Hora
de desfolhar 2020
Por
Alessandra Leles Rocha
Já dizia meu falecido avô
materno, “o melhor da festa é esperar por ela”. Finalizadas as comemorações ao
som e brilho dos fogos de artifício cortando os céus é hora de o calendário
dobrar-se adiante e desfolhar 2020 lentamente.
Embora tudo ainda pareça
dormente, silencioso, a partir de amanhã as engrenagens da vida voltam a se
mover e a dissipar quaisquer preguicinhas reticentes e teimosas. Afinal, é hora
de arregaçar as mangas! Entre projetos pessoais e coletivos o dia a dia seguirá
seu curso, como deve ser.
Do conhecido ao imprevisível as
histórias trarão seus enredos para o mundo real. Às vezes em tons de comédia. Às
vezes drama. De vez em quando pitadas de emoção, ficção e romance para dar
contornos mais expressivos ao cotidiano. E como esse será o último ano da
primeira década do ano 2000, certamente, um bom apanhado de fatos e
acontecimentos ficará registrado de maneira mais acentuada.
Aliás, caminharemos pela
linearidade sinuosa da vida buscando captar, também, para nossos próprios registros,
as impressões dessa década que mais contribuíram na ressignificação de nós
mesmos. No novo milênio essa primeira etapa foi bastante emblemática a todos os
mortais.
Notórios e anônimos assistiram a existência
humana ir muito além do que propusera o primeiro passo em solo lunar, em 1969;
de modo que, a sociedade construiu modos de viver e conviver a luz do que há de
mais avançado nas ciências e na tecnologia. 2020, então, tende a consolidar e a
desbravar muito mais.
Dentro e fora do nosso casulo a
vida e o mundo estarão sempre em franca expansão, no intuito de garantir aprendizados
e competências capazes de sustentar nossa adaptabilidade e sobrevivência. O que
não se trata de mero discurso; mas, de uma constatação fundamentada por uma
infinidade de evidências práticas e científicas.
Pois é, não queriam o amanhã? Ele
chegou! Serão 366 amanhãs dessa vez. 366 dias de vida intensa. De muito a se
pensar, a se fazer, a se constituir enquanto ser humano integrante e integrado
a esse complexo sistema vital. Um
projeto que, como todo bom projeto, nos exigirá atenção, senso crítico,
disposição e conhecimento, o suficiente para promover ajustes quando
necessários.
Assim, Feliz 2020! Não um feliz
com cara de novela, idealizado, perfeito; mas, um feliz que traduza uma
felicidade com cara de tijolos assentados um a um, no esforço diário para
alcançar metas importantes, para materializar sonhos, para edificar o lado bom
da vida.
Mãos à obra, então!