sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

ACNUR lança publicação sobre igualdade e diversidade de gênero para refugiados no Brasil

Publicação sobre igualdade e diversidade de gênero foi elaborada com o intuito de facilitar a adaptação de deslocados forçados à realidade cultural do Brasil. Documento será apresentado nesta quinta-feira (8) em um hangout, às 12h. Saiba com assistir na matéria. Lançamento é parte da campanha dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”.
Como parte das atividades de mobilização dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) lança nesta quinta-feira (8) a Avante!, publicação sobre igualdade de gênero elaborada com o intuito de facilitar a adaptação de deslocados forçados à realidade cultural do Brasil. Documento será apresentado em um hangout, às 12h. Acompanhe pelo link https://youtu.be/OXYOID28IwU.
Com uma linguagem simples e muitas referências visuais, o conteúdo do livreto retrata a chegada ao Brasil de um solicitante de refúgio que passa a viver o cotidiano de uma nova realidade social, muitas vezes distante de sua própria experiência prévia. O protagonista se depara com situações em que precisa se adequar à diversidade e equidade de gênero.
Ao longo de sua trajetória, o personagem recebe informações oficiais que deixam claro os direitos e deveres das pessoas que moram no Brasil. Um dos objetivos da Avante! é explicar a legislação nacional sobre violência de gênero a refugiados e solicitantes de refúgio residentes no país.
hangout será conduzido pela equipe do ACNUR envolvida no desenvolvimento do conteúdo: a mestre em gênero, mídia e cultura. Joanna Burigo, e o consultor em gênero, masculinidades e violência, Daniel Lima. Os profissionais foram contratados pelo organismo da ONU especialmente para o projeto.
Desde 1999, o ACNUR vem empreendendo esforços para incluir perspectivas de gênero em todos os seus programas, desenvolvimento de atividades, como treinamento regular para suas equipes.
Na sequência do lançamento online, o material ficará disponível para consulta e download gratuitos no site do ACNUR Brasil. Veja aqui.

Campanha ’16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres’

Realizada desde 1991 pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (Center for Women’s Global Leadership – CWGL), a campanha dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” estabelece uma relação simbólica entre direitos humanos — cujo Dia Internacional é celebrado em 10 de dezembro, ao final do período de mobilização — e a violência de gênero.
A iniciativa é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, que foram contra o ditador Trujillo da República Dominicana e ficaram conhecidas como “Las Mariposas”. As ativistas foram assassinadas em 1960.

Violência contra a mulher no Brasil

Segundo o Mapa da Violência 2015 (disponível aqui), estudo elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO), com o apoio da ONU Mulheres e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o Brasil ocupa a 5ª posição num ranking de feminicídio de 83 país, com uma taxa de 4,8 assassinatos por cada 100 mil mulheres; 55,3% desses crimes foram cometidos no ambiente doméstico e 33,2% dos assassinos eram parceiros ou ex-parceiros das vítimas, de acordo com dados de 2013 do Ministério da Saúde. A pesquisa diz ainda que houve um aumento de 54% em dez anos no número de assassinatos de mulheres negras, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013.