O Ministério do Meio Ambiente, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), organiza em Brasília a Conferência Regional sobre Gestão de Bifenilas Policloradas (PCBs) — substâncias cancerígenas presentes em equipamentos do setor elétrico e que terão de ser eliminadas até o fim de 2018.
O Ministério do Meio Ambiente, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), organiza em Brasília a Conferência Regional sobre Gestão de Bifenilas Policloradas (PCBs), substâncias cancerígenas presentes, principalmente, em equipamentos do setor elétrico.
O objetivo do evento que será realizado nos dias 9 e 10 de fevereiro no Centro de Eventos Brasil 21 é promover a troca de experiências entre atores nacionais e internacionais que atuam na gestão de PCBs.
As substâncias começaram a ser sintetizadas pela indústria química a partir do final da década de 1920. Foram utilizadas como fluidos isolantes de equipamentos elétricos, em função de sua estabilidade química e térmica, o que diminuía os riscos de incêndio e explosão em subestações.
A partir da década de 1960, começaram a ter fabricação e uso proibidos, pois foi descoberto que eram cancerígenas e apresentavam risco de danos à saúde humana, além de impactos negativos ao meio ambiente.
No Brasil, sua comercialização e uso foram proibidos a partir de 1981. Os estoques que ainda estão presentes nos parques elétricos e industriais do país devem ser completamente eliminados até 2018, devido à adesão do Brasil, em 1995, à Convenção de Estocolmo.
O evento em Brasília proporcionará o debate sobre os avanços que os países têm feito para cumprir essas metas. Estarão presentes representantes dos projetos voltados à gestão das PCBs e apoiados pelo PNUD na América Latina, como Argentina, Colômbia, Cuba, Equador, Guiana e México e prestadores de serviços de destruição de PCBs, descontaminação e reclassificação de equipamentos elétricos do Brasil, da Argentina e da Itália.
Também estarão presentes especialistas em gestão de PCBs da Alemanha e do Japão; representantes da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); além de representantes do setor elétrico, responsável por mais de 70 % dos estoques de PCBs no país.
As inscrições são limitadas a 60 pessoas. Mais informações estão disponíveis com a coordenadora técnica do projeto no Brasil, a engenheira química Lorenza Alberici da Silva, pelo e-mail: lorenza.alberici@undp.org.