terça-feira, 26 de abril de 2016

Pense nisso!!!


Depressão também atinge populações da Amazônia



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Transtorno associado à vida nas grandes cidades atinge habitantes de regiões distantes, mostra estudo
É comum associarmos a depressão com cotidiano das grandes cidades. Violência, estresse, trânsito intenso e modo de vida acelerado, entre outros motivos, quase sempre são apontados como possíveis causas desse transtorno mental. Mas, um estudo realizado pela professora e enfermeira Edinilza Ribeiro dos Santos nas cidades de Coari e Tefé, no interior do estado do Amazonas, mostra que 1 em cada 5 habitantes, com 20 anos de idade ou mais, tem depressão. Os fatores de risco associados ao transtorno depressivo na população do estudo foram: baixos níveis de escolaridade e renda, uso de álcool, ausência ou pouco apoio social de familiares e amigos, estresse e ter outras doenças físicas. Os resultados da pesquisa foram publicados em um artigo na revista PLoS ONE, em sua edição de março.
“Realizamos um estudo de prevalência nos dois municípios e constatamos que os fatores de risco para transtorno depressivo são semelhantes aos observados em estudos prévios realizados em grandes centros urbanos”, conta a pesquisadora, que é docente na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Ao todo, foram entrevistadas 1.631 pessoas residentes nas duas cidades. Essas entrevistas foram realizadas por dez profissionais previamente capacitados, durante cerca de um ano, entre 2013 e 2014. [...]

Arte e reflexões sobre o social são incentivadas desde cedo na escola



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Aprender a questionar e ter sensibilidade para o outro foram conquistas dos alunos participantes do projeto Arte e Intervenção Social
A música é porta de entrada para cativar alunos do ensino fundamental em relação à literatura, à poesia e às questões sociais. Esta foi a experiência do projeto Arte e Intervenção Social, do professor de Língua Portuguesa Daniel Carvalho de Almeida, realizado na Escola Municipal de Educação Fundamental (EMEF) Aurélio Arrobas Martins, em Itaquera, zona leste de São Paulo. O projeto despertou nos alunos o interesse e o gosto pela literatura, a poesia e a criação literária. Agora, eles escrevem poesias e outro gêneros de texto, e já publicaram dois livros. [...]

Índice mede força dos parlamentos na América do Sul

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Indicador leva em conta autonomia do legislativo para elaborar leis e fiscalizar o poder executivo
Um índice para medir a força do poder legislativo nos países da América do Sul é proposto em pesquisa do Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas (NUPPs) da USP, realizada pelo professor José Alvaro Moisés e pelo pesquisador Sérgio Simoni Júnior. O indicador é baseado nos dispositivos vigentes nas atuais constituições e regimentos internos dos parlamentos, que indicam a autonomia para elaborar leis, fiscalizar o poder executivo e a existência de mecanismos de dissolução legislativa. Sob esses aspectos, os legislativos mais fortes são os do Paraguai, Bolívia e Argentina. O Brasil está em um bloco intermediário, junto a Colômbia, Chile, Uruguai e Venezuela. Peru e Equador possuem os legislativos mais fracos.
Segundo o professor Moisés, a força do legislativo depende das prerrogativas do parlamento para apresentar projetos de lei, dos dispositivos constitucionais e regimentais que preveem e facilitam a fiscalização e o controle do poder executivo e da liberdade que os parlamentos possuem para a apresentação de propostas orçamentárias. “A presença desses atributos indica e assegura a autonomia e independência do legislativo, sua capacidade de ação para questões de fiscalização e controle, e principalmente, a iniciativa de proposições sobre leis orçamentárias”, afirma. “Este é um aspecto essencial, pois a elaboração do orçamento é o momento em que a sociedade, em um Estado democrático, aloca a riqueza que produz em políticas públicas que considera prioritárias”. [...]

Crise adia transição da América Latina para economia de classe média, diz Banco Mundial

Enquanto entre 2002 e 2012, mais de 10 milhões de latino-americanos entraram para a classe média anualmente, em 2014 esse volume caiu para 3,5 milhões. Caso a evolução tivesse se mantido no mesmo ritmo, a região seria predominantemente de classe média em 2017.

A desaceleração das economias latino-americanas tem prejudicado a expansão das classes médias nesses países, de acordo com o Banco Mundial. Enquanto entre 2002 e 2012, mais de 10 milhões de pessoas entraram na classe média anualmente, esse número caiu para 3,5 milhões em 2014.
Caso a evolução tivesse se mantido no ritmo de 1% ao ano, a América Latina se tornaria uma região predominantemente de classe média em 2017, segundo cálculos do Laboratório contra a Pobreza na América Latina (LAC Equity Lab), do Banco Mundial.
A mudança foi prejudicada pela redução dos preços das matérias-primas, que vinham impulsionando o crescimento econômico na América Latina entre 2002 e 2012. O resultado foi uma desaceleração do crescimento econômico, especialmente no Brasil. Na média ponderada, a América Latina está entrando no quinto ano consecutivo de retração.
O novo cenário fez economistas descartarem qualquer previsão sobre quando os países da região poderão chegar à condição de economias predominantemente de classe média.
Apesar do contexto mais difícil, o percentual de latino-americanos de classe média não diminuiu, ficando estável em 35% entre 2013 e 2014, segundo o Banco Mundial. Além disso, mesmo diante do menor crescimento da renda para os 40% mais pobres da América Latina, a taxa de pobreza continuou a cair, passando de 24,1% em 2013 para 23,3% em 2014.
Segundo o Banco Mundial, o cenário ruim tem ampliado o número de pessoas consideradas vulneráveis, que vivem com de 4 a 10 dólares por dia. O grupo, que mais tem crescido nos últimos anos, está mais sujeito a cair na pobreza do que migrar à classe média.
Na classificação do Banco Mundial, são consideradas de classe média pessoas que vivem com de 10 a 50 dólares por dia, enquanto são considerados pobres aqueles que vivem com até 4 dólares diários.
“Por isso, minimizar esse risco (de queda dos vulneráveis à pobreza) será um importante objetivo em toda a região durante o ajuste ao novo ambiente econômico”, disse o economista Oscar Calvo-González, gerente do departamento de pobreza e igualdade para a América Latina do Banco Mundial.

