iniciativa
‘Pensar-Comer-Conservar’, do PNUMA em parceria com a Organização da ONU para a
Alimentação e a Agricultura (FAO) aumenta a conscientização e promove política
e práticas para reduzir o desperdício de alimentos. O chefe do PNUMA lembrou,
no entanto, que para essa meta ser alcançada é necessário criar uma importante
base de informações sobre os padrões de produção e o consumo nos dias de hoje.
O diretor
executivo ainda encorajou todos os Campeões a contribuírem com a medição do
desperdício de comida em seus países e organizações de forma a contribuir para
alcançar a meta dos dos ODS, “algo fundamental para a segurança alimentar e o
combate à fome, bem como para a mudança climática”, completou Steiner.
Reduzir a
perda e o desperdício de alimentos pode ser uma vitória tripla: pode fazer com
que os produtores, as empresas e os consumidores economizem dinheiro; pode
aliviar a fome ao redor do mundo e mitigar os impactos no clima e nos recursos
naturais, como a água.
A Campeões
12.3 inclui presidentes de grandes empresas, ministros de Estados, executivos
de pesquisas, instituições intergovernamentais, fundações, organizações de
produtores e grupos da sociedade civil. Esses líderes trabalharão para criar um
movimento político, social e de negócios para reduzir a perda e o desperdício
de alimentos ao redor do mundo.
Workshop sobre espaços urbanos inclusivos inscreve trabalhos até 19 de fevereiro
Os organizadores
do workshop Diálogos urbanos: criando espaços urbanos inclusivos em tempos
de crise global, que será realizado de 3 a 6 de maio, estão selecionando
trabalhos acadêmicos. As propostas deverão ser submetidas até 19 de fevereiro, exclusivamente pela internet.
O workshop, de caráter multidisciplinar, pretende promover a excelência científica e a colaboração internacional no campo da governança urbana. O evento também visa estimular o contato entre pesquisadores em início de carreira e profissionais com trajetória consolidada, para colaborações futuras.
O workshop, de caráter multidisciplinar, pretende promover a excelência científica e a colaboração internacional no campo da governança urbana. O evento também visa estimular o contato entre pesquisadores em início de carreira e profissionais com trajetória consolidada, para colaborações futuras.
O iniciativa é
fruto de parceria entre a Universidade de Bristol (Inglaterra) e o Centro de
Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), vinculado à Faculdade de
Ciências Econômicas (Face) da UFMG, com apoio da British Council.
Aos fãs da 7ª Arte...
Cinusp divulga programação de mostras para 2016
Em 2016, o Cinema da USP Paulo Emílio (Cinusp), cinema gratuito e
aberto a todo público, continua com sua programação de mostras temáticas,
enriquecida por debates, pré-estréias e parcerias com festivais de cinema.
A sala do Cinusp na Cidade
Universitária volta à atividade no dia 1º de fevereiro com a mostra Farocki:
Destrinchando as Imagens. Já a sala na rua Maria Antônia volta de
férias no dia 13 de fevereiro, com a mesma mostra.
A partir do dia 22 de fevereiro, é a
vez da mostra Novíssimo
Cinema Brasileiro, que em sua quinta edição exibirá produções
nacionais recentes, com destaque para os jovens diretores. Haverá também 6 pré-estreias
e 5 debates com realizadores e críticos de cinema sobre os rumos do cinema
brasileiro.
A sala do Cinusp na Cidade
Universitária funciona em todos os dias úteis, com sessões às 16 horas e 19
horas. A sala no centro Maria Antônia exibe filmes toda sexta-feira, às 20
horas, e aos sábados e domingos às 18 horas e às 20 horas. Todas as
sessões possuem entrada franca.
Mais informações:
site www.usp.br/cinusp
Inscrições para primeiro exame Proflin do ano podem ser feitas até 17/02
Calendário de provas para 2016 já está disponível
Gabriel Rodrigues (Estagiário de Graduação)
O Exame de Proficiência em Língua Estrangeira e Língua Portuguesa para Estrangeiros (Proflin), do Instituto de Letras (Ileel) da UFU, divulga o calendário de realização das provas durante o ano de 2016.
