sexta-feira, 28 de abril de 2017

Leia e reflita!

Greve Geral...



Por Alessandra Leles Rocha



Diz a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 9º, “É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender”, e completa no parágrafo 2º, “Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei”. Esclarecidos esses aspectos nos cabe refletir, com seriedade e desprovidos de paixões, sobre o assunto.
Não é de hoje que a sociedade busca por meio das greves manifestarem suas reivindicações e descontentamentos sociais, inclusive no Brasil. Entretanto, a forma com a qual elas acontecem por aqui, demonstra uma forte tendência de afronta aos preceitos constitucionais, na medida em que se permitem exacerbar os atos de violência e depredação do patrimônio público e privado, por onde fluem as manifestações. Além disso, o acirramento ideológico dos movimentos grevistas, em geral, os faz utilizar da força para impedir os demais cidadãos de exercerem seu direito de ir e vir, o que é inadmissível para um país que se afirma democrático.
Diante de tais atitudes, eu me pergunto se elas não fragilizam os ideais e prejudicam a conquista de algum resultado positivo; afinal de contas, a legitimidade das intenções não pode se sustentar na ilegalidade dos atos. Que tipo de consciência cidadã se pretende construir a partir desse modelo, desse exemplo? Temos feito tantas críticas aos atos terroristas que se proliferam pelo mundo; se formos pensar bem, não estão eles também reivindicando a legitimidade de suas ideias? No entanto, suas atitudes nos causam desconforto, repulsa, indignação; enfim, porque discordamos  da prática utilizada para defendê-las.
Há de se concordar, também, que de tanto repetir uma determinada prática, ela termina por perder o crédito da novidade, do inesperado, a não surtir o efeito surpresa. Além disso, a paralisação das atividades, seja pelos grevistas ou por aqueles que foram impossibilitados de chegar aos locais de trabalho por causa da greve, impacta negativamente a economia do país. O setor econômico brasileiro já realiza anualmente, por exemplo, as projeções de perda das atividades produtivas, em relação aos feriados e pontos facultativos. Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), para esse ano, o prejuízo deverá ser de R$66,8 bilhões 1.  
Portanto, isso não é brincadeira. Sobretudo, se pensarmos que os sinais de recessão da economia começam a desaparecer e, muito lentamente, há uma retomada das atividades econômicas. Mas, até que consigamos recuperar efetivamente os rumos financeiros do país, a situação de desemprego ainda está longe de ser resolvida. Segundo informações, de hoje, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o primeiro trimestre desse ano revelou um novo recorde, alcançando 13,7% ou 14,2 milhões de desempregados. Além disso, em um ano 1,2 milhões de pessoas deixaram de ter a carteira de trabalho assinada 2.
Como se vê, a crise político-econômica em que o país está mergulhado não trouxe à tona apenas os escândalos de corrupção e desvios de dinheiro público; mas, especialmente, questões de ordem prática e direta a vida do cidadão, importantes, fundamentais e que necessitam serem repensadas imediatamente. As nossas leis trabalhistas, por exemplo, foram sancionadas em 1943 e trouxeram suas grandes contribuições no contexto de uma época. No entanto, as relações de trabalho e os modos de produção passaram, desde então, por transformações profundas, que nos obrigam a admitir a necessidade de ajustes e adequações às novas realidades. Consequentemente, o sistema previdenciário, também, se torna pauta de discussões.
Ao contrário dos discursos, as discussões em torno desses são frequentes e necessárias. Errado, fizemos nós em postergá-las por tanto tempo. Relações de trabalho e modos de produção são motivos de discórdia desde que afloraram a partir da Revolução Industrial. Ora, minha gente, quando é que existiu equilíbrio entre patrões e empregados? Será que os direitos trabalhistas surgiram inteiros e plenos, sem a necessidade de reivindicação constante? Será que esses mesmos direitos sempre conseguiram contemplar todas as nossas demandas? Será???
Observando com atenção e lucidez, o trabalho assalariado, no fim das contas, não nos fez menos escravos. O trabalhador, seja ele quem for, luta de sol a sol para ver as suas expectativas e projeções de sucesso e realizações materiais efetivadas; quando, na verdade, mal consegue manter o básico, o essencial. A cada passo da evolução científica e tecnológica, pós Revolução Industrial, mais difícil tornaram-se as relações de trabalho, a começar pela substituição humana pelas máquinas. Somos muitos para poucas vagas. A Lei da Oferta e da Procura avança impiedosa sobre nós diariamente. Enquanto isso, como seres humanos que somos queremos mais, sonhamos mais, buscamos mais; mas, o mundo parece tornar-se cada vez menor, insuficiente.  
E da mesma forma que não fomos convidados a participar da Revolução Industrial, além do papel de mão de obra farta e barata, a realidade de hoje não nos trata de maneira tão diferente assim. Nossa voz causa desconfortos e repercussões até certo ponto, porque no final da discussão, ainda pesam com mais veemência os argumentos dos proprietários dos meios de produção. No fundo, o que mais nos incomoda nessa situação toda é que, quaisquer que seja a nossa força de trabalho, estaremos sempre na posição de servir ao outro e, isso, não é algo fácil de ser digerido por nossa altivez e orgulho. Afinal, essa verdade nos dá conta de que as asas da nossa liberdade, do nosso querer, são bem menores do que gostaríamos.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Para uma boa reflexão!!!

