sábado, 27 de fevereiro de 2016

Saúde Pública – Brasil


Uso do larvicida Pyriproxyfen para o controle do mosquito Aedes é seguro, esclarece OMS

Agência da ONU informou ainda que somente recomenda o uso de produtos inseticidas que foram avaliados e aprovados pelo Programa de Avaliação de Pesticidas da OMS. A OPAS/OMS a cidade do Recife, onde se observa uma elevação dos casos de zika e de microcefalia, nunca utilizou este larvicida.

A representação da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil emitiu uma nota nesta quinta-feira (25) esclarecendo que o uso do larvicida Pyriproxyfen é seguro para o controle do mosquito Aedes aegypti.

A OPAS/OMS informou ainda que somente recomenda o uso de produtos inseticidas que foram avaliados e aprovados pelo Programa de Avaliação de Pesticidas da OMS – do inglês World Health Organization Pesticides Evaluation Scheme, também conhecido pela sigla WHOPES.

O pyriproxyfen imita um hormônio natural que somente é encontrado em animais invertebrados. Esse larvicida interfere com o desenvolvimento das larvas em mosquitos adultos. Segundo a agência da ONU, mamíferos não apresentam o mesmo processo de desenvolvimento e, por isto, não respondem ao hormônio da mesma forma.

“Uma série de estudos toxicológicos foram revisados, incluindo evidências sobre o metabolismo, genotoxicidade, teratogenicidade e desenvolvimento em modelos animais. Não foram encontradas evidências que o Pyriproxifen tenha efeitos reprodutivos em vertebrados”, acrescentou a nota.

Respeitadas as doses recomendadas pelo WHOPES e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), continua a nota, o Pyriproxyfen – junto com diflubenzuron, methoprene, novaluron, pirimiphos-methyl, spinosad, temephos e o Bacillus thuringiensis israelensis – é indicado para uso em água para consumo humano. As diretrizes podem ser consultadas na quarta edição do “Guidelines for Drinking-water Quality” (clique aqui).

“Cabe ressaltar que o Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde do Brasil recomenda a dose de 0,01mg de ingrediente ativo/litro, em consonância com as recomendações do WHOPES. De forma complementar, a OPAS/OMS informa que a cidade do Recife (PE), onde se observa uma elevação dos casos de zika e de microcefalia, nunca utilizou o produto mencionado”, concluiu a nota.