As inscrições são realizadas no site do Proflin com o
preenchimento do formulário e pagamento da taxa de inscrição de R$ 80 (oitenta
reais) para cada exame. Os exames realizados são de Língua Inglesa, Língua
Francesa, Língua Portuguesa, Redação e Língua Espanhola.
Para mais informações, a Coordenação de Produção Científica,
Projetos e Eventos do Ileel fica disponível para atendimento ao público na sala
203, bloco 1U, campus Santa Mônica, das 9h às 11h, de segunda a sexta-feira, e
das 14h às 17h de segunda a quinta-feira. O telefone é (34) 3239-4449 ou
3239-4162; o e-mail é proflin@ileel.ufu.br.
Para o primeiro exame do ano, em 27 de fevereiro, as inscrições já
estão abertas e podem ser realizadas até 17 de fevereiro. Acesse
o formulário aqui.
O ápice da Educação é possível!
Doutorando da UFU é finalista no ‘Nobel da
Educação’
Trabalho do educador incentiva a iniciação científica
Marco Cavalcanti
O professor
Márcio de Andrade Batista, doutorando em Engenharia Mecânica da Universidade
Federal de Uberlândia (UFU), é um dos 50 finalistas do Global Teacher Prize,
criado pela Varkey Foundation e considerado o “Prêmio Nobel da Educação”.
O prêmio destaca a importância da
profissão de educador e julga os concorrentes a partir de vários critérios,
como o emprego de técnicas pedagógicas inovadoras. O vencedor será agraciado
com o prêmio de U$ 1 milhão, em março deste ano, em Dubai. [...]
Leia a matéria completa em http://www.comunica.ufu.br/noticia/2016/01/doutorando-da-ufu-e-finalista-no-nobel-da-educacao
Educação e Ciência - a parceria de sucesso para o desenvolvimento
Livro de professora da UFU ganha prêmio
internacional de gastronomia e vinhos
Obra fala da vitivinicultura e
tem participação de outros autores
Gabriela Junqueira (Estagiária de Graduação)
O livro
"Uvas e vinhos: química, bioquímica e microbiologia" ganhou o prêmio Gourmand
World Cookbook Awards 2016, na categoria Best Wine Professionals Book
(Melhor livro profissional sobre vinhos). A obra foi escrita e organizada por
Milla Alves Baffi, professora do Instituto de Ciências Agrárias (Iciag) da UFU,
em parceira com Roberto da Silva e Ellen Silva Lago-Vanzela, ambos da
Universidade Estadual Paulista (Unesp), contendo ainda a colaboração de outros
pesquisadores brasileiros, portugueses e espanhóis. O Gourmand World
Cookbook Awards foi criado em 1995 e é considerado o maior prêmio editorial
de gastronomia e vinhos do mundo.
Publicado em junho de 2015 pela
editora Unesp, em coedição com a editora Senac São Paulo, "Uvas e
vinhos", por meio de sua interdisciplinaridade, aborda diferentes
experiências e conhecimentos sobre a vitivinicultura - produção de uva
destinada à preparação de vinhos - destacando os processos de produção desde a
colheita da uva ao engarrafamento do vinho. [...]
Leia
a matéria completa em http://www.comunica.ufu.br/noticia/2016/01/livro-de-professora-da-ufu-ganha-premio-internacional-de-gastronomia-e-vinhos
Crise Migratória – a complexidade das relações sociais
Suécia informa que vai expulsar entre 60 e 80 mil
refugiados [...]
Leia a matéria completa em http://veja.abril.com.br/noticia/mundo/suecia-informa-que-vai-expulsar-entre-60-e-80-mil-refugiados
Trabalho...
A guerra global pelo emprego
E uma previsão: a próxima crise mundial vai ser pior
que a anterior [...]