Raízes não são âncoras...
"Na vida, nós devemos ter raízes, e não âncoras. Raiz alimenta, âncora imobiliza. Quem tem âncoras vive apenas a nostalgia e não a saudade. Nostalgia é uma lembrança que dói, saudade é uma lembrança que alegra".

Mario Sergio Cortella


Universidades podem cobrar mensalidade de cursos de especialização, decide STF

Por Breno Pires e Rafael Moraes Moura / Estadão

BRASÍLIA - Por 9 a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira (26) que as universidades públicas poderão cobrar mensalidade em cursos de pós-graduação lato sensu. A decisão do STF vale para cursos de pós-graduação lato sensu, conceito que abarca os cursos de especialização como os MBAs. Não se aplica a mestrados e doutorados ofertados em instituições públicas, que seguem gratuitos.
O entendimento firmado pela Corte foi o de que a garantia constitucional da gratuidade de ensino não impossibilita a cobrança, por universidades públicas, de mensalidade em curso de especialização. [...]

Abertas as inscrições para o I Encontro de Baixa Visão do IBC

O Encontro acontecerá com o  VIII Congresso da Sociedade Brasileira de Visão Subnormal, nos próximos dias 9 e 10 de junho, no Instituto Benjamin Constant.
Os dois eventos são voltados a um público multidisciplinar, com foco no atendimento às pessoas com baixa visão, como: oftalmologistas, professores, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, musicoterapeutas, fonoaudiólogos, ortoptistas, psicólogos, pedagogos, enfermeiros e assistentes sociais.  
Dentre os temas que serão discutidos, destacam-se a abordagem oftalmológica na baixa visão, o emprego de auxílios óticos, não-óticos e eletrônicos, a importância das técnicas de orientação e mobilidade na vida da pessoa com baixa visão, o papel do esporte na reabilitação do indivíduo com deficiência visual entre outros.  
Os interessados em participar dos dois eventos têm até o dia 24 de maio para se inscrever.  Servidores e ex-servidores do IBC, assim como professores das redes púbicas de ensino devem fazer sua inscrição preenchendo um formulário específico e  enviando-o eletronicamente; já os  demais participantes devem se inscrever no site da Sociedade Brasileira de Visão Subnormal.  

IBC na OBMEP


A OBMEP é realizada há 13 anos pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA).

