terça-feira, 8 de março de 2011

Crônica em homenagem ao Dia Internacional da Mulher

Chiquinha Gonzaga

Ana Nery


Marie Curie


Audrey Hepburn


Cora Coralina


Marina Silva


Lady Diana


Mayana Zatz


Nise da Silveira


Simplesmente, grandiosas!

Por Alessandra Leles Rocha

            Não importa o tamanho, a forma, a essência,... Se vieram ou não da costela de Adão; mulheres são por excelência grandiosas, especiais. Também, pouco importa os inúmeros rótulos impingidos para lhes enfatizar uma fragilidade, que não passa tão somente de uma maneira particular em ser, agir e pensar; elas ainda sim permanecem grandiosas.
        De fato não descarto que tamanho palavrório envolvendo esse segmento da raça humana tenha lhes feito perder, de certa forma, o foco ao longo da jornada. Deixaram-se levar e se envolveram numa disputa social sem muito sentido; afinal, partindo-se do pressuposto anatômico, fisiológico e bioquímico fica evidente que homens e mulheres jamais serão iguais, embora semelhantes. Os escritos históricos que contam a trajetória humana sobre a Terra delimitaram de forma cruel e, até certo ponto, decisiva um padrão de subserviência e “inferioridade” as mulheres, tornando-as elemento de domínio e obediência aos homens. Imputaram-lhes o silêncio das próprias ideias, dos sentimentos, dos conhecimentos ao longo de séculos, através da proibição social e/ou religiosa; uma contradição interessante, quando se estuda o papel feminino nas sociedades e se depara com a realidade de que “por detrás de grandes homens sempre estiveram grandes mulheres”, influenciando considerável ou definitivamente os rumos da humanidade. E diante de uma grandeza intrínseca exposta a repetição contínua de atrocidades diversas era inevitável que fossem movidas a lutar contra os preconceitos, as diferenças, as limitações, os obstáculos, o espaço que lhes era concedido viver.
        Assim, foram galgando sua equiparação social e alcançando as infinitas possibilidades funcionais, até então ocupadas pelos homens. A ideia não era simplesmente realizar o que eles realizavam, mas fazer dessa realização um momento diferenciado na história; aplicando características próprias, inovando no modo operacional, ousando alterar padrões e conceitos naquilo que parecia imutável. Foi dessa forma que elas transformaram as artes, a literatura, a ciência, a política, a economia, a educação,... Através de uma força que emana de um olhar simbiótico com a vida, com o planeta, com o ser humano.  Elas jamais se esqueceram da sua qualidade humana e por isso, ressalvo raríssimas exceções, não mascararam e nem sepultaram suas reações; riram, choraram, gritaram, sofreram, exorcizaram suas angústias e suas neuroses fossem publica ou anonimamente. São, ao contrário de tantos que apenas estão.  Até mesmo na habilidade em manipular a realidade dos fatos, uma dissimulação providencial e contextual, as mulheres são sempre carne viva, viscerais, extremadas. Ah, o que seria do mundo sem as mulheres?!
        Por isso elas não saem de moda, de cena; tem sempre público cativo, fiel. Estão sempre na vanguarda da vida, por mais conservadoras que pareçam ser; elas antecipam os fatos no sentimento de uma intuição pulsante. Mesmo que exalem no ambiente um ar de superficialidade, de desinteresse, de alienação, mulheres são alicerçadas no mais profundo da razão humana; tudo e nada estão sempre em ebulição nas suas mentes. Elas são maioria, o fiel da balança desse povo que habita a Terra; que reproduzem a vida, que renovam os sonhos e as esperanças, que equilibram todas as forças, inclusive as mais ocultas, para manter a ordem em seu devido lugar, que hão de contradizer sempre as expectativas sem que para isso seja preciso estar munidas de salto alto, maquiagem e cabelo arrumado.