Uma em cada cinco mulheres será mãe antes de terminar a adolescência nos países do Cone Sul, diz UNFPA

De acordo com estimativas da ONU, nascem cerca de 14 milhões de crianças de mães adolescentes por ano em todo o mundo. A taxa de fecundidade adolescente na América Latina e no Caribe é de 73,2 por 1 mil nascimentos, quase o dobro dos níveis de outras regiões do mundo (48, 9 por mil), só sendo superada pela África, onde atinge 103 por mil.

Gravidez e maternidade precoce podem trazer complicações de saúde para a mãe e para o bebê, bem como impactos negativos na trajetória de vida de adolescentes. Quando a gravidez não é planejada, ela se torna uma manifestação nítida da vulnerabilidade dos direitos sexuais e reprodutivos de adolescentes e, portanto, de seus direitos humanos.
Essa é a conclusão do relatório “Fecundidade e Maternidade Adolescente no Cone Sul: Anotações para a Construção de uma Agenda Comum”, apresentado nesta terça-feira (19) pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), na Argentina.
De acordo com estimativas da pesquisa, cerca de 1,25 milhão de nascimentos que ocorrem nos países do Cone Sul são de mães adolescentes (15 a 19 anos), sendo que uma em cada cinco mulheres vivendo na região será mãe antes de terminar a adolescência.
O trabalho sistematizou a situação da fecundidade e da gravidez na adolescência em Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, e comparou a legislação e os programas existentes relacionados à saúde sexual e reprodutiva em cada um destes países.
De acordo com o relatório, a tendência da fecundidade adolescente durante a última década foi errática nos quatro países analisados. Apenas no Brasil houve uma queda sustentada, apesar de o país ter registrado forte avanço na década anterior.
A taxa de fecundidade adolescente no Brasil passou de 86 para cada 1 mil habitantes em 2000 para 75,6 em 2010. Entre 1980 e 2000, porém, esse indicador havia subido de 75 para 89,7. Na Argentina, a tendência também foi de baixa, passando de 60,7 em 2000 para 56,9 em 2010, enquanto no Chile, foi de 61,6 para 52,5 no mesmo período. No Paraguai, as taxas que eram de 82,3 no início da década caíram para 72,3 e, no Uruguai, passaram de 63,5 para 61,1.
De acordo com estimativas da ONU, nascem cerca de 14 milhões de crianças de mães adolescentes por ano em todo o mundo. Na América Latina e no Caribe, a taxa de fecundidade adolescente é de 73,2 por 1 mil nascimentos, quase o dobro dos níveis de outras regiões do mundo (48, 9 por 1 mil), só sendo superada pela África, onde atinge 103 por 1 mil. A maior parte das mães são adolescentes que estavam fora do sistema de ensino no momento da gravidez.
“É necessário reforçar e ampliar as políticas públicas abrangentes para garantir a prevenção de gravidez indesejada e destacar a importância da promoção de parcerias para a cooperação Sul-Sul entre os países, para facilitar o intercâmbio e a aplicação de boas práticas”, disse Virginia Camacho, assessora regional em saúde sexual e reprodutiva do Escritório Regional para a América Latina e o Caribe do UNFPA.

Desigualdades

As desigualdades étnicas e culturais em todos os países devem ser consideradas, segundo o relatório. No Brasil, a maternidade adolescente indígena representa o dobro da não indígena. Também no Uruguai são observadas diferenças étnico-raciais, com uma maior proporção de adolescentes mães entre as mulheres afrodescendentes.
No Brasil, a taxa de fecundidade adolescente diminui conforme aumenta a renda do lar. As adolescentes que moram em residências com renda igual ou inferior a 25% do salário mínimo per capita apresentam uma taxa de fecundidade de mais de 126 nascimentos por 1 mil mulheres. Entre as que residem em residências com rendas familiares per capita de duas a três vezes superior ao salário mínimo, a taxa de fecundidade cai para 31 nascimentos por 1 mil mulheres, e entre as que moram em residências com rendas mais altas, a taxa é de 8 a cada 1 mil.
“A gravidez adolescente não só destaca a falta de acesso das meninas e adolescentes aos bens e serviços que lhes permitam exercer os seus direitos sexuais e reprodutivos, mas também constitui uma barreira para que as meninas exerçam o seu direito à educação e ao desenvolvimento saudável, e para alcançar uma transição bem sucedida para a vida adulta”, disse Esteban Caballero, diretor regional do UNFPA para a América Latina e o Caribe.
O relatório analisa os programas de educação em sexualidade que se desenvolvem dentro dos marcos normativos de cada um dos países, tais como a disponibilização de diversos métodos contraceptivos gratuitamente através de sistemas de saúde e acesso à saúde sexual e reprodutiva de forma autônoma, sem a obrigação do acompanhamento de um adulto e como o respeito ao direito à confidencialidade.
O fortalecimento das capacidades e intercâmbios dos países do Cone Sul em seus esforços para garantir o acesso à saúde sexual e reprodutiva e diminuir a gravidez indesejada na adolescência são os principais objetivos do estudo, segundo a agência da ONU.
O relatório completo pode ser encontrado na página do UNFPA Brasil, nas publicações sobre Saúde Sexual e Reprodutiva (disponível somente em espanhol).

