Acesso de deficientes visuais ao cinema é desbravado em pesquisa
Pesquisador explora dificuldades, facilidades e possíveis soluções que envolvem a problemática de tornar acessível a experiência do cinema a quem não enxerga
Por Denis Pacheco
Se para o cineasta Orson Welles o cinema não tinha “fronteiras nem limites”, para boa parte do público, formado por deficientes visuais, seu lugar nas salas ainda é um território que precisa ser conquistado.
Na dissertação Design para acessibilidade: inclusão de pessoas com deficiência visual ao serviço de cinema, apresentada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, Diego Normandi procurou explorar dificuldades, facilidades e possíveis soluções para tornar acessível a experiência de cinema a quem não enxerga, com o foco no acesso físico e sensorial, pelo viés do design.
Com formação publicitária, Normandi se interessou pelo tema quando trabalhava em uma campanha para inclusão de pessoas com deficiência. O então estudante passou, pela primeira vez, a se questionar sobre o acesso a essa experiência – o cinema – por pessoas com deficiência visual. A escolha do design como campo de estudo foi motivada por sua visão específica da área. “Na minha percepção, a publicidade orienta sua atuação no sentido do produto ao ser humano, pois busca, a partir de suas ferramentas, estimular a compra de artefatos por parte dos consumidores”. Já o design, explica, caminha no sentido oposto, com foco no “desenvolvimento de produtos e serviços orientados à necessidade dos indivíduos”. [...]
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