Atchim! Saúde para todos nós!
Por Alessandra Leles Rocha
Apesar da expectativa por dias bem mais frios no inverno deste ano, ainda sim pensei que iria passar ilesa pelos resfriados e mesmo a tinhosa gripe costumeira no período. Nada disso! Redobrando os cuidados na ventilação da casa e evitando lugares fechados e com aglomerações, de repente estava com os olhos e o nariz congestionados, arrepios nada poéticos, dor por todo o corpo e aquela vontade inigualável de que “o mundo acabe em barrancos para morrer escorada”.
É! Em meio a tantas oscilações de temperatura ao longo do dia não há de fato um organismo que consiga se equilibrar tão abruptamente. Inicia-se o dia com frio muito intenso e na hora do almoço o forte sol de inverno já elevou a temperatura ao extremo oposto. Quando chega a tarde a temperatura volta a cair vertiginosamente e os casacos a cobrir nossos corpos rapidamente. Tudo muito rápido! Coloca blusa, tira blusa, coloca casaco, enrola cachecol... Quase um carrossel de mudanças, para podermos criar a “primeira barreira” de contenção contra as doenças comuns ao inverno!
Infelizmente, nem todos os casacos, blusas, calças, meias e cachecóis do mundo irão nos proteger por completo. Invisível aos nossos olhos, mas perceptíveis rapidamente por nossas vias aéreas, em meio às partículas de poeira e contaminação do ar se escondem milhões de germes – vírus e bactérias – que encontram nessa situação climática ambiente favorável para proliferação e disseminação de doenças. Assim, por mais que dediquemos cuidados especiais com a higiene pessoal e dos ambientes nessa época do ano, o ar seco e frio trabalham contra a vitória da assepsia; tornando-nos todos vulneráveis, sobretudo as crianças e os idosos, alvos preferenciais em razão da sua fragilidade imunológica.
No caso das gripes e resfriados, pouco há o que fazer. Por serem de origem virótica não há uma medicação especifica ao seu combate. O que se pode fazer é ingerir bastante água para auxiliar na limpeza e eliminação do vírus através da urina, uma alimentação equilibrada - com bastante frutas, verduras e legumes -, evitar a exposição ao sol – especialmente das 12 às 16 horas – e atividades físicas neste período, e se as dores no corpo e a febre estiverem acentuadas, procure um médico para que ele proceda a administração de um antitérmico e analgésico (Não tome remédios por conta própria em especial se eles possuem na fórmula o ácido acetilsalicílico. A não ser que seja uma indicação do próprio médico esse componente em situação de doenças virais pode acarretar problemas sérios1). No fim das contas, o jeito é aguardar aproximadamente sete dias as reações do organismo contra os agentes virais!
A contragosto, de uma maneira meio torta, o inverno através dessas pequenas mazelas nos põe de “castigo” e da uma pausa a correria cotidiana. Hora de dormir de verdade para repor as energias... Hora para desfrutar das refeições como se deve... Hora para desacelerar o corpo e a mente e fazer um balanço sobre prioridades e futilidades que andam consumindo nossos segundos do relógio... Hora de pesar com a devida lucidez o valor dos deveres e das obrigações... Hora de arejar a casa, deixar os raios de sol entrar sem cerimônia e mandar para bem longe as poeiras, os mofos e os ácaros de plantão... Hora de cuidar de si mesmo... Enfim, hora de agradecer por todos os instantes de saúde que temos nas mãos e não os levamos em tão alta conta no momento de viver com plenitude.
1 http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/informetecnico/!ut/p/c4/04_SB8K8xLLM9MSSzPy8xBz9CP0os3hnd0cPE3MfAwMDMydnA093Uz8z00B_A3dTU_2CbEdFAEURpeg!/?WCM_PORTLET=PC_7_CGAH47L00G1870I8G5FBUC30V1_WCM&WCM_GLOBAL_CONTEXT=/wps/wcm/connect/anvisa/anvisa/pos+comercializacao+pos+uso/farmacovigilancia/alertas+por+regiao+geografica/nacionais/02_farm_nac_2009/20090708+001