Há conflito entre interesses de farmacêuticas e sociedade, diz especialista da OPAS/OMS

Há conflito entre as necessidades de saúde pública e os interesses do mercado, que tem origem nas disparidades existentes entre a lógica do lucro fomentado pela economia e a condição de saúde desejada pela sociedade, segundo artigo de especialista da Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial da Saúde.

Existe um conflito entre as necessidades de saúde pública e os interesses da indústria farmacêutica, que tem origem nas disparidades existentes entre a lógica do lucro fomentado pela economia de mercado e a condição de saúde desejada pela sociedade.
Essa é a conclusão do estudo “Produção: a corda bamba entre o mercado e as necessidades de saúde pública”, que faz parte da publicação “Uso Racional de Medicamentos: fundamentação em condutas terapêuticas e nos macroprocessos da Assistência Farmacêutica”, lançada no mês passado pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).
Segundo o artigo, da pesquisadora Kellen Santos Rezende, um dos principais problemas no Sistema Único de Saúde (SUS) é o crescente desinteresse comercial dos fabricantes de insumos e medicamentos em manter a comercialização de medicamentos antigos, mas que ainda têm seus resultados positivos sobre a saúde.
“Podemos citar, neste contexto, medicamentos oncológicos antigos, como a L-asparaginase, indicado para leucemia linfocítica aguda em pacientes pediátricos”, lembrou o artigo. “Dado que o período da novidade comercial (e lucrativa) de um produto como esse foi há um bom tempo, os produtores que precisam continuar a ter altas taxas de lucratividade para manter o interesse dos seus investidores e, por isso, lançam no mercado alternativas terapêuticas mais caras, mas que nem sempre são melhores que os antigos”, completou.
Além do problema da substituição de medicamentos antigos para a maior lucratividade, o artigo citou episódios de desabastecimento de medicamentos da atenção básica, que ocorrem frequentemente no sistema de saúde brasileiro.
“É o caso da adrenalina (vasoconstritor) e fenitoína (anticonvulsivante), além de grupos de insumos farmacêuticos ativos que não mais são produzidos no país, tais como antibióticos e produtos para doenças raras”, declarou.
“O resultado prático disto é que hoje o sistema de saúde nacional enfrenta graves crises de desabastecimento de medicamentos antigos, amplamente utilizados, muitos deles da atenção básica”, disse o texto.
Os desabastecimentos de produtos importantes para o SUS têm ocorrido com frequência cada vez maior, sendo justificados por diversos motivos relacionados “à tênue relação existente entre as necessidades de saúde pública e as lógicas de mercado”, enfatizou o documento.
“Por isso, os governos em seus diversos âmbitos de atuação devem estabelecer mecanismos de regulação para que esta relação não seja deficitária para o lado da saúde pública.”
“Este balanço deve ser regulado para não afetar de forma negativa nenhum dos lados para a quebra da relação existente entre produtores e consumidores, agravada pela natureza dos produtos envolvidos serem produtos para atendimento da saúde da população”, completou.
Outro problema é o monopólio na produção de determinados medicamentos, o que torna os aumentos de preços excessivos, que por sua vez provocam alta exagerada dos gastos do poder público. “Quando se trata de produtos estratégicos para a saúde, a situação torna-se mais delicada”, disse o artigo.
Entre as sugestões para contornar os problemas, a autora citou o fortalecimento da produção nacional, especialmente em épocas em que as condições cambiais são desfavoráveis à importação.
Ela sugeriu também o fortalecimento das universidades como rede de conhecimentos e inovações, de modo a contribuir para a sociedade, seja na prestação de serviços ou na introdução de novos produtos. E uma melhora dos serviços de informação do sistema público para reduzir os episódios de desabastecimentos de produtos de baixo interesse pelo mercado.


Trailer - O Jardineiro Fiel

Cerca de 5% dos usuários de crack e similares no Brasil vivem com HIV, aponta relatório do UNAIDS

Criminalizar consumo e posse de drogas para uso pessoal não é solução, destacou o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids em documento que aborda relação entre drogas injetáveis e epidemias. Encarceramento aumenta exposição ao risco de infecção por HIV, tuberculose, hepatites C e B.