Leia a matéria completa em http://veja.abril.com.br/blog/mercados/economia/a-guerra-global-pelo-emprego/
Desemprego sobe e chega a 6,9% em 2015 no país
Em 2014, taxa de desocupação havia ficado em 4,3%,
segundo o IBGE; renda média caiu 5,8%, para 2.235 reais [...]
Leia a matéria completa em http://veja.abril.com.br/noticia/economia/desemprego-sobe-e-chega-a-69-em-2015-no-pais
De volta às aulas!!!
Período de designação na rede estadual de ensino
terá início no dia 25 de janeiro
Normas para a organização do Quadro de Pessoal das
Escolas Estaduais e a designação para o exercício de função pública já foram
publicadas em resolução [...]
Saiba mais em https://www.educacao.mg.gov.br/ajuda/story/7675-periodo-de-designacao-na-rede-estadual-de-ensino-tera-inicio-no-dia-25-de-janeiro
domingo, 24 de janeiro de 2016
Para pensar!
Cuidado
com o nariz de palhaço!!!
Por
Alessandra Leles Rocha
Durante muito tempo neste país era
comum ouvir que “o ano só começa depois do Carnaval”. Por mais distraídos que fôssemos,
isso também significava uma certeza subjacente de que durante as folias de Momo
se urdiam as piores traições contra o povo. Pois bem, desta vez será diferente!
2016 apenas deu continuidade ao arrastar de correntes do ano anterior, sem
nenhuma cerimônia. E quanto às eventuais traições, o pior já está às claras e
não tem porque pegar alguém de surpresa.
Mas, algo permanece: o fato do
cidadão brasileiro (sem impor unanimidade, é óbvio!) valer-se do carnaval para
extravasar as alegrias e as tristezas, supostamente respaldadas por uma dose de
irresponsabilidade, nada inocente. Há quem conte no relógio os minutos para se
entregar a esbórnia carnavalesca. Tudo bem, cada um sabe de si.
Mas, para mim, a questão que não quer
calar é bem mais profunda: será que tamanha manifestação e comemoração cabem
mesmo, no contexto da realidade atual? Não, não é só pelos frágeis e irrisórios
números da economia, não. Não é só pelo desemprego, nem pela carestia ou pelo
retorno triunfante da figura da inflação. Pois é possível sim, desfrutar do
lazer, da alegria e da descontração sem muito dinheiro no bolso, apenas com a euforia
e o entusiasmo da alma.
Aliás, quero também deixar bem
destacado que essas considerações não têm o intuito de desmerecer de nenhuma
forma a genialidade talentosa dos artistas do carnaval, na engenhosa criatividade
de apresentação de seus enredos, pesquisados a fundo nos livros de história,
que tanto contribuem para a cultura nacional. Além do fato, de que sua dimensão
logística, faz das escolas de samba verdadeiras indústrias que, por detrás do
luxo e do glamour, empregam e ensinam um ofício a milhares de pessoas; o que,
consequentemente, se traduz em recursos a mover a economia de seus respectivos
municípios.
No entanto, o viés de reflexão o
qual pretendo despertar em cada leitor é a necessidade da consciência ao
significado subliminar que esta comunicação festiva pode transmitir,
especialmente nesse momento. Na vida, a linguagem verbal ou não verbal tem o caráter
fundamental de repassar uma mensagem. Daí, a importância de se ponderar sobre
cada gesto ou palavra antes de colocá-los em ação, para que o resultado não
seja desastroso. Ainda que a sociedade tenha mudado bastante, uma lógica
proveniente do bom senso regula a significância comunicativa. Ninguém, por
exemplo, vai ao trabalho de pijama. Primeiro, porque tal vestimenta configura
uso específico para o momento de dormir, do merecido repouso diário. Segundo,
porque a mensagem que se decodificaria nessa situação é de alguém sonolento, ou
descompromissado com os afazeres profissionais, ou com algum tipo de
perturbação mental que lhe incapacite perceber o absurdo em questão.
