Uso do larvicida Pyriproxyfen para o
controle do mosquito Aedes é seguro, esclarece OMS
Agência da ONU informou ainda que somente recomenda o uso de
produtos inseticidas que foram avaliados e aprovados pelo Programa de Avaliação
de Pesticidas da OMS. A OPAS/OMS a cidade do Recife, onde se observa uma
elevação dos casos de zika e de microcefalia, nunca utilizou este larvicida.
A
representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da
Saúde (OPAS/OMS) no Brasil emitiu uma nota nesta quinta-feira (25) esclarecendo que o uso
do larvicida Pyriproxyfen é seguro para o controle do mosquito Aedes aegypti.
A OPAS/OMS
informou ainda que somente recomenda o uso de produtos inseticidas que foram
avaliados e aprovados pelo Programa de Avaliação de Pesticidas da OMS – do
inglês World Health Organization Pesticides Evaluation Scheme, também conhecido
pela sigla WHOPES.
O
pyriproxyfen imita um hormônio natural que somente é encontrado em animais
invertebrados. Esse larvicida interfere com o desenvolvimento das larvas em
mosquitos adultos. Segundo a agência da ONU, mamíferos não apresentam o mesmo
processo de desenvolvimento e, por isto, não respondem ao hormônio da mesma
forma.
“Uma série
de estudos toxicológicos foram revisados, incluindo evidências sobre o
metabolismo, genotoxicidade, teratogenicidade e desenvolvimento em modelos
animais. Não foram encontradas evidências que o Pyriproxifen tenha efeitos
reprodutivos em vertebrados”, acrescentou a nota.
Respeitadas as doses recomendadas
pelo WHOPES e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura (FAO), continua a nota, o Pyriproxyfen – junto com diflubenzuron, methoprene,
novaluron, pirimiphos-methyl, spinosad, temephos e o Bacillus thuringiensis israelensis
– é indicado para uso em água para consumo humano. As diretrizes podem ser
consultadas na quarta edição do “Guidelines for Drinking-water Quality” (clique
aqui).
“Cabe
ressaltar que o Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde
do Brasil recomenda a dose de 0,01mg de ingrediente ativo/litro, em consonância
com as recomendações do WHOPES. De forma complementar, a OPAS/OMS informa que a
cidade do Recife (PE), onde se observa uma elevação dos casos de zika e de
microcefalia, nunca utilizou o produto mencionado”, concluiu a nota.
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