Às vésperas da sessão especial da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre drogas, que começa na próxima terça-feira (19), o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) alertou na sexta-feira (15) para o fracasso de muitos países em reduzir novas infecções pelo HIV entre usuários de drogas injetáveis.
Iniciativas do Brasil foram elogiadas na pesquisa. No país, quase 5% da população que utiliza crack e/ou similares vive com HIV – proporção equivalente a cerca de oito vezes a taxa de prevalência do vírus entre a população em geral, conforme apontado por estudo da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) citado no relatório.
O documento do UNAIDS assinala que, devido à ausência de abordagens centradas nos direitos humanos e na saúde dos usuários de drogas injetáveis, o número mundial de infecções por HIV entre esse público não foi reduzido de 2010 a 2014.
A agência da ONU destacou que, com isso, a comunidade internacional não cumpriu a meta estabelecida pela Assembleia Geral em 2011 para reduzir em 50%, até 2015, a transmissão de HIV entre pessoas que injetam entorpecentes.
“O mundo tem que aprender as lições dos últimos 15 anos, seguindo o exemplo de países que reverteram sua epidemia de HIV entre pessoas que injetam drogas adotando estratégias de redução de danos que priorizam seus direitos humanos”, afirmou o diretor-executivo do UNAIDS, Michel Sidibé. Portugal, China, Irã, Quênia e Moldávia estão entre essas nações bem-sucedidas.
A pesquisa ressalta que abordagens baseadas na criminalização e na execução agressiva da lei criaram barreiras às tentativas de mitigar as consequências negativas enfrentadas pelos usuários.
Prender pessoas pelo consumo ou posse de drogas para uso pessoal também aumenta sua vulnerabilidade ao HIV e a outras doenças infecciosas, como hepatite B, hepatite C e tuberculose, durante o encarceramento, apontou o relatório.
Programas brasileiros como a iniciativa De Braços Abertos, da Prefeitura de São Paulo, foram elogiados por oferecerem apoio abrangente a indivíduos que usam craque, incluindo emprego, alimentação, abrigo e cuidado médico completo – envolvendo prevenção do HIV, exames diagnósticos para o vírus e terapia antirretroviral. O sucesso do projeto levou o Ministério da Justiça a replicar a experiência em outras cidades brasileiras, no âmbito da sua Política Nacional sobre Drogas.
Outro destaque do país no relatório são os custos do tratamento para a hepatite C – relativamente inferiores aos valores em países desenvolvidos. Um tratamento para 12 semanas com o medicamento sofosbuvir custa cerca de 7 mil dólares no Brasil. Nos Estados Unidos, os custos chegam a 84 mil dólares e, no Reino Unido, 53 mil dólares. Na França e na Alemanha, os valores foram calculados em torno dos 45 mil dólares.
Na Índia e no Egito, porém, as despesas são bem menores, atingindo 483 dólares e 900 dólares respectivamente.
O dirigente do UNAIDS lembrou que o organismo conta com uma Estratégia de Aceleração da Resposta ao HIV para fortalecer os esforços de combate à epidemia até 2020 e reduzir a menos de 500 mil o número de novas infecções.
O programa também exige dos Estados-membros que garantam que no mínimo 90% dos mais de 12 milhões de pessoas que injetam drogas tenham acesso a um tratamento combinado para a prevenção do HIV, incluindo terapias de substituição de opioides, acesso a camisinhas e a aconselhamento, diagnóstico e serviços de tratamento para tuberculose e vírus transmitidos pelo sangue, como o HIV e as hepatites B e C.
A Agenda 2030 recém-adotada pela comunidade internacional prevê ainda que, até 2030, a epidemia de HIV seja erradicada.

Dia Nacional do Combate à Hipertensão Arterial‏

A Hipertensão Arterial é uma doença silenciosa que pode se manifestar em idosos e adultos representando um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, a doença atinge entre 25% e 30% da população brasileira adulta, chegando a mais de 50% após os 60 anos. Além disso, é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal no país.
O problema se dá especificamente quando a PA é igual ou superior a 140x90 no adulto. O diagnostico deve ser sempre validado por medidas repetidas em, pelo menos três ocasiões diferentes, em boas condições de aferições.
As evidências científicas mais atuais sugerem que o controle mais rigoroso da pressão arterial seja mais benéfico do que tentar apenas deixar os níveis menores que 140 mmHg. Este controle mais intenso é acompanhado de menor incidência de eventos cardiovasculares futuros, em especial de AVC.
A prevenção ainda é o melhor caminho e é fundamental aferir a pressão frequentemente, explica o cardiologista João Lucas O’Connell. “Fatores como histórico familiar, obesidade, diabetes, tabagismo, estresse, sedentarismo, dieta rica em sódio, consumo exagerado de álcool, por exemplo, contribuem para o aparecimento da pressão alta”, explica. Uma dieta saudável e balanceada, assim como a prática de exercícios aeróbios regulares e a restrição de atividades sedentárias são fundamentais para a prevenção e o controle, sugere o especialista.

Fonte: Comunique Assessoria

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Quanto custa?!


Quanto custa?!

 

Por Alessandra Leles Rocha

 

Um viaduto na época da Copa do Mundo. Uma ciclovia às vésperas dos Jogos Olímpicos. As obras que desmoronam diante dos nossos olhos são, talvez, um reflexo daquilo que vem desmoronando há séculos em nosso país: os valores.

Um povo alegre, risonho, aparentemente feliz. É assim que descrevem os brasileiros, mundo afora. Mas, quanto aos nossos valores, fomos sempre reconhecidos como hábeis executores do ‘jeitinho’; uma referência ‘ácida’ ao nosso mau hábito de fazer as coisas de qualquer jeito, burlando os caminhos éticos e morais, enfim...