Dentro ou fora do país, ao longo
desses mais de quinhentos anos de história, em uma visão um tanto quanto generalista
do comportamento nacional, os brasileiros e as brasileiras (talvez, sem lá
muita consciência disso) têm transmitido uma mensagem descompromissada com seu
papel e valores cidadãos. Muito riso, muita alegria, muita postergação das
obrigações, enfim... Uma ideia de que por aqui nada é levado tão a sério, como
deveria. Vive-se em pleno ócio, sem render-se aos infortúnios do cotidiano.
Não é à toa, então, que as
manifestações em junho de 2013 causaram tamanho frisson. De repente, a
população levantou do sofá e foi para as ruas protestar, hastear publicamente a
sua indignação contra os desmandos políticos e econômicos. Mas, apesar da
surpresa, a credibilidade nessa ‘mudança social’ estremecia em uma falta de
lastro; pelo menos foi o que pensaram os representantes do povo. Como se isso
fosse ‘fogo de palha’ de uma gente acostumada a ser fanfarrona demais e cidadã
de menos. E no fim, de certa forma, foi o que aconteceu. As reinvindicações não
só, não foram ouvidas e atendidas; como também, a avalanche do pior (que estava
propositadamente encoberta) nos soterrou em cheio. Mesmo assim, “tudo continuou como dantes no quartel de
Abrantes”.
A dificuldade em lidarmos com a
rudeza da vida é quase sempre a promotora maior para nos refugiarmos no
universo da fantasia; mas, ao contrário de nos fazer bem, em longo prazo os prejuízos
são indiscutíveis e, às vezes, irremediáveis. Sobretudo, na reafirmação (in)consciente
de uma mensagem que contradiz a própria realidade. A indefinição sobre o
agravamento da crise econômica e do desemprego paira sobre nossas cabeças; então,
não dá mesmo para fingir que está tudo bem. Não há razões para comemorar, só
porque o carnaval é parte da nossa cultura. Aliás, com um pouco de humanidade
pulsando nas veias, é possível perceber que o mundo, na sua totalidade, não
está para graça. A fome, o frio, as doenças, as guerras erguem um labirinto de
hostilidade brutal e nada convidativo para euforias mundanas. O mal está à
espreita, sob máscaras nada festivas.
Contudo, apesar de todos os reveses
esse seja um momento único para pensar e, mais do que isso, (re)construir um
modelo de comunicação ciente do que realmente queira transmitir. Que não
desperdice as palavras, as ideias, os silêncios em vão. Que coadune
precisamente a razão, a sensibilidade e a ação. Que faça jus à inteligência, ao
bom senso, a grandiosidade humana. Que saiba o momento oportuno para cada
coisa, em nome de garantir-se compromissada na manutenção do respeito e da
credibilidade. Então, reflita antes de usar um nariz de palhaço por aí; pois, as
imagens podem traduzir errado o que as ideias queriam de fato expressar. Cuidado
com o nariz de palhaço!!!
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
Reflexões...
Direitos
Humanos sob a lente da verdade
Por
Alessandra Leles Rocha
Segundo o escritor britânico Oscar
Wilde, “A vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida...”. Particularmente, eu penso que não; a vida e a
arte são faces de uma mesma moeda e se misturam diante de nossos olhos. Mas, o
que me fez pensar sobre isso foi mais uma, entre tantas polêmicas, que se abateu
sobre a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (Academy of Motion Picture Arts and Sciences, AMPAS) pouco antes da entrega do Oscar, no final de fevereiro deste
ano.
Depois que algumas atrizes, como
Jennifer Lawrence e Gwyneth Paltrow criticaram publicamente a desigualdade
salarial em Hollywood; agora, a questão à tona é a diversidade étnica. Spike Lee, Jada Pinkett Smith e Will Smith
manifestaram seu boicote ao grande prêmio do cinema, em razão do seu descontentamento
diante da falta de indicados negros ao Oscar. Então, de repente se percebe que
a luta pela igualdade prevista na legislação de Direitos Humanos vai muito além
das fronteiras.
