quarta-feira, 20 de junho de 2012

Deslocamentos forçados em 2011 atingiram 800 mil pessoas, contabiliza relatório do ACNUR



Relatório lançado na segunda-feira (18/06) pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) mostra que o ano de 2011 registrou um número recorde de deslocamentos forçados entre fronteiras internacionais, e que mais pessoas tornaram-se refugiadas desde o ano 2000. O relatório Tendências Globais 2011 (ou Global Trends 2011) revela que 4,3 milhões de pessoas foram forçadas a se deslocar neste período, sendo que 800 mil tornaram-se refugiadas.
“O ano de 2011 vivenciou o sofrimento humano em uma escala épica. O custo pessoal foi enorme para todos aqueles que tiveram suas vidas drasticamente afetadas em tão curto espaço de tempo”, disse o Alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres. “Temos que agradecer ao sistema internacional de proteção, que se manteve firme na maioria dos casos, deixando as fronteiras abertas. Estamos num momento de desafio”.
No Brasil o ACNUR contabilizou 4.477 refugiados. Nas Américas, o Equador é o país com a maior população refugiada (55 mil) e com 20 mil solicitações de refúgio em trâmite. Em segundo lugar, a Costa Rica reconheceu 12.571 refugiados. O número de refugiados cresceu também no Chile (1.674) e Panamá (2.262).
Numa escala global, o Afeganistão continua sendo o principal país de origem de refugiados (2.7 milhões), seguido pelo Iraque (1.4 milhão), Somália (1.1 milhão), Sudão (500 mil) e República Democrática do Congo (491 mil).