Na edição deste ano, 84 alunos do IBC , farão parte dos  51.373 estudantes de 48.448 instituições de ensino que vão participar desta que é a maior competição estudantil do mundo.  Os alunos Rafael, Gabrielle, Davi, Cauan e Wanderson, todos da segunda fase do ensino fundamental, aparecem na foto principal que ilustra a  reportagem desta semana da série Histórias Inspiradoras veiculada pelo website da OBMEP.
Sob o título "IBC – Matemática na ponta dos dedos", a matéria fala sobre o ensino da matemática oferecido pelo Instituto Benjamin Constant, que se utiliza de ferramentas táteis de aprendizado capazes de despertar nas crianças e adolescentes o gosto por uma disciplina normalmente temida pela grande maioria dos estudantes. 
Os alunos do Instituto que estão inscritos na competição cursam do sexto ao nono anos.  Quarenta e seis deles vão fazer a prova em braille e 38 usarão a versão de texto aumentado para estudantes de baixa visão. 
Para ler a matéria completa sobre a participação dos alunos do IBC na OBMEP, clique aqui.


IBC: Evento estimula o estudo do idioma e da cultura ingleses


O primeiro dia da English Week  foi ontem (25) e mobilizou os alunos de todos os segmentos do IBC. 

O objetivo do evento foi aproveitar o Dia da Língua Inglesa, comemorado no dia 23 de abril, domingo passado, para trabalhar os conteúdos da disciplina de Inglês de forma lúdica, com a participação dos alunos de toda a escola.
A programação iniciou pela manhã, com uma exposição sobre alguns símbolos da cultura pop dos dois principais países falantes do idioma inglês - A Inglaterra e os Estados Unidos.  Os alunos puderam examinar objetos que são referência desses dois países, como bonecos do super-heroi Homem-Aranha, os tradicionais ônibus vermelhos e cabines telefônicas que são a marca registrada de Londres, dentre outros.  Cartazes em tinta e em braille continham curiosidades sobre origem de palavras e costumes e um vídeo mostrava alunos interagindo uns com outros em inglês. 
Em seguida, todos foram para o teatro, onde os alunos da turma 901 participaram do quiz  (jogo de questionário com o objetivo de testar o conhecimento sobre determinado assunto)  proposto pela professora Isabel Mello sobre aspectos da língua inglesa.  A partir das respostas dos alunos, a professora dava informações adicionais e estimulava a participação da plateia, em uma open class (aula aberta), que conseguiu prender a atenção da garotada.
A aula foi complementada com os vídeos gravados por alunos do 8º ano sobre as pesquisas que eles fizeram sobre a origem de expressões idiomáticas e ditados populares ingleses. 
A programação da manhã encerrou com as apresentações musicais de alunos de todas as fases do ensino fundamental.  Na última apresentação, professores se uniram aos alunos e cantaram, a duas vozes, a música Oh Happy Days, um hino escrito no século XVIII pelo sacerdote inglês Phillip Doddridge e cujo arranjo composto em 1967 pelo músico norteamericano Edwins Hawkins, que se transformou em um clássico da música gospell.

Restaurado, Presépio do Pipiripau será reaberto nesta quarta

Uma das mais expressivas obras da cultura popular de Belo Horizonte, o Presépio do Pipiripau será reinaugurado nesta quarta, dia 26, após passar por minucioso processo de restauração. Construído pelo artesão Raimundo Machado Azeredo durante 82 anos, o presépio, instalado no Museu de História Natural e Jardim Botânico, mistura cenas da vida de Cristo com aspectos do cotidiano mineiro do século passado.