A questão é que a ausência de valores nos torna uma imensa incógnita. O que esperar de gente assim, que fala uma coisa e faz outra? Gente, cujos interesses materiais estão sempre acima do bom senso, do altruísmo, do respeito... O confiar ‘desconfiando’ é sempre cansativo, sempre lastimável.

Querendo ou não, nossa imprevidência institucionalizada é tão danosa que vai além da deterioração da imagem; ela custa caro, muito caro mesmo. Caro do ponto de vista de projetos e execuções sem o menor critério de responsabilidade e permite esvair milhões e milhões do dinheiro público. Caro do ponto de vista humano, porque vidas são perdidas em razão de fatos absurdos; e não há dinheiro que pague por isso.

A fragilidade dos valores morais do povo brasileiro extrapola as raias do incompreensível. Puritanos e retrógrados com aquilo que tantas vezes nem lhes diz respeito. Liberais ao extremo e tão ‘modernos’ diante do que deveria ser prioridade e passível de ampla e profunda reflexão. Ora, ora; não temos um posicionamento consciente e nem tampouco responsável diante do que somos enquanto indivíduos, coletividade e nação.

Estamos sempre esperando que alguém faça por nós, cumpra nossas próprias obrigações. Sempre esperando os agrados e rapapés, que possam eventualmente render alguma conveniência social. Sempre dando mais valor ao TER do que ao SER.  Sempre lavando as mãos, num rito de omissão consciente e voluntária. Desse ‘jeitinho’ em ‘jeitinho’ fundamenta-se a prática de resolver a vida pelo ângulo do ‘menos pior’ ao invés de buscar o melhor, a excelência naquilo que se faz.

Os ranços coloniais ainda nos amarram a tal ponto que queremos tudo sem fazer esforço, sem oferecer contrapartida à altura. Algo contraditório em tempos olímpicos, já que dentre os princípios contemplados pela Olimpíada está à conquista pelo próprio mérito. Mas, há tempos que deixamos de levar isso em conta, para nos tornarmos um país cujas realizações ficam aquém de suas potencialidades humanas e materiais.

Por isso, o país se esfacela. As falácias repetidas exaustivamente não haveria como suprir as demandas da realidade. O verbo pede ação, trabalho, sacrifício e compromisso. Com um pouco de lisura admite-se isso com facilidade e se rechaça o discurso deprimente da vitimização; pois, vítimas só podem ser consideradas aquelas mortas ou feridas em decorrência de tamanha irresponsabilidade.

Aos que ainda acreditam que os valores éticos e morais são coisa do passado, estão fora de moda, convido a conferir os veículos de imprensa. Tenho certeza de que uma breve passada de olhos pelas manchetes lhes trará uma boa percepção de que nunca o mundo precisou tanto resgatar tais valores como agora. Ações têm reações; todos sabem disso. Leis, códigos, doutrinas, educação tudo isso é importante na transformação da sociedade; mas, se não houver bom senso, consciência humanitária e de preservação da própria espécie, nada disso adianta.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Para começar bem o dia!!!


Tratar bem

Martha Medeiros

A todos trato muito bem
sou cordial, educada, quase sensata,
mas nada me dá mais prazer
do que ser persona non grata
expulsa do paraíso
uma mulher sem juízo, que não se comove
com nada
cruel e refinada
que não merece ir pro céu, uma vilã de novela
mas bela, e até mesmo culta
estranha, com tantos amigos
e amada, bem vestida e respeitada
aqui entre nós
melhor que ser boazinha é não poder ser imitada.

Vontade política é fundamental para promover trabalho digno, destaca OIT em publicação sobre Brasil


Em livro publicado nesta semana, a Organização Internacional do Trabalho apresenta um panorama de iniciativas brasileiras que buscaram incorporar sua Agenda de Trabalho Decente. Brasil é pioneiro na criação de agendas subnacionais, voltadas para estados e municípios.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou nessa semana (13) o livro “Uma década de promoção do trabalho decente no Brasil: uma estratégia de ação baseada no diálogo social”. A obra apresenta um panorama de iniciativas brasileiras que buscaram incorporar, a nível nacional e subnacional, o compromisso do país com a Agenda de Trabalho Decente do organismo.

Em 2003 – quatro anos após a OIT formalizar seu conceito de trabalho decente –, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comprometeu a estabelecer um programa de cooperação técnica para adequar o marco global ao contexto brasileiro.

Em 2006, foi lançada a versão nacional da Agenda, após discussões coordenadas entre a OIT, o Ministério brasileiro do Trabalho e Emprego e outras pastas.

O livro publicado nesta semana – escrito por Laís Abramo, que dirigiu a OIT no Brasil de 2005 a 2015 – destaca o pioneirismo do país na criação de agendas subnacionais, a níveis estadual, municipal e intermunicipal. Em 2007, na Bahia, durante a gestão do então governador Jaques Wagner, o estado deu início à elaboração da primeira agenda de trabalho decente voltada para um estado.

Com a iniciativa, o país se tornou o primeiro em todo o mundo a propor estratégias localizadas e voltadas para o contexto específico de determinadas regiões. A experiência baiana é considerada um exemplo internacional e nacional para a OIT.

