sexta-feira, 20 de maio de 2016

Inflação resiste a ceder e prévia de maio vai a 0,86%, aponta IBGE




LUCAS VETTORAZZO DO RIO


Desde o início do ano que se espera uma desaceleração de preços em razão da crise, mas na prática movimentos pontuais de alta de determinados produtos têm impedido o alívio no bolso do brasileiro. Essas altas independem da situação econômica do país.
A prévia da inflação de maio mostrou que os alimentos e remédios continuam a pressionar o indicador. Cenário igual já havia sido observado na divulgação do índice fechado de abril.
Condições climáticas desfavoráveis fizeram com que os alimentos subissem 1,05% na prévia de maio. Já é uma desaceleração em relação ao mês de abril (1,35%), mas o resultado continua fazendo pressão no índice.
A batata-inglesa, por exemplo, subiu 26,65% na prévia. Outros produtos importantes, como feijão carioca (5,04%), farinha de mandioca (4,45%) e o leite (2,82%), também tiveram altas expressivas.
Impactado por reajustes recentes de preço aprovados pelos órgãos reguladores, os remédios subiram 6,50% em maio. Em abril, já tinham subido 2,64%.
A alta é reflexo do reajuste, que passou a valer a partir de primeiro de abril, de 12,50% no preço de alguns tipos remédios.
Juntos, alimentos e medicamentos representaram 56% da taxa de maio.
O aumento da tarifa de água e esgoto em São Paulo pressionou o grupo habitação, que subiu 0,99%, por causa do fim do incentivo do governo do Estado para quem consome menos água.
Cigarro também foi um produto que subiu de preço, com avanço de 3,70% Os cigarros tiveram reajuste de 3% a 14%, dependendo da marca, a partir de 1º de maio no país. [...]