sábado, 28 de outubro de 2017

Educação - Ensino de crenças nas escolas: turbilhão de intolerância religiosa à vista

Por Coryntho Baldez
Após intensa polêmica, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu permitir o ensino religioso confessional na rede pública de ensino.
Em sessão no dia 27/9, o Plenário declarou improcedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), proposta pela Procuradoria-Geral da República, que questionava o vínculo da disciplina de religião a uma crença específica – prevista em acordo entre o Brasil e a Santa Sé, em 2010.
Para Amanda Mendonça, coordenadora do Observatório da Laicidade na Educação da UFRJ, a religião faz parte da esfera privada e não cabe à escola pública colocar em sua grade o ensino de credos. Segundo ela, no modelo confessional, o que se ensina são os dogmas e não a história do desenvolvimento de cada fé.
Nesta entrevista, a professora realça que a decisão do STF não unificou nem mesmo as religiões, à exceção da Igreja Católica, e poderá aguçar a intolerância contra algumas crenças, especialmente as de matriz africana – “as que mais sofrem perseguição dentro do ambiente escolar”.

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