Segundo Abramo, alguns princípios do caso da Bahia são exemplares para sua reprodução, como, por exemplo, a vontade política e o compromisso dos governantes em promover o trabalho decente e o estímulo ao diálogo social e à promoção de processos mais amplos de mobilização e consulta.

Após o pontapé inicial do estado, outros lugares do Brasil e do mundo conceberam ou começaram a desenvolver programas subnacionais, como Mato Grosso – segundo estado a adaptar os princípios para o contexto estadual –, a região do ABC paulista, a cidade de Curitiba, a província de Santa Fé, na Argentina, a região do Maule e o município de Santiago, no Chile, o Departamento Central do Paraguai e Maldonado e Las Piedras, no Uruguai.

A publicação chama atenção ainda para outras iniciativas brasileiras, como a cooperação entre a OIT, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Por meio de oficinas conjuntas, esses organismos têm consolidado e aperfeiçoado a produção de dados sobre o trabalho decente no Brasil.

Um dos frutos das discussões entre as instituições foi o “Perfil do Trabalho Decente no Brasil: um olhar sobre as unidades da federação”, publicado em 2012 pela OIT.

O documento revelou, por exemplo, que “no ano de 2009, enquanto a taxa de formalidade para o conjunto do país era de 52,6%, ainda persistia uma grande diferença entre as unidades da federação com relação a esse indicador, que variava de um mínimo de 23,7% no Piauí a um máximo de 67,8% em São Paulo”, explica Abramo.

Outros programas brasileiros voltados para públicos específicos, como mulheres, jovens, negros e LGBT, também são citados.


Leguminosas podem ajudar a combater as mudanças climáticas, a fome e a obesidade


Segundo a FAO, estes grãos fazem parte do legado ancestral agrícola da América Latina e do Caribe, fixam nitrogênio nos solos e possuem qualidades nutricionais únicas; 2016 foi declarado o Ano Internacional das Leguminosas.

Quando consumidas junto com cereais, as leguminosas formam uma proteína completa, que é mais barata que a proteína de origem animal – e, portanto, mais acessível às famílias com baixos recursos econômicos.

As Nações Unidas declararam 2016 como o Ano Internacional das Leguminosas em reconhecimento ao papel fundamental que as leguminosas têm na segurança alimentar e nutricional, na adaptação as mudanças climáticas, na saúde humana e nos solos.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), as leguminosas têm uma relevância importante para a América Latina e Caribe.

“A região é o centro de origem de muitas leguminosas. Fazem parte da nossa cultura ancestral e é uma pedra angular da nossa alimentação atual”, disse Raúl Benítez, representante regional da FAO.

Grande parte da produção de leguminosas na região está nas mãos de agricultores familiares que desempenham um papel importante no desenvolvimento rural, além do cultivo ajudar na mitigação das mudanças climáticas ao fixar nitrogênio no solo.

Segundo a FAO, potenciar a produção e o consumo de leguminosas é chave para enfrentar a crescente obesidade na região, que atinge em média 22% dos adultos, e a fome, que afeta a 34 milhões de homens, mulheres e crianças.

Feijão, lentilha, feijão-da-china (ou feijão-mungo), grão-de-bico e feijão azuki são alguns dos exemplos de leguminosos. O famoso arroz com feijão brasileiro é um dos pratos descritos pela FAO como exemplos de alimentação nutritiva (leia outros aqui).

Um alimento completo

As leguminosas são essenciais para uma alimentação saudável. Mesmo pequenas, estão repletas de proteínas, contendo o dobro do que tem no milho e três vezes mais que no arroz.

“Elas são uma fantástica fonte de proteína vegetal, tem baixo índice de gordura, são livres de colesterol e glúten e são ricas em minerais e vitaminas”, explicou Benítez.

Quando são consumidas junto com cereais formam uma proteína completa, que é mais barata que a proteína de origem animal – e, portanto, mais acessível às famílias com baixos recursos econômicos.

“Essa mistura é a base da dieta tradicional de muitos lugares da América Latina e Caribe, como o feijão com milho, ou o feijão com arroz que muitos de nós crescemos comendo”, apontou Benítez.

Alimento para as pessoas e para os solos

As leguminosas não só contribuem para uma alimentação saudável, mas também são uma fonte de renda para milhões de agricultores familiares, responsáveis pelos cultivos em alternância com outros cultivos pela capacidade de responder ao nitrogênio da terra, melhorando a sustentabilidade da produção.

As leguminosas são uma das poucas plantas capazes de fixar o nitrogênio atmosférico e convertê-lo em amônia, enriquecendo os solos, diferente da maioria das outras plantas que apenas absorvem o nitrogênio do solo e não o reincorporam.

Isso permite mitigar as mudanças climáticas já que é reduzido o uso de fertilizantes sintéticos, cuja fabricação envolve um consumo intensivo de energia, o que emite gases de efeito estufa na atmosfera.

As leguminosas também exercem um importante papel na geração de emprego na América Latina e Caribe, especialmente no setor da agricultura familiar, já que são um dos cultivos que se destacam nesse setor.

Um tesouro genético para futuras gerações

Segundo a FAO, a grande diversidade de feijões e de outras leguminosas da região representa um tesouro genético para criar novas variedades que podem ser necessárias para bater de frente com as mudanças climáticas.

