Mais de 300 milhões
de pessoas vivem com depressão, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na
semana em que a ONU lembra o Dia Mundial da Saúde (7). A agência da ONU decidiu
marcar a data internacional com a campanha ‘Depressão: vamos conversar’.
Segundo
o organismo das Nações Unidas, a patologia já é considerada a principal causa
de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo, gerando perdas anuais de
1 trilhão de dólares.
Mais de 300 milhões
de pessoas vivem com depressão, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na semana em que a
ONU lembra o Dia Mundial da Saúde (7). O número de casos da doença, estimado em
2015, representa um aumento de 18% desde 2005. Segundo o organismo das Nações
Unidas, a patologia já é considerada a principal causa de problemas de saúde e
incapacidade em todo o mundo, gerando perdas anuais de 1 trilhão de dólares.
Para
mobilizar mais esforços pela transformação desse cenário, a agência decidiu
marcar a data internacional com a campanha “Depressão: vamos conversar”. Além
de garantir que todos os pacientes em necessidade recebam atendimento, a iniciativa
quer estimular pessoas vivendo com o transtorno a buscar ajuda livres de
qualquer estigma. Em países de alta renda, quase 50% dos indivíduos com
depressão não recebem tratamento.
“Estes
novos números são um sinal de alerta para que todos os países repensem suas
abordagens de saúde mental e tratem-na com a urgência que merece”, enfatizou a
diretora-geral da OMS, Margaret Chan.
Com a
campanha, o organismo também chama atenção para a falta de investimentos no
combate à doença. Em média, apenas 3% dos orçamentos de saúde dos governos são
investidos em saúde mental, variando de menos de 1% em países de baixa renda a
5% em nações desenvolvidas.
Nas
Américas, cerca de 50 milhões de pessoas viviam com depressão em 2015 — o
equivalente a quase 5% da população. Quase sete em cada dez habitantes da
região que têm a doença não recebem o tratamento de que precisam.
Segundo a agência da
ONU, cada dólar investido na ampliação do tratamento para depressão e ansiedade
leva a um retorno de 4 dólares devido à melhorias de saúde e da capacidade de
trabalho.
“A
depressão afeta a todos nós. Não discrimina por idade, raça ou história
pessoal. Isso pode prejudicar os relacionamentos, interferir na capacidade das
pessoas de ganhar a vida e diminuir seu senso de autoestima”, disse a diretora
da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne, em
pronunciamento para o Dia Mundial.
A
dirigente ressaltou que, embora muitas vezes seja vista como uma problema de
saúde desafiador, “mesmo a depressão mais grave pode ser superada com o
tratamento adequado. E o primeiro passo para obter tratamento é conversar”.
Sintomas,
tratamentos e custos
A OMS
lembra que “a depressão é diferente das flutuações de humor usuais e das
repostas emocionais de curta duração dadas aos desafios cotidianos”. A doença é
o resultado de uma interação complexa entre fatores sociais, psicológicos e
biológicos, podendo agravar o estresse e provocar disfunções.
Segundo a
agência da ONU, a depressão é um transtorno mental comum, caracterizado por
tristeza persistente e uma perda de interesse por atividades de que as pessoas
normalmente gostam, acompanhadas por uma incapacidade de realizar atividades
diárias por 14 dias ou mais.
Além
disso, as pessoas com depressão normalmente apresentam vários dos seguintes
sintomas: perda de energia; alterações no apetite; dormir mais ou menos do que
se está acostumado; ansiedade; concentração reduzida; indecisão; inquietação;
sentimentos de inutilidade, culpa ou desesperança; e pensamentos sobre
autolesão ou suicídio. [...]
Continue a leitura em https://nacoesunidas.org/depressao-afeta-mais-de-300-milhoes-de-pessoas-e-e-doenca-que-mais-incapacita-pacientes-diz-oms/