Em mensagens divulgadas nesta semana para o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (3/12), o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, afirmaram que a inclusão destas pessoas faz parte dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que têm o propósito de não deixar ninguém para trás. A Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência completa 10 anos.
Há 10 anos a Assembleia Geral da ONU adotou a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, um instrumento internacional de direitos humanos ratificado por ampla maioria – 169 votos – e que tem estimulado comprometimento e ação por igualdade, inclusão e empoderamento em todo o mundo. Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a partir da Convenção, a deficiência tem sido incorporada nos agendas de desenvolvimento e direitos humanos de todo o mundo.
Em mensagem para a data, Ban lembrou que a adoção dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 tem o propósito de não deixar ninguém para trás. “Cumpri-los exige a inclusão total e a participação de pessoas com deficiência na sociedade e no desenvolvimento”, afirmou. “Precisamos eliminar estereótipos e discriminação que perpetuam a exclusão e construir ambientes acessíveis, inclusivos e adequados para todos (…) É necessário remover os obstáculos ambientais e comportamentais que impedem as pessoas com deficiência de exercer seus direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais”, afirmou.
Para Irina Bokova, diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), a data é uma oportunidade para levantar a bandeira da inclusão e do empoderamento por meio da educação, das ciências, da cultura e da comunicação e informação. Ela lembrou que as pessoas com deficiência enfrentam estigma e exclusão, especialmente entre os grupos mais vulneráveis da sociedade, como migrantes, refugiados e indígenas, além de mulheres e meninas.
“Nossa mensagem é clara: o desenvolvimento sustentável não será possível sem a inclusão plena de pessoas com deficiências em todos os níveis, sem que seus papéis e vozes sejam incorporados às decisões e às políticas”, afirmou a diretora.