Frente aos
abismos provocados pelas diversas formas de desigualdade, o que está posto em discussão
é o desrespeito ao ser humano. É uma afronta grotesca a construção de estereótipos
sociais aceitos dentro desse ou daquele contexto, quando a vida real é a
exposição da pluralidade em todos os sentidos.
Somos diferentes
sim! Cada um de nós é um, mesmo se colocados dentro do rótulo, ou classificação,
de uma etnia. E que bom que seja assim! A singularidade permite a variabilidade
genética, comportamental, filosófica, existencial e, é desse modo que, a
construção de uma sociedade acontece e evolui. Habilidades e competências que
não se distinguem por detalhes morfológicos; mas, por uma capacidade in natura que se há de desenvolver ao
longo do tempo e da vida. Mas, continuamos a “procurar pelo em ovo”, o que é
uma pena. Especialmente, quando o assunto é arte.
Nada é mais libertária,
fraterna e igualitária do que a manifestação artística, ao ponto, inclusive, de
resultados significativos na terapêutica psíquica e emocional. É o individuo,
portanto, em sua essência, que determina o nível de qualidade que a sua arte
irá alcançar. Sem dedicação, sem empenho, sem vontade, o artista não passa da
mediocridade, mesmo que encontre pelo caminho um ‘empurrãozinho camarada’ para torna-la
‘digerível’ ao público em geral. A arte dessa maneira não vinga em longo prazo;
fica pelo caminho!
Grandes
artistas são o que são pelo conjunto de valores humanos e comportamentais que reúnem
para lapidar sua obra. Daí não importa o gênero, a etnia, a idade, vez por outra
eles nos surpreendem fazendo alquimia com seu próprio ofício. De onde ninguém
esperava um expressivo resultado, vem à surpresa. E é isso que os olhos da
sociedade precisam (re) aprender a enxergar, ao invés de se apegarem a detalhes
ridiculamente insignificantes; como por exemplo, para enaltecer um ter que diminuir
o outro.
No tocante à arte
da interpretação, seja ela cinema, teatro ou televisão, isso se torna ainda
mais desprezível. Quando estamos diante de uma cena, o que nos arrebata é a
mágica da sensibilidade interpretativa que supera e transcende a qualidade dos
efeitos especiais, ou da caracterização, ou da música, ou do cenário. É a força
de um olhar, ou as lágrimas frias a escorrer sobre uma face endurecida pelo
ódio, ou a ternura de um abraço de perdão, enfim... Somos espectadores fiéis às
grandes interpretações; ao contrário, dos que pensam que o mundo gira ao redor
de uma face centrada num padrão predeterminado por A ou B.
É, assim, nas pequenas
ignorâncias do mundo que se constroem os artefatos da guerra. Cada ser humano
que chega ao mundo é um cidadão, um indivíduo numericamente classificado pelo Estado
e, até certa idade, ninguém se preocupa, além disso. Somente quando começamos a
ampliar as nossas relações sociais é que determinados aspectos começam a ter importância,
significado para os outros. A desigualdade fica mais e mais visível a quem não
consegue pensar fora de uma igualdade pré-fabricada.
Desse modo, os
muros são erguidos. Tudo é uma ameaça; tanto subjetiva quanto objetivamente. De
repente nos tornamos reféns das loucuras alheias, de quem quer ter o controle
absoluto do mundo: o que você vai pensar, vai admirar, vai aplaudir, vai
copiar, vai... vai... vai... Uma arbitrária idealização da identidade coletiva.
E de tão acostumados a essa ‘doutrinação’ silenciosa, nem nos damos conta dos prejuízos
éticos e morais desencadeados. Então, valeu a manifestação conjunta da arte e
da vida nesse caso! Precisamos que os
indicados aos prêmios das Academias, ou simplesmente da vida, sejam aqueles cujo
mérito tão extraordinário consiga sem esforço silenciar quaisquer atitudes
tolas, ou desrespeitosas, que ainda persistam na sociedade.
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