quarta-feira, 13 de julho de 2016

Fitoterápicos e plantas medicinais ganham espaço como alternativa de tratamento

Segundo o Ministério da Saúde, entre 2013 e 2015 a procura por esses insumos cresceu 161%
Tomar suco de maracujá para diminuir o estresse ou fazer um chá de camomila para minimizar os problemas digestivos são saberes internalizados na cultura popular brasileira.  As plantas medicinais possuem diversas substâncias ativas que podem ser utilizadas isoladamente ou na forma de fitoterápicos (forma farmacêutica simples, obtida de drogas vegetais). A busca pelos medicamentos fitoterápicos no Sistema Único de Saúde (SUS) está crescendo cada vez mais.  Segundo o Ministério da Saúde, entre 2013 e 2015 a procura por eles cresceu 161%.
De acordo com a professora Elfriede Marianne Bacchi, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, o incentivo ao uso desses produtos é importante, mas essa política tem que ser organizada com cuidado. “A medida é positiva a partir do momento que haja padronização dos fitoterápicos e que suas atividades sejam estudadas clinicamente ou que se tenha uma tradição reconhecida de uso popular e que sua segurança tenha sido comprovada”, explica a professora.
A docente é membro do Comitê Técnico Temático de Apoio à Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira da Anvisa. Neste ano, o grupo lançou o Memento Fitoterápico. “O Memento é um dos Compêndios da Farmacopeia Brasileira e traz as informações que o profissional precisa para avaliar a necessidade de prescrição para o paciente”, destaca a pesquisadora.
O documento possui 28 monografias com informações detalhadas sobre a família, nomenclatura popular e a parte utilizada da planta. Há também contraindicações, precauções de uso, efeitos adversos, interações medicamentosas, vias de administração e posologia. De acordo com o site da Anvisa, deste total, 17 monografias estão na Lista de Plantas Medicinais de Interesse do SUS (Renisus).[...]