O
Instituto de Estatísticas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (UNESCO)
revelou que cerca de dois milhões de professores teriam que ser
contratados para atender a demanda de 45 países da África Subsaariana. Além das
salas superlotadas, o sistema de ensino enfrenta desafios como poucos
professores treinados, material escolar insuficiente e condições precárias de
higiene.
No Chade,
por exemplo, uma sala de aula tem em média 67 alunos para um professor, sendo
que nos primeiros anos as classes podem receber até 85 estudantes. Já nos
países-membros da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento, a
média professor-aluno fica abaixo de 30.
As aulas
muitas vezes reúnem alunos de diferentes níveis de educação. Na maioria dos
casos, as aulas tendem a agrupar duas séries. Em países como Cabo Verde, Chade,
Congo, Guiné, Madagascar, Mali e Níger, o agrupamento pode chegar a três séries
ou mais.
“As
primeiras séries são normalmente as mais superlotadas. Isso é uma fonte de
preocupação considerando que esse período é visto como o mais crucial para o
futuro dos alunos”, afirmou a UNESCO.
Além
disso, novos livros de leitura e matemática teriam que ser adquiridos. Muitos
alunos são obrigados a compartilhar com outros o material escolar. No Camarões,
por exemplo, há um livro de matemática para cada 13 crianças.
No Chade,
Costa do Marfim, Guiné-Equatorial, Madagascar e Níger cerca de 60% das escolas
não têm banheiro. Em relação a eletricidade, 80% das escolas Burkina Fasso,
Burundi, Camarões, República Democrática do Congo (RDC), Gâmbia, Guiné, Malauí,
Níger and Togo seguem sem luz.