DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
A universalização de serviços de saneamento
básico no Brasil, coleta de esgoto e rede de água, só será alcançada no
atual ritmo após 2050, mais de 20 anos depois do prazo previsto no plano
oficial do governo federal.
É o que aponta estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria)
com base em dados oficiais sobre andamento de obras do setor.
Os gastos para cumprir a meta estabelecida pelo próprio governo no
Plansab (Plano Nacional de Saneamento Básico) são insuficientes –teriam que ser
dobrados para alcançá-la.
Mas é a burocracia para fazer as obras de canalização de esgoto e implantação
de rede de água a principal vilã do baixo desempenho do setor, segundo o
levantamento.
"O município faz um projeto para saneamento, mas demora 22
meses para que o governo libere o recurso. Num ambiente urbano dinâmico,
esperar 22 meses significa ter que pensar tudo de novo", diz Ilana
Ferreira, analista de políticas e indústria da CNI.
Na vida prática, não ter saneamento significa prejuízo para todos.
Do sistema de saúde, que fica mais sobrecarregado com crianças e
adultos doentes, às empresas, que sofrem com mais ausências no trabalho e
dificuldades para fazer investimentos.
"A correlação das regiões de IDH baixo e áreas com baixo
índice de atendimento de serviço de saneamento é alta", aponta Ferreira.
Saneamento, a espera
Plano
de oferecer saneamento para toda a população até 2033 deve atrasar ao menos 20
anos [...]