segunda-feira, 4 de julho de 2016

Cinusp exibe em julho a quinta edição da Mostra de Animação

Exibições acontecem de 4 a 24 de julho nas salas do Cinusp na Cidade Universitária e no Centro Universitário Maria Antonia, com programação que abrange diversos temas, estilos, épocas e faixas etárias
Por Diego C. Smirne 
    O cartaz da mostra do Cinusp – Foto: Divulgação/Cinusp
 
Aproveitando o mês de férias escolares, o Cinema da USP (Cinusp) inicia no dia 4 de julho a quinta edição da Mostra de Animação, com exibições diárias e gratuitas que se estenderão até 24 de julho. Com uma seleção de obras bastante variadas, elaborada pelas programadoras Ayume Oliveira, Giulia Martini e Nayara Xavier, a mostra não se restringe apenas ao público infantil, mas exibe animações de conteúdo de interesse também para adultos.
Nas suas duas primeiras edições, a Mostra de Animação do Cinusp se concentrou em animes (as animações japonesas). A partir da terceira edição, como explica Nayara Xavier, surgiu a ideia de expandir a abordagem. “Passamos a exibir animações dos mais diversos tipos, estilos e origens, e hoje as Mostras de Animação do Cinusp são muito diversificadas, com obras para o público adulto e infantil, de diferentes origens e épocas.”
Alguns destaques citados por Nayara são DivertidaMente, animação de maior sucesso dos renomados estúdios Disney/Pixar no ano passado e que, segundo a programadora, “teve bastante apelo entre o público adulto também, o que é muito interessante”. Há ainda outra obra da Pixar na mostra, o curta Knick Knack, de 1989, possibilitando uma interessante perspectiva da evolução do estúdio ao longo dos anos. Os animes seguem presentes na programação, por exemplo, com Miss Hokusai, filme baseado em mangás (revistas de história em quadrinhos japonesas) sobre a filha de Hokusai, um importante pintor japonês que viveu no século 19, que conta com referências atuais e é narrado em episódios.
Nayara cita também o curta This Land Is Mine e o filme Sita Sings the Blues, ambos voltados para adultos e produzidos pela diretora Nina Paley. O primeiro é uma obra política sobre a história de Jerusalém, e o segundo baseia-se na experiência pessoal da diretora com o livro hindu Ramayana. “O interessante é que, por ser uma militante da arte livre, as obras de Paley têm licença creative commons, ou seja, têm exibição livre. Isso proporcionou muito sucesso para o curta This Land Is Mine na internet, por exemplo”, ressalta Nayara. [...]