A restauração é resultado de parceria entre a UFMG e o Instituto Unimed-BH. A solenidade terá início às 10h, na sede do Museu (rua Gustavo da Silveira, 1.035, bairro Santa Inês), com participação do cantor Maurício Tizumba, que fará performance com a música Três reis.
O Presépio estará aberto para visitação às quartas, quintas e sextas, às 11h e às 16h, e aos sábados e domingos, às 11h, 12h, 15h e 17h.
Instalação construída ao longo de 82 anos (1906-1988), o Presépio do Pipiripau tem cerca de três mil objetos e 45 cenas que mobilizam 586 figuras, numa área de 20 metros quadrados. Autodidata, Raimundo Machado nunca projetou o resultado final da obra, cujos quadros surgiram da curiosidade, da habilidade e da devoção do próprio criador. Ele trabalhou na manutenção do presépio até a sua morte, em 1988.
Com peças modeladas em argila, papel machê, conchas e outros materiais – e engenhoso maquinário desenvolvido com barbante, carretéis de linha, polias, mecanismos de relógio, radiola, gramofone e todo tipo de maquinário que seu criador conheceu ao longo do século 20 –, o Pipiripau foi incorporado ao patrimônio da UFMG, em 1976, e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1984.
O projeto de restauração e modernização da obra foi aprovado pelo Iphan, com financiamento regulado pela Lei Rouanet. A captação, iniciada em 2005, foi firmada com o Instituto Unimed, em dezembro de 2011, no valor de R$ 565 mil. Em janeiro do ano seguinte, o presépio foi fechado para execução do diagnóstico para reparo. A partir daí, foram elaborados os projetos complementares, como instalações elétricas, hidráulicas e de prevenção a incêndio, segurança eletrônica, sonorização e sinalização de emergência. A restauração começou em 2014 e foi finalizada no último mês de fevereiro.
O complexo processo de revitalização do Pipiripau está descrito em reportagem publicada na edição desta semana do Boletim UFMG. Leia:


Assista também ao vídeo produzido pela TV UFMG sobre a restauração em https://www.ufmg.br/online/arquivos/047306.shtml

Desafios do envelhecimento serão debatidos em simpósio

Mirian Goldenberg, Eduardo Giannetti e Ecléa Bosi discutem relação do envelhecimento com qualidade de vida, economia, urbanismo e saúde mental e física

A Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) promove, no próximo dia 3 de maio (quarta-feira), das 8h às 18h, a primeira edição do Simpósio “USP Rumo ao Envelhecimento Ativo”. O evento, parte do programa Universidade Aberta à Terceira Idade, será realizado na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin e é aberto ao público em geral.
O simpósio conta com a parceria do projeto Envelhecimento Ativo do Hospital Universitário e discutirá a relação do envelhecimento com a memória, a saúde, a economia, a resiliência e o urbanismo. Dentre os participantes estão a antropóloga e escritora Mirian Goldenberg, o economista Eduardo Giannetti, a psicóloga e professora Ecléa Bosi e o arquiteto, urbanista e pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária da USP, Marcelo de Andrade Roméro.
O encontro tem como foco principal o aumento da longevidade e suas consequências para as pessoas. Segundo o médico e coordenador do programa Universidade Aberta à Terceira Idade, Egidio Lima Dórea, “o aumento da longevidade da população mundial está exigindo mudanças,e novos modelos de relações, trabalho e aprendizados surgirão”.
Diante da tendência do envelhecimento populacional, o encontro busca valorizar as pessoas idosas e propor soluções para que elas tenham uma melhor qualidade de vida. Dórea acrescenta que “essa população, com suas habilidades e experiências, representa um valioso recurso para as comunidades, famílias e economia. A não inclusão do indivíduo idoso em planos de desenvolvimento social e econômico acarretará riscos sociais a esse público e às comunidades em geral”.
A entrada é gratuita e as inscrições devem ser feitas previamente pelo e-mailenvelhecimentoativo@hu.usp.br ou pelo telefone (11) 3091-9183.

Jardim da Percepção: uma viagem para se encantar com a ciência

Público é instigado a aprender mais sobre som, peso, temperatura e gravidade; jardim fica na USP em São Carlos
Por  - Editorias: Extensão

Se você tem interesse em vivenciar e compreender cientificamente temas do nosso cotidiano, como a gravidade, o som, o peso, a temperatura, além de saber mais sobre o bioma Cerrado, visite o Jardim da Percepção do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) da USP, em São Carlos.
O jardim foi aberto ao público em meados de 2006 e recebe visitas escolares e de demais interessados que podem aprender e se encantar com diferentes percepções. O tubo sonoro, o espelho acústico e o tubo de eco permitem a percepção do som de diferentes maneiras. Já os sistemas de peso nos ensinam esse conceito por meio da interação de todos os visitantes no experimento. Essa é uma das principais atrações do espaço expositivo e evidencia a dificuldade dos visitantes (geralmente do ensino fundamental e médio) na compreensão dos conceitos envolvidos. [...]

