A Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê que o mundo terá uma taxa de desemprego de 5,8% em 2017 — leve aumento frente aos 5,7% do ano passado. Serão 3,4 milhões de novos desempregados este ano globalmente, e o Brasil responderá por 35% deles.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê que o mundo terá uma taxa de desemprego de 5,8% em 2017 — leve aumento frente aos 5,7% do ano passado. Serão 3,4 milhões de novos desempregados este ano globalmente, e o Brasil responderá por 35% deles.
A previsão da OIT é que o Brasil tenha 1,2 milhão de novos desempregados em 2017, o equivalente a uma taxa de desemprego de 12,4% (frente a 11,5% no ano passado), uma das maiores entre as economias do G20. Para 2018, a tendência é de que a taxa permaneça a mesma, com a adição de 200 mil novos desempregados no mercado de trabalho do país.
Segundo a organização, o desempenho ruim do Brasil terá forte impacto sobre os números da América Latina e Caribe, cujas taxas de desemprego devem ficar em 8,1% e 8,4% este ano e em 2018, respectivamente.
A OIT afirma que o aumento do desemprego este ano no mundo será impulsionado pela deterioração das condições do mercado de trabalho nos países emergentes, como efeito das profundas recessões nesses países em 2016.
De fato, o número de desempregados nos países emergentes deve aumentar em aproximadamente 3,6 milhões entre 2016 e 2017, com uma taxa de desemprego que deve subir a 5,7%, comparada a 5,6% no ano passado.
Por outro lado, o desemprego deve cair este ano nos países desenvolvidos (em 670 mil), derrubando a taxa para 6,2% (ante 6,3% em 2016). Na Europa — especialmente no Norte, Sul e Oeste —, o desemprego deve continuar caindo, mas o ritmo de melhora irá desacelerar, e há sinais de que o desemprego estrutural está piorando. O mesmo se aplica a Estados Unidos e Canadá, disse a organização.