Atletas e
delegações internacionais boicotam os Jogos no Rio, o que pode esvaziar o maior
evento esportivo do mundo
Raul Montenegro (raul.montenegro@istoe.com.br)
Na última semana, declarações
de atletas estrangeiros, comitês olímpicos internacionais e político causaram
alarde na comunidade esportiva mundial, fazendo soar um sinal de alerta no
País. Na terça-feira 9, o presidente do Comitê Olímpico do Quênia, Kipchoge
Keino, afirmou que “obviamente” não levará esportistas ao Rio em caso de
epidemia de Zika. Enquanto isso, o comitê dos Estados Unidos disse que
competidores deveriam considerar deixar de participar dos Jogos. A preocupação
no país parte até de candidatos da disputa à Casa Branca: dois deles concordam,
às portas das Olimpíadas, com a quarentena de pessoas viajando do Brasil. O
cuidado é justificável. O Zika vírus assola o Brasil neste verão e é o maior
suspeito de causar um surto de microcefalia em recém-nascidos. Mas o boicote ao
evento não encontra respaldo na ciência. “Os atletas estão errados em não
comparecer porque no inverno a proliferação do mosquito Aedes não é alta”,
afirma Gúbio Soares, da Universidade Federal da Bahia, um dos pioneiros na identificação
do zika no País. [...]
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