domingo, 23 de abril de 2017

23/04 - DIA MUNDIAL DO LIVRO

"A leitura de todos bons livros é como uma conversa com os melhores espíritos dos séculos passados, que foram seus autores, e é uma conversa estudada, na qual eles nos revelam seus melhores pensamentos".

"Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro".


"Os eruditos são aqueles que leram nos livros; mas os pensadores, os gênios, os iluminadores do mundo e os promotores do gênero humano são aqueles que leram diretamente no livro do mundo".

UNESCO e Saraiva celebram Dia Mundial do Livro 2017

UNESCO e Saraiva celebram Dia Mundial do Livro 2017


Com o objetivo de incentivar a leitura, a editora Saraiva uniu-se à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil para celebrar o Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais, 23 de abril. A rede destinará à UNESCO no Brasil 1 real de cada livro vendido na data, tanto em suas lojas quanto no site de comércio eletrônico.
Com o objetivo de incentivar a leitura, a editora Saraiva uniu-se à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil para celebrar o Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais, 23 de abril. A rede destinará à UNESCO no Brasil 1 real de cada livro vendido na data, tanto em suas lojas quanto no site de comércio eletrônico.
A iniciativa faz parte da #LerFazBem, plataforma de incentivo à leitura, que envolve práticas como apoio ao projeto Ninho de Livros, pequenas bibliotecas colaborativas instaladas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Além disso, inaugura o Happy Book Day, selo da Saraiva para ações de cunho social relacionadas à promoção da literatura.
“Atuando há mais de 100 anos como incentivadora e promotora do acesso à cultura e à educação, a Saraiva conhece o poder transformador dos livros. Por isso, desenvolve uma série de iniciativas, como esta destinada à UNESCO no Brasil, uma organização cujos propósitos são aderentes à missão da Saraiva de estímulo à leitura”, diz Marcelo Ubríaco, vice-presidente da Saraiva.
Segundo a UNESCO no Brasil, o valor arrecadado será destinado à promoção de publicações de conteúdo gratuito no país, de acordo com sua política de acesso aberto, que visa a “reforçar seu compromisso de incentivar e proteger o acesso à informação e ao conhecimento, que é fundamental para o avanço de soluções inovadoras para os desafios do desenvolvimento internacional”.
A iniciativa com a Saraiva integrará o mapa mundial da UNESCO, que relaciona as celebrações ao redor do mundo no Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais de 2017.

terça-feira, 18 de abril de 2017

Leia... Reflita...

