Na semana
em que se celebrou o Dia Mundial do Refugiado, lembrado em 20 de junho, a
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ofereceu na quarta-feira (21/06) uma
capacitação em direitos humanos para servidores públicos que atuam na cidade.
Curso “Migração, Refúgio e Políticas Públicas” reuniu funcionários de todos os
níveis de governo e contou com a participação de refugiados, migrantes e
brasileiros que moram no município. Iniciativa terá continuidade em julho.
Na semana em que se
celebrou o Dia Mundial do Refugiado,
lembrado em 20 de junho, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ofereceu
na quarta-feira (21) uma capacitação em direitos humanos para servidores
públicos que atuam na cidade. Curso “Migração, Refúgio e Políticas Públicas”
reuniu funcionários de todos os níveis de governo e contou com a participação
de refugiados, migrantes e brasileiros que moram no município. Iniciativa terá
continuidade em julho.
“Além de
afirmar o direito humano de migrar, o curso também trouxe a reflexão sobre o
quanto as migrações têm a ensinar para o desenvolvimento da nossa sociedade, do
reconhecimento do outro, do quanto somos desafiados a outros saberes e práticas
sociais, para a compreensão de nós mesmos e das nossas instituições”, disse a
docente Giuliana Berdin, coordenadora da Cátedra Sérgio Vieira de Mello na
UFSM.
Um dos
objetivos da formação era promover o debate sobre as atuais práticas de
acolhimento, inserção social e integração local das populações migrantes e
refugiadas que vivem em Santa Maria.
A
capacitação apresentou uma proposta interdisciplinar de discussão, com
especialistas e conteúdos do campo jurídico, da antropologia, das ciências
sociais, das letras e da comunicação. Outro destaque foi a participação de
migrantes e vítimas de deslocamento forçado que trouxeram para o debate as suas
vivências e lutas por mais direitos.
“Esse
evento foi fundamental para chamar o Estado, por meio de seus agentes, para dar
atenção ao tema das migrações e sua responsabilidade em promover direitos
humanos independentemente de sua nacionalidade”, explicou Luís Augusto Bittencourt
Minchola, coordenador executivo da Cátedra.
A
iniciativa terá ainda mais duas etapas, que ocorrerão nos próximos dias 3 e 7
de julho. O primeiro encontro do mês contará com a participação da Associação
Antônio Vieira, organização parceira da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR)
em Porto Alegre.
A Cátedra
Sérgio Vieira de Mello é uma iniciativa do ACNUR no Brasil para difundir o
ensino universitário sobre temas relacionados ao refúgio, promovendo a formação
e a capacitação de professores e estudantes na área, além de priorizar o
trabalho direto com refugiados e a sua inserção na vida acadêmica.
Na UFMS,
Giuliana Berdin e Luís Augusto Bittencourt dirigem o Migraidh, Direitos Humanos
e Mobilidade Humana Internacional – grupo de ensino, pesquisa e extensão que é
responsável pela Cátedra na UFMS e que organiza o curso de capacitação de
servidores públicos. Instituído em 2013, atualmente o Migraidh possui quatro
linhas de atuação nas áreas do direito, antropologia, ciências sociais,
psicologia, comunicação e letras.