Publicado em Sociedade por Agência USP de Notícias
Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2025, a taxa de obesidade infantil deve
chegar a 75 milhões em todo o mundo, um dos problemas de saúde pública mais
graves do século 21. Resultado, segundo especialistas, de alimentação
inadequada, privilegiada pelo consumo de biscoitos recheados, chocolates,
salgadinhos, lanches e bebidas industrializadas.
A partir
desse dado, a fonoaudióloga Patrícia Zuanetti, decidiu estudar a relação entre
a obesidade na infância e o aprendizado. E os resultados são ainda mais
preocupantes. A pesquisa, após avaliar dois grupos, um com crianças
consideradas obesas e outro com crianças não obesas, revelou que o excesso de
peso causou prejuízos na atenção e na capacidade de alternar respostas e ações,
de acordo com as exigências de estímulos. “Esse é um processo importante para o
processo de alfabetização, leitura e aprendizagem”, enfatiza a pesquisadora.
No total
foram avaliadas 41 crianças com idade média de 9,6 anos e de perfis iguais, ou
seja, com o mesmo nível socioeconômico, histórico de doenças e outras
intercorrências que pudessem interferir no desenvolvimento da linguagem. Elas
foram submetidas à avaliação de leitura, escrita e testes, como identificação
de símbolos, separação de sílabas, rimas de palavras, nomeação de cores,
números, desenhos e letras, a ligação de letras e números, memorização auditiva
e visual de diversos estímulos. [...]
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