“A representação mais popular de uma cidade em sua totalidade é o mapa.
Entretanto, os códigos da cartografia urbana estabelecem uma linguagem
plana, pálida e impossível de abarcar todas as complexas relações urbanas.
Assim como a cartografia, a fotografia também é uma linguagem plana,
pálida e muito utilizada para representar a cidade de um modo diminuto
em relação a suas camadas e meandros coletivos, individuais e temporais.
Talvez acostumados com essa ideologia da impossibilidade, ignoramos as
mais complexas relações urbanas renegando-as ao invisível.
Esse é justamente o tema desta exposição: os pequenos vestígios de uma
ínfima parcela dessa invisibilidade que discretamente vêm à tona”.