Quase 21
milhões de pessoas são vítimas de trabalho forçado no mundo,
sendo 90% delas exploradas em atividades da economia privada, por indivíduos ou
empresas, revela um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
lançado hoje (1/07). Já a participação de Estados foi identificada na
exploração do trabalho forçado em 2,2 milhões dos casos, em prisões que violam
normas internacionais ou atividades impostas por forças armadas rebeldes ou
exércitos nacionais.
O estudo,
intitulado “Estimativa Global da OIT sobre Trabalho Forçado 2012″, detalha as
diferentes violações e a incidência nos setores da economia: 4,5 milhões (22%)
são vítimas de exploração sexual forçada e 14,2 milhões (68%) são vítimas de
exploração do trabalho forçado em atividades econômicas como agricultura,
construção civil, trabalho doméstico ou industrial.
“Percorremos
um longo caminho nos últimos sete anos desde quando apresentamos as primeiras
estimativas sobre o número de pessoas em trabalho ou serviços forçados no
mundo. Também tivemos progresso ao assegurar que a maioria dos países tenham
uma legislação que penalize o trabalho forçado, o tráfico de seres humanos e as
práticas análogas à escravidão”, declarou Diretora do Programa Especial de Ação
para Combater o Trabalho Forçado da OIT, Beate Andrees.
Observando
a idade dos trabalhadores forçados, 5,5 milhões (26%) estão abaixo de 18 anos.
A região de Ásia e Pacífico apresenta o número mais alto de trabalhadores
forçados no mundo, com 11,7 milhões de vítimas (56 % do total geral), seguida
pela África, com 3,7 milhões (18%) e América Latina, com 1,8 milhão (9%).
Acesse aqui o estudo completo da OIT e clique aqui para ler o resumo com os principais fatos.