“No entanto, em muitas comunidades essas variedades ancestrais estão se perdendo por causa da homogeneização global que privilegia apenas alguns cultivos e alimentos, desmerecendo outros”, alertou Benítez.

De acordo com a FAO, as dietas em âmbito global estão cada vez mais homogêneas e similares, e a alimentação global depende na maior parte do trigo, milho e soja, junto com a carne e os produtos lácteos.

Durante o Ano Internacional das Leguminosas, os países devem fazer um grande esforço para que este fenômeno seja revertido, resguardando a genética, a cultura associada e o saber dos povos indígenas que tem melhorado as leguminosas ao longo de centenas de anos na região.

Aliadas na luta contra a fome

De acordo com a FAO, a América Latina e Caribe não só tem o diferencial de ser a fonte originária do feijão e de outras leguminosas, como também se destaca por ser a que mais avanços foram feitos na luta contra a fome.

As leguminosas podem ser aliadas-chave para que a região alcance a ambiciosa meta de acabar com a fome em 2025, data assumida pelo principal acordo regional nesse tema, o Plano de Segurança Alimentar, Nutricional e Erradicação da Fome da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC).

“Durante este ano devemos celebrar os benefícios das leguminosas, reivindicar o seu papel na alimentação e nutrição e sua relevância no desenvolvimento rural e na mitigação das mudanças climáticas”, concluiu Benítez.

Acesse o site do Ano Internacional das Leguminosas: www.fao.org/pulses-2016/es

Depressão e ansiedade custam US$1 tri por ano à economia global, diz OMS


Segundo estudo divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em publicação científica, cada dólar investido em tratamentos leva a um retorno de quatro dólares em termos de melhor capacidade dos trabalhadores.
Depressão e ansiedade custam 1 trilhão de dólares à economia mundial a cada ano, e cada dólar investido em tratamentos leva a um retorno de quatro dólares em termos de saúde e capacidade dos trabalhadores, de acordo com novo estudo da agência das Nações Unidas para a saúde.

O artigo, divulgado nesta quarta-feira (13) na publicação científica “The Lancet Psychiatry”, estima, pela primeira vez, tanto os benefícios econômicos como na saúde ao se investir no tratamento das doenças mentais mais comuns globalmente, e fornece argumentos para maiores investimentos em serviços de saúde mental em países de todos os níveis de renda.

“Sabemos que o tratamento da depressão e da ansiedade faz sentido para a saúde e o bem-estar; esse novo estudo confirma que também faz sentido do ponto de vista econômico”, disse a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) , Margaret Chan, em comunicado à imprensa emitido em conjunto com o Banco Mundial.

“Precisamos agora encontrar formas de garantir que o acesso a serviços de saúde mental se tornem uma realidade para todos os homens, mulheres e crianças, onde estiverem.”

Distúrbios mentais estão crescendo

Distúrbios mentais comuns estão aumentando no mundo. Entre 1990 e 2013, o número de pessoas sofrendo de depressão e ansiedade aumentou quase 50%, de 416 milhões para 615 milhões. Aproximadamente 10% da população mundial é afetada, e os distúrbios mentais respondem por 30% das doenças não fatais.

Emergências humanitárias e conflitos adicionam maior necessidade de se ampliar as opções de tratamento. A OMS estima que, durante emergências, ao menos uma em cada cinco pessoas é afetada por depressão e ansiedade.

Retornos de investimentos superam custos

O novo estudo estimou os custos do tratamento contra depressão e ansiedade em 36 países de baixa, média e alta renda no período de 2016 a 2030. Segundo o levantamento, os gastos estimados para ampliar os tratamentos, principalmente por meio do aconselhamento psicológico e da medicação antidepressiva, somam 147 bilhões de dólares.

Mas os retornos superam em muito os custos. Um aumento de 5% na participação da força de trabalho e em sua produtividade é avaliado em 399 bilhões de dólares, enquanto uma melhora na saúde adiciona outros 310 bilhões de dólares de retorno.

No entanto, o atual investimento em serviços de saúde mental está bem abaixo do necessário. De acordo com o Atlas de Saúde Mental 2014 da OMS, governos gastam em média 3% de seu orçamento em saúde mental, variando de menos de 1% em países de baixa renda para 5% em países de alta renda.

“Apesar de centenas de milhões de pessoas no mundo viverem com distúrbios mentais, a saúde mental tem permanecido nas sombras”, disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim. “Isso não é apenas uma questão de saúde pública – é uma questão de desenvolvimento. Precisamos agir agora porque a perda de produtividade é algo com que a economia mundial simplesmente não pode arcar.”

A expansão dos serviços de saúde mental contribuirá para reduzir em um terço a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis até 2030, uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), aprovados pela Assembleia Geral da ONU em 2015.
Fonte: https://nacoesunidas.org/depressao-e-ansiedade-custam-us1-tri-por-ano-a-economia-global-diz-oms/

ONU Mulheres e Coca-Cola promovem oficinas sobre igualdade de gênero e capacitam 35 mil pessoas


Em comunidades de baixa renda de 24 estados e do Distrito Federal, 22 mil mulheres e 13 mil homens participaram dos cursos de formação que buscam promover o empoderamento econômico do público feminino. Parceria entre a ONU Mulheres e o Instituto Coca-Cola Brasil já tem três anos.

