É possível resistir politicamente por meio
da produção de arte ou artesanato? Exposição que será aberta hoje (sexta, 18),
no Centro Cultural UFMG, mostra que sim. Até 24 de maio, serão expostas arpilleras (produtos de
técnica têxtil elaborados em pano rústico, com linhas, objetos diversos e
retalhos de tecidos) através das quais as mulheres denunciavam problemas e
enfrentavam abusos da ditadura.
Durante o regime militar chileno, que durou
de 1973 a 1989, as arpilleras
mostravam o que estava acontecendo e se constituíam numa forma de luta pela
verdade e pela justiça. Além disso, eram atividade cooperativa e fonte de
renda. As arpilleras
que serão exibidas no Brasil pertencem à pesquisadora chilena Roberta Bacic,
curadora da exposição.
Como parte das atividades da mostra
Arpilleras da Resistência Política Chilena, será realizado no dia 18 de maio,
às 19h30, o debate Direitos Humanos: Comissão da Verdade Brasil e Chile. E
haverá oficinas gratuitas de tecelagem em que o público poderá criar arpilleras, aprendendo a
técnica de contar uma história ou conflito com agulha e linha. As inscrições,
gratuitas, encontram-se abertas até esta sexta, 18. Os eventos resultam de
iniciativa do projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia do Ministério
da Justiça.
Programação
10h Abertura
19h30 Debate – Diretos Humanos: Comissão da
Verdade Brasil e Chile
Exposição
De 18 a 24
Segunda a sexta, 10h às 21h
Sábado e domingo, 10h às 18h
De 18 a 24
Segunda a sexta, 10h às 21h
Sábado e domingo, 10h às 18h
Oficinas de tecelagem – Arpillera
Dia 22 a 23, 14h às 18h
Inscrições gratuitas
Dia 22 a 23, 14h às 18h
Inscrições gratuitas
Mais informações estão no site do projeto.
O Centro Cultural UFMG
fica na Praça da Estação, na avenida Santos Dumont, 174, esquina com rua da
Bahia, Centro de Belo Horizonte (telefone: 3409-8291).