Morre escritor
italiano Umberto Eco, autor de 'O Nome da Rosa', aos 84
DE SÃO PAULO
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Morreu nesta sexta-feira (19), aos 84
anos, em Milão, o escritor e ensaísta italiano Umberto Eco. A causa da morte do
autor, que tinha um câncer, não foi revelada.
Filósofo, semiólogo, linguista e
bibliófilo, Umberto Eco era personalidade de renome no meio acadêmico. Sua obra
mais célebre foi "O Nome da Rosa", livro que mistura a estrutura de
um romance policial com referências eruditas. A obra, lançada em 1980, foi
adaptada para o cinema seis anos depois pelo diretor Jean-Jacques Annaud.
No longa, Sean Connery interpreta o
frade franciscano Guilherme de Baskerville, enquanto Christian Slater vive o
noviço Adso von Melk. Ambos os religiosos investigam mortes que ocorreram em
uma abadia no século 14.
"O Nome da Rosa", que vendeu
mais de 10 milhões de cópias e foi traduzido para cerca de 30 línguas, foi a
primeira obra em que colocou em prática suas teorias sobre a literatura,
tendência que seguiria em seus outros romances.
Seu último livro, "Número
Zero", foi lançado no ano passado como uma crítica ao mau jornalismo e à
manipulação de fatos. À época, Eco disse: "Essa é a minha maneira de
contribuir para esclarecer algumas coisas. O intelectual não pode fazer nada,
não pode fazer a revolução. As revoluções feitas por intelectuais são sempre
muito perigosas".
Ele também escreveu obras como "O
Pêndulo de Foucault" (1988) e "O Cemitério de Praga" (2010),
lançados no Brasil pela editora Record, além de "Tratado Geral de
Semiótica" (1975) e "Apocalípticos e Integrados" (1964),
publicados no país pela editora Perspectiva. Seus trabalhos eram usados em
cursos de comunicação em todo o mundo. [...]