terça-feira, 18 de abril de 2017

Depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas e é doença que mais incapacita pacientes, diz OMS

Mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na semana em que a ONU lembra o Dia Mundial da Saúde (7). A agência da ONU decidiu marcar a data internacional com a campanha ‘Depressão: vamos conversar’.
Segundo o organismo das Nações Unidas, a patologia já é considerada a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo, gerando perdas anuais de 1 trilhão de dólares.

Mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na semana em que a ONU lembra o Dia Mundial da Saúde (7). O número de casos da doença, estimado em 2015, representa um aumento de 18% desde 2005. Segundo o organismo das Nações Unidas, a patologia já é considerada a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo, gerando perdas anuais de 1 trilhão de dólares.
Para mobilizar mais esforços pela transformação desse cenário, a agência decidiu marcar a data internacional com a campanha “Depressão: vamos conversar”. Além de garantir que todos os pacientes em necessidade recebam atendimento, a iniciativa quer estimular pessoas vivendo com o transtorno a buscar ajuda livres de qualquer estigma. Em países de alta renda, quase 50% dos indivíduos com depressão não recebem tratamento.
“Estes novos números são um sinal de alerta para que todos os países repensem suas abordagens de saúde mental e tratem-na com a urgência que merece”, enfatizou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.
Com a campanha, o organismo também chama atenção para a falta de investimentos no combate à doença. Em média, apenas 3% dos orçamentos de saúde dos governos são investidos em saúde mental, variando de menos de 1% em países de baixa renda a 5% em nações desenvolvidas.
Nas Américas, cerca de 50 milhões de pessoas viviam com depressão em 2015 — o equivalente a quase 5% da população. Quase sete em cada dez habitantes da região que têm a doença não recebem o tratamento de que precisam.
Segundo a agência da ONU, cada dólar investido na ampliação do tratamento para depressão e ansiedade leva a um retorno de 4 dólares devido à melhorias de saúde e da capacidade de trabalho.
“A depressão afeta a todos nós. Não discrimina por idade, raça ou história pessoal. Isso pode prejudicar os relacionamentos, interferir na capacidade das pessoas de ganhar a vida e diminuir seu senso de autoestima”, disse a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa Etienne, em pronunciamento para o Dia Mundial.
A dirigente ressaltou que, embora muitas vezes seja vista como uma problema de saúde desafiador, “mesmo a depressão mais grave pode ser superada com o tratamento adequado. E o primeiro passo para obter tratamento é conversar”.

Sintomas, tratamentos e custos

A OMS lembra que “a depressão é diferente das flutuações de humor usuais e das repostas emocionais de curta duração dadas aos desafios cotidianos”. A doença é o resultado de uma interação complexa entre fatores sociais, psicológicos e biológicos, podendo agravar o estresse e provocar disfunções.
Segundo a agência da ONU, a depressão é um transtorno mental comum, caracterizado por tristeza persistente e uma perda de interesse por atividades de que as pessoas normalmente gostam, acompanhadas por uma incapacidade de realizar atividades diárias por 14 dias ou mais.
Além disso, as pessoas com depressão normalmente apresentam vários dos seguintes sintomas: perda de energia; alterações no apetite; dormir mais ou menos do que se está acostumado; ansiedade; concentração reduzida; indecisão; inquietação; sentimentos de inutilidade, culpa ou desesperança; e pensamentos sobre autolesão ou suicídio. [...]

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