quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Não. O Brasil não é de todos.



Brasil: ONU Mulheres critica tentativa de retirada da atribuição da perspectiva de gênero de ministério
Publicado em 23/02/2016
 Confira a nota pública da ONU Mulheres sobre a perspectiva de gênero como condição para a garantia de direitos das mulheres brasileiras.
“A ONU Mulheres Brasil observa com extrema preocupação as propostas de mudanças na legislação brasileira que depõem contra os direitos das mulheres, conquistados no Brasil e consagrados no arcabouço internacional.
No momento em que os Estados-membros das Nações Unidas iniciaram a implementação da Agenda 2030, que inclui o conjunto de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2030 – onde 12 transversalizam a perspectiva de gênero – é notório o teor retrógrado que tais propostas legislativas posicionam o Parlamento brasileiro, dissociando-se dos esforços mundiais para eliminar todas as formas de discriminação.
A ONU Mulheres rechaça a tentativa de retirada da atribuição da perspectiva de gênero da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM) do Ministério das Mulheres, Igualdade de Gênero e Direitos Humanos devido à estrutural desigualdade de gênero existente na sociedade brasileira, que vulnerabiliza a vida de 51% da população brasileira formada por mulheres.
A SEPM é reconhecida por sua liderança no avanço dos direitos das mulheres nas Américas e na formulação de políticas de empoderamento das mulheres, em curso desde a sua criação, em 2003, no governo brasileiro.
Por fim, alertamos que a paridade de gênero é um dos princípios para as transformações urgentes e concretas que a humanidade necessita, instaurando a equidade como valor máximo para as relações humanas, políticas, econômicas e sociais, a exemplo do que propõe a iniciativa global “Por um planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero”, liderada pela ONU Mulheres.”


Nadine Gasman
Representante da ONU Mulheres Brasil 

Fonte: https://nacoesunidas.org/brasil-onu-mulheres-critica-tentativa-de-retirada-da-atribuicao-da-perspectiva-de-genero-de-ministerio/