No 3º
Seminário Internacional Mulheres no Audiovisual, organizado pela Agência
Nacional do Cinema, com o apoio da ONU Mulheres, representantes das
instituições anunciaram parceria
A ONU Mulheres Brasil e a Ancine –
Agência Nacional do Cinema estabeleceram a Aliança por um Audiovisual 50-50,
para fomentar a igualdade de gênero na produção e realização audiovisual no
Brasil. O anúncio da parceria ocorreu no 3º Seminário Internacional Mulheres no
Audiovisual, em 13 de junho, em São Paulo.
A parceria entre as duas instituições visa
trabalhar para a desconstrução de estereótipos e discriminações de gênero, raça
e etnia na comunicação e na produção audiovisual e promover o aumento do número
de mulheres nos setores de produção, comercialização e distribuição
audiovisual, inclusive nas funções de liderança e tomada de decisões.
“Esperamos que o audiovisual brasileiro possa
ter cada vez mais produções livres de estereótipo, que promovam a igualdade e
representem as mulheres em sua diversidade. E que haja cada vez mais mulheres
na indústria audiovisual, principalmente em posições de liderança e tomada de
decisão”, disse Ana Carolina Querino.
“Superar estereótipos gênero e de raça e
criar uma indústria audiovisual diversa e inclusiva, onde as oportunidades
estejam abertas a todos os talentos: para isso a Ancine soma forças com a ONU
Mulheres e lança a Aliança por um Audiovisual 50-50”, afirmou Débora Ivanov.
A parceria visa o compartilhamento de conhecimentos
e a produção conjunta de estudos e análises que contribuam para uma melhor
compreensão acerca das desigualdades de gênero, raça e etnia no setor
audiovisual brasileiro, suas causas e possíveis estratégias de superação.
Também estão previstas colaboração técnica e institucional para a realização de
atividades como formações e capacitações, promoção de melhores práticas e
realização de campanhas, seminários, mostras e festivais relacionados à
promoção da igualdade.
Na Aliança por um Audiovisual 50-50 a ONU
Mulheres tem o papel de incentivar parcerias de mídia e comunicação para a
produção de estudos e para a promoção de atividades em apoio à implementação da
Agenda 2030 para o de Desenvolvimento Sustentável na produção audiovisual, com
enfoque no Objetivo de Desenvolvimento 5 – alcançar a igualdade de gênero e
empoderar todas as meninas e mulheres. A organização também deverá apoiar
iniciativas do Estado brasileiro que garantam às produções audiovisuais o
respeito e a difusão da igualdade. No âmbito dos Princípios de Empoderamento
das Mulheres (WEPS), a ONU Mulheres oferecerá às empresas que atuam no setor
audiovisual brasileiro orientações sobre como alcançar a igualdade de gênero e
adotar práticas corporativas que valorizem as mulheres e promovam a sua
ocupação em espaços de poder e decisão. Além disso, a instituição promoverá a
incorporação da ANCINE em campanhas globais pela igualdade de gênero, raça e
etnia tanto da própria ONU Mulheres, quanto da ONU como um todo, tais como:
ElesPorElas – HeForShe, Aliança Sem Estereótipo, Planeta 50-50, Vidas Negras,
Livres e Iguais e UNA-SE.
Já à ANCINE, caberá dar visibilidade à
importância da igualdade de gênero, raça e etnia no setor audiovisual e às
iniciativas para a superação das desigualdades, bem como visibilizar, por meio
do audiovisual, tais questões e consequências econômicas e sociais. A agência
vai, ainda, valorizar a produção audiovisual de mulheres, contribuindo para seu
reconhecimento junto ao público, e estimular as empresas que atuam no setor audiovisual
brasileiro a adotarem políticas e ações para a promoção da igualdade, a exemplo
dos Princípios de Empoderamento das Mulheres e do Programa Pró-Equidade de
Gênero e Raça. Conforme suas atribuições, também promoverá a formulação de
políticas públicas para a superação das desigualdades no setor audiovisual
brasileiro e incluirá políticas corporativas para a equidade de gênero e raça
na própria ANCINE, tornando-se referência nacional e internacional no setor
audiovisual.