Cerca de 22 mil mulheres e 13 mil homens de comunidades de baixa renda já participaram de oficinas de capacitação sobre igualdade de gênero, realizadas por uma parceria de três anos entre a ONU Mulheres e o Instituto Coca-Cola Brasil. Cursos de formação foram oferecidos em 24 estados e no Distrito Federal e se dividiram em três áreas – reciclagem, empreendedorismo e varejo.

Esses números foram divulgados durante o último Congresso do Grupo de Instituições, Fundações e Empresas (GIFE), quando o Instituto Coca-Cola e a ONU Mulheres apresentaram os resultados de suas iniciativas conjuntas para promover o empoderamento econômico das mulheres.

O público mobilizado pelas oficinas incluiu empreendedoras, jovens em preparação para entrada no mercado de trabalho e membros de cooperativas de materiais recicláveis.

A parceria envolveu a plataforma Coletivo Coca-Cola, voltada para o fortalecimento comunitário e para a geração de renda nas comunidades. A ONU Mulheres contribuiu com perspectivas sobre igualdade de gênero, empoderamento feminino e direitos humanos, além de ajudar no aprimoramento dos currículos de treinamento e das ferramentas de monitoramento do Instituto.

“Como eixo social da Coca-Cola Brasil, o Instituto juntou a sua expertise com comunidades e esforços com os da ONU Mulheres. Construímos maneiras inovadoras de mudar a realidade de comunidades de baixa renda. Alcançamos resultados surpreendentes e percebemos o potencial de setores corporativos ligados à iniciativa privada mobilizarem atenção e investimentos para o empoderamento econômico das mulheres e das comunidades”, explicou a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman.

“Temos uma rota e convidamos outras corporações a seguirem conosco em favor dos direitos das mulheres”, sugeriu. Apesar de estarem focadas no fortalecimento das mulheres, as oficinas também contaram com a participação de mais de 10 mil homens dos coletivos de reciclagem e varejo.

“Considerando que a maioria dos homens são parte da mesma família ou comunidade das mulheres beneficiárias, eles têm o potencial de apoiar uma mudança social e de comportamento em comunidades e baixo poder econômico em favor dos direitos das mulheres”, acrescentou Gasman.

Por meio da colaboração das mulheres ao longo dos cursos, foi elaborado o Guia de Formalização Fácil para Empreendedoras. As oficinas também possibilitaram a aquisição de informações sobre gênero, raça e etnia para o Manual de Compras Sustentáveis, do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), composto por mais de 70 grandes grupos empresariais do país, entre eles, a Coca-Cola.

Para a facilitação das atividades de formação, o Instituto Coca-Cola e a ONU Mulheres produziram três vídeos educativos, com o apoio do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM).

Os materiais audiovisuais despertaram debates e reflexões sobre as relações cotidianas, as divisões de tarefas no ambiente doméstico e familiar e as consequências das desigualdades de gênero no mercado de trabalho e na comunicação.

“Acreditamos que as empresas podem e devem atuar para além das fronteiras de suas políticas de recursos humanos, para além das paredes de seus escritórios e fábricas, como agentes incentivadores de transformações que rompam os padrões culturais e tornem a sociedade mais justa e igualitária”, explicou a diretora-executiva do Instituto Coca-Cola, Daniela Redondo.

“É por isso que essa parceria com a ONU Mulheres tem um papel tão importante para a promoção do empoderamento socioeconômico das mulheres em comunidades de todo o Brasil”, afirmou.

A Coca-Cola é signatária dos Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs, na sigla em inglês), uma iniciativa da ONU Mulheres e do Pacto Global das Nações Unidas. A empresa também integra o Conselho Assessor de Liderança do Setor Privado da ONU Mulheres.

Fonte: https://nacoesunidas.org/onu-mulheres-e-coca-cola-promovem-oficinas-sobre-igualdade-de-genero-e-capacitam-35-mil-pessoas/

UFMG: Abertas inscrições para colóquio de literatura e feminismo


Estão abertas as inscrições para o 8º Colóquio Mulheres em Letras, que acontecerá no Cefet (MG), em Belo Horizonte, no dia 13 de maio, das 14h às 21h. As inscrições para ouvintes, que são gratuitas, serão encerradas em 11 de maio. Será emitido certificado de presença.

O evento homenageia nesta edição as escritoras Cora Coralina e Conceição Evaristo, que serão temas de mesas-redondas. Haverá também conferência da professora da Faculdade de Letras Sandra Goulart Almeida, vice-reitora da UFMG.

O Grupo de Pesquisa Letras de Minas, criado em 2006 e vinculado à Fale, é formado por mestres, doutoras e estudantes da pós-graduação da UFMG e da PUC Minas. O grupo se reúne regularmente com o propósito de estudar a produção literária de autoria feminina, discutir textos acadêmicos e planejar eventos e pesquisas em conjunto.

Os estudos do grupo têm posto em evidência a produção de autoras como Cecília Meireles, Carolina Maria de Jesus, Clarice Lispector, Conceição Evaristo, Hilda Hilst, Lygia Fagundes Telles e Nélida Piñon. Desde sua criação, sete trabalhos sobre temas como feminismo e história da literatura feminina já foram transformados em livros.

As inscrições para o colóquio podem ser feitas no site do Mulheres em Letras. O Cefet está localizado na Avenida Amazonas, 5.253, bairro Nova Suíça.