sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

#FELIZ2021


2021, nós, o mundo, na Era de Aquário

 

 

Por Alessandra L. Rocha

 

 

O desfolhar do calendário, talvez, não seja tão significativo para a grande maioria das pessoas. Mas, além dele, o importante é compreender que o mundo já transita pela força energética dos céus através da Era de Aquário, a era do Ser. Movidos por algo totalmente subjetivo e imaterial, que é a energia proveniente dos astros, os seres humanos estão em franca transformação de suas identidades, valores e consciência sem que tenham o controle a respeito desse processo. Afinal, se a Lua sempre interferiu nas marés, nos nascimentos, na vida, não dá para desacreditar na influência que emana de todos os demais astros da nossa galáxia.

Assim, entre eles e nós, surgiu o grande desafio do COVID-19, cujas circunstâncias impostas mostraram como todas as respostas e os conhecimentos estavam ultrapassados, demandando reformulações de rota, de sentido, de compreensão. Tarefa difícil e complexa, especialmente, porque a humanidade tem estado cada vez mais heterogênea para se mover simultaneamente, quando o assunto é mudar.

Portanto, o que parece óbvio para muitos não é para outros. Paciência não é apenas palavra de ordem, mas um exercício existencial. Até que a consciência atinja um patamar de equilíbrio será preciso conviver com as arestas, com os ajustes. Afinal, tudo passa. Enquanto na imensidão azul trabalham os astros, por aqui a vida realiza o seu contínuo processual. E assim as pessoas, conscientemente ou não, se adaptam na busca pela sobrevivência.

Sei que muitos pensam nas metamorfoses humanas apenas a partir de alterações biológicas visíveis; mas, o que de fato traduz a evolução humana sobre a Terra está no seu consciente e inconsciente, nas suas ações, nos seus comportamentos, nas suas expressões ideológicas. O que significa que as resistências estão com seu tempo contado. Velhos hábitos, finalmente, morrerão. Ao mostrarem-se ineficientes, insuficientes, prejudiciais, não haverá outro caminho senão alterar os padrões vigentes.

Aliás, o COVID-19 veio deixar tudo isso bem claro. O desconhecimento sobre ele lançou luz sobre o desconhecimento do ser humano sobre si mesmo. A trajetória da raça humana até aqui foi, portanto, marcada por uma ilusória e arrogante sabedoria que ela acreditava dispor. Tudo muito frágil. Muito limitado para garantir êxito. Para comemorar vitória. Como se cada passo devesse, então, ser marcado a partir de agora por um alerta de precaução contra a euforia, o imediatismo, o idealismo.

De modo que isso reverbera nas escolhas e nas consequências cotidianas. As pessoas tenderão a compreender melhor os resultados disso. Serão aprendizados mais práticos do que teóricos. Mais duros, certamente. No entanto, mais duradouros e eficazes. O que leva a um ganho exponencial para a construção de um espírito mais coletivo e menos individualista. Uma empatia fundamentada nas profundezas da experiência pessoal, fazendo desconstruir as desconfianças e desqualificações propostas pelos discursos e narrativas alheias.

E a vida, meus caros, continua a girar na sua costumeira frequência. Trazendo flores. Trazendo espinhos. Dias de sol. Dias de chuva. ... Então, na medida em que ela dá os seus rodopios o tabuleiro tem que se mexer, tem que se posicionar. O imobilismo, a ideia de ficar em cima do muro vendo a banda a passar, não cabe mais. A bem da verdade, nunca coube. O que havia era uma insistente afronta em contestar as obviedades.

Segundo o escritor Mia Couto, “A viagem não começa quando se percorrem distâncias, mas quando se atravessam as nossas fronteiras interiores. A viagem acontece quando acordamos fora do corpo, longe do último lugar onde podemos ter casa”. Agora todas as necessidades apontam para outra direção. Quem sabe, isso não signifique uma viagem rumo à materialização das palavras de Lulu Santos, na canção Tempos modernos1 , hein? Desapego. Consciência. Empatia. Diversidade. Tolerância. Amor. ... elementos estruturantes na dinâmica dessa nova Era. Sim, porque depois das lições de Como uma onda 2, que tem espelhado os últimos giros do relógio e seus acontecimentos, esse seria um grande resultado para 2021 e todos os demais anos que se seguirão. #PENSE NISSO #FELIZ2021