Fair Play1



Por Alessandra Leles Rocha



Quebra de decoro. Corrupção institucionalizada. Crimes do “colarinho branco” em plena evidência... O Brasil tenta se recompor nas últimas semanas diante de noticias ultrajantes, as quais a dimensão do descalabro nos surpreendeu sobremaneira. No entanto, o que mais nos entristece nesse mar de lama foi a naturalidade com a qual os absurdos são percebidos por tantas pessoas 2. Gente que ri das trapaças e não consegue entender que esse é o artifício dos fracos, dos pobres de espírito, dos incapazes.
Engraçado, porque esse é o mesmo país que chora e lamenta, até hoje, a perda repentina do seu maior desportista, o Ayrton Senna. Um cara obstinado pela perfeição, pela dedicação, pela lisura na realização do seu ofício, enfim... Totalmente o oposto dessa banda podre que tenta continuar reinando no Brasil e, lamentavelmente, ainda encontra aplausos e reverências por aí.
Vejam só! Então, eu me pergunto: de que lado queremos realmente ficar? O que essa deterioração humana trouxe verdadeiramente de bom para a sociedade brasileira, hein? Década após década foi sendo permitido um processo de consolidação dos piores comportamentos sociais; mas, o cidadão parece enxergar só o que está distante dele e não diante dele, ou seja, aquilo que os outros fazem e não ele próprio.
É por isso que a atitude normal, de puro “fair play”, do jogador Rodrigo Caio, durante uma partida do Campeonato Paulista de Futebol, no último fim de semana, causou comentários e dividiu opiniões 3. O que era para ser regra, em tempos de valores tão distorcidos, acaba sendo exceção; e isso, é muito ruim para a sociedade como um todo. Inclusive, enfraquece sobremaneira os esforços mundiais em favor de que a prática esportiva aconteça de forma limpa, sem trapaças de nenhuma natureza; um jogo justo.
O mundo contemporâneo nos tem feito esquecer que o prazer da competição não é, simplesmente, o resultado final. Deveríamos querer igualdade total e irrestrita para que vençam os mais rápidos, os mais fortes, os mais dedicados, os mais determinados,... os melhores. O que adianta uma medalha no peito, perdida meses depois por conta de um resultado positivo de doping? Que gosto pode ter uma vitória desleal assim?
Relembrando o Ayrton, com ele carro quebrado na pista era guiado até o máximo da sua exaustão muscular. Que digam os privilegiados que assistiram a ele vencer pela primeira vez o GP de Fórmula 1, em Interlagos, em 1991, com apenas uma marcha. Ou a seleção brasileira masculina de basquete que venceu a seleção norte-americana, nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis, em 1987, algo considerado por muitos um sonho impossível, um marco da mais expressiva superação verde-amarela. 
A atitude de Rodrigo Caio veio nos resgatar essas boas lembranças, nos mostrar o que era bom e andamos tão esquecidos. É como disse o próprio Senna, “No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz”. A população brasileira tem muita gente boa, de talento, de brio, de vontade, de coragem; cidadãos de verdade. É nisso que precisamos centrar o foco, porque não é apenas uma questão de talento. A questão urgente é trabalhar e enaltecer o valor do caráter, da dignidade, da hombridade, do que proporciona a um ser humano se destacar entre os demais, a angariar a simpatia e o reconhecimento positivo.
Se os ventos sopram a mudança em nosso país, não podemos nos furtar a permitir que ela se manifeste nos gestos de cada indivíduo e alcance todos os espaços sociais sem distinção. Temos que rever nossos conceitos, valores, princípios, faxinar a mente e a alma em busca de resgatar a força capaz de nos propiciar construir a nossa verdadeira cidadania. Caso contrário, continuaremos reafirmando e perpetuando pela eternidade as palavras de Rui Barbosa, “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.




1 Jogo Justo.

Placa adaptada devolve autonomia a artista com deficiência motora

Dispositivo foi desenvolvido por equipe multiprofissional da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto

Por  - Editorias: Universidade

Devido a uma doença neurológica, a artista plástica Elizandra Joyce Bueno tem espasmos musculares por todo o corpo. Ela nasceu com distonia generalizada congênita, um distúrbio que provoca contrações involuntárias e que poderia tê-la impedido de continuar pintando. Mas Joyce, como prefere ser chamada, conta com a ajuda de um dispositivo especial que a auxilia nos movimentos com a boca, sem prejudicar seus dentes e sua mordida.
Assistida por uma equipe multiprofissional da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, a artista usa uma placa miorrelaxante de acrílico adaptada. Usada por pacientes com bruxismo e dores faciais, a ferramenta foi personalizada para suas necessidades. Esses profissionais – cirurgião-dentista, médico, fisioterapeuta, protético e engenheiro mecânico – são especialistas do Centro de Formação de Recursos Humanos Especializados no Atendimento Odontológico a Pacientes Especiais (Caope) da Forp.
A placa foi moldada individualmente para se adaptar aos dentes e à mordida da paciente, evitando que seus dentes sofram apertamento, explica a professora Andiara De Rossi, do Departamento de Clínica Infantil da Forp e integrante do Caope.
Os especialistas providenciaram uma cavidade de encaixe na arcada dentária superior da placa, com dispositivos de madeira que facilitam o encaixe dos pincéis e do lápis que a artista utiliza para digitar no teclado do computador. Segundo Andiara, uma alternativa de baixo custo, fácil adaptação e confecção. “Além de cuidados com a saúde bucal, nossa equipe apresentou um olhar voltado para as demais necessidades dos pacientes portadores de deficiência, que no Brasil encontram pouco suporte e apoio especializado”, afirma.[...]

