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A oferta gigantesca de produtos eletrônicos e os lançamentos constantes de novos modelos são um forte estímulo para que os consumidores descartem seus celulares, computadores, notebooks e outros equipamentos por considerá-los obsoletos muito antes de eles se tornarem, realmente, inutilizáveis. No Brasil, por exemplo, estima-se que o tempo médio de uso de um computador seja de apenas quatro anos e o de um telefone celular não chegue a dois.
O desejo pela última tecnologia do momento vem gerando um problema sério: a produção de lixo eletrônico (pilhas, baterias, celulares, computadores, televisores, CDs, lâmpadas fluorescentes etc.), que não pode ser descartado em qualquer lugar e, nem mesmo, nas famosas lixeiras coloridas de coleta seletiva.
Mesmo assim, a maior parte desse material vai parar em lixões e aterros sanitários e pode acabar contaminando água e solo, além de prejudicar a saúde das pessoas que entram em contato direto com o lixo. Isso porque, equipamentos eletrônicos contêm componentes químicos e elementos tóxicos, como zinco, níquel e mercúrio.
Para facilitar o acesso da população paulista aos locais que coletam e reciclam lixos eletrônicos, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, em parceria com o Instituto Sergio Motta, criou uma plataforma de busca na internet, o “e-lixo maps”.
O sistema funciona assim: o usuário digita o CEP de seu endereço e o tipo de lixo eletrônico que precisa descartar. A partir de uma base de dados associada ao Google Maps, a ferramenta encontra os locais mais próximos que recebem aquele tipo de resíduo. No mapa, um balão vermelho indica a localização inserida, enquanto os postos de coleta mais próximos são sinalizados por balões verdes. Então, basta passar o mouse em cima desses balões para visualizar endereço e telefone do posto de coleta que ele representa e levar o material até lá.
Estabelecimentos de coleta que não constem no “e-lixo maps” também podem se cadastrar e ampliar a eficiência do sistema.
Agora, não tem desculpa para jogar seu lixo eletrônico no lugar errado.