Direção do IBC se reúne com secretário de Educação Superior do MEC para planejar curso de mestrado

A reunião foi em Brasília, na última quarta-feira (12).

Participaram do encontro com o secretário Paulo Barone o diretor-geral do Instituto Benjamin Constant (IBC), João Ricardo Figueiredo e a coordenadora da Pós-Graduação da Instituição, Naiara Rust.
Segundo o diretor do IBC, o titular da SESU/MEC  mostrou-se totalmente de acordo com iniciativa, traçando com os representantes do Instituto as ações a serem desenvolvidas para a submissão da proposta e a concretização do curso de mestrado profissional na área da educação especializada para pessoas com deficiência visual ainda em 2018.
Paulo Barone colocou a assessoria jurídica da SESU em contato direto com a direção do IBC  para que possa ser dado andamento às questões legais.  O secretário também intermediou o primeiro contato do diretor do IBC com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), para que o Instituto seja inserido no contexto da formação em nível de pós-graduação e pesquisa.
“Esta é uma oportunidade extraordinária para que possamos concretizar nossa pós-graduação.  Afinal,  uma instituição, que forma profissionais para atuarem na área da deficiência visual desde o final da primeira metade do século XX não pode ficar de fora do processo contemporâneo da formação profissional, concretizando, de fato, ensino, pesquisa e extensão. A partir de um curso de mestrado profissional,  o IBC vai ter a oportunidade de oferecer ao Brasil o que sempre fizemos:  a formação a partir da expertise de nosso corpo docente, ancorada em mais de um século e meio de história” , concluiu João Ricardo. 

Depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas e é doença que mais incapacita pacientes, diz OMS

Mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na semana em que a ONU lembra o Dia Mundial da Saúde (7). A agência da ONU decidiu marcar a data internacional com a campanha ‘Depressão: vamos conversar’.
Segundo o organismo das Nações Unidas, a patologia já é considerada a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo, gerando perdas anuais de 1 trilhão de dólares.

Mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na semana em que a ONU lembra o Dia Mundial da Saúde (7). O número de casos da doença, estimado em 2015, representa um aumento de 18% desde 2005. Segundo o organismo das Nações Unidas, a patologia já é considerada a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo, gerando perdas anuais de 1 trilhão de dólares.
Para mobilizar mais esforços pela transformação desse cenário, a agência decidiu marcar a data internacional com a campanha “Depressão: vamos conversar”. Além de garantir que todos os pacientes em necessidade recebam atendimento, a iniciativa quer estimular pessoas vivendo com o transtorno a buscar ajuda livres de qualquer estigma. Em países de alta renda, quase 50% dos indivíduos com depressão não recebem tratamento.
“Estes novos números são um sinal de alerta para que todos os países repensem suas abordagens de saúde mental e tratem-na com a urgência que merece”, enfatizou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.
Com a campanha, o organismo também chama atenção para a falta de investimentos no combate à doença. Em média, apenas 3% dos orçamentos de saúde dos governos são investidos em saúde mental, variando de menos de 1% em países de baixa renda a 5% em nações desenvolvidas.
Nas Américas, cerca de 50 milhões de pessoas viviam com depressão em 2015 — o equivalente a quase 5% da população. Quase sete em cada dez habitantes da região que têm a doença não recebem o tratamento de que precisam.
Segundo a agência da ONU, cada dólar investido na ampliação do tratamento para depressão e ansiedade leva a um retorno de 4 dólares devido à melhorias de saúde e da capacidade de trabalho.
“A depressão afeta a todos nós. Não discrimina por idade, raça ou história pessoal. Isso pode prejudicar os relacionamentos, interferir na capacidade das pessoas de ganhar a vida e diminuir seu senso de autoestima”, disse a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne, em pronunciamento para o Dia Mundial.
A dirigente ressaltou que, embora muitas vezes seja vista como uma problema de saúde desafiador, “mesmo a depressão mais grave pode ser superada com o tratamento adequado. E o primeiro passo para obter tratamento é conversar”.

Sintomas, tratamentos e custos

A OMS lembra que “a depressão é diferente das flutuações de humor usuais e das repostas emocionais de curta duração dadas aos desafios cotidianos”. A doença é o resultado de uma interação complexa entre fatores sociais, psicológicos e biológicos, podendo agravar o estresse e provocar disfunções.
Segundo a agência da ONU, a depressão é um transtorno mental comum, caracterizado por tristeza persistente e uma perda de interesse por atividades de que as pessoas normalmente gostam, acompanhadas por uma incapacidade de realizar atividades diárias por 14 dias ou mais.
Além disso, as pessoas com depressão normalmente apresentam vários dos seguintes sintomas: perda de energia; alterações no apetite; dormir mais ou menos do que se está acostumado; ansiedade; concentração reduzida; indecisão; inquietação; sentimentos de inutilidade, culpa ou desesperança; e pensamentos sobre autolesão ou suicídio. [...]

Legislação brasileira garante inclusão da perspectiva de gênero na educação, diz especialista

Em entrevista à ONU Mulheres, a especialista Ingrid Leão lembra do 8º artigo da Lei Maria da Penha, que prevê ‘a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana’, independentemente de seu sexo, cor ou origem étnica. Políticas para coibir debate sobre gênero nas escolas seriam inconstitucionais e contra os direitos humanos, segundo a pesquisadora.

“O Estado brasileiro assumiu o compromisso com o mundo de garantir a educação com perspectiva de gênero”. A avaliação é de Ingrid Leão, integrante do Comitê Latino-americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM). Em entrevista à ONU Mulheres, a especialista afirma que a lei brasileira determina a inclusão de uma perspectiva de gênero, raça e etnia nos sistemas de ensino.
Doutora em Direito e com experiência na área de direitos humanos, Ingrid lembra do 8º artigo da Lei Maria da Penha, que prevê “a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana”, independentemente de seu sexo, cor ou origem étnica.
Isso, enfatiza a pesquisadora, é da responsabilidade da União, dos estados, do Distrito Federal, dos municípios e de instituições não governamentais, tal como determinado pela mesma legislação.
Para Ingrid, o momento atual da política brasileira é marcado por um “descompromisso com os direitos humanos em geral e das mulheres, da população LBGT, dos negros e de outros grupos”. O cenário tem gerado confusões sobre o que é educação com perspectiva de gênero.
“Há campanhas de desinformação seguidas de constrangimentos de professoras e professores nas escolas por meio de notificações à justiça. Existem iniciativas de lei que buscam proibir, o que tende a promover a judicialização da educação. É importante que se diga que não são leis de direitos humanos nem constitucionais”, alerta.
A especialista acrescenta que manobras legislativas e judiciárias desse tipo foram identificadas em seis municípios do Paraná, Santa Catarina e Tocantins. O resultado, segundo ela, é o enfraquecimento do compromisso do Plano Nacional de Educação com a igualdade entre homens e mulheres. De acordo com Ingrid, “o ordenamento jurídico do Brasil não permite discriminações de qualquer ordem”.
“Se o Estado sabe as formas de discriminação, por que não explicitar? O Estado opera com palavras”, questiona Ingrid, frisando que a supressão do termo gênero não coíbe nem criminaliza as práticas pedagógicas. Contudo, põe obstáculos ao avanço dos debates.
O CLADEM faz parte do grupo Gênero e Educação — rede de instituições articulada para promover o debate sobre igualdade de gênero em colégios do Brasil.