Doença está aumentando globalmente e agora é frequente inclusive nos países em desenvolvimento, segundo a representação no Brasil da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), na ocasião do Dia Mundial da Saúde.
A diabetes está crescendo em todo o mundo e é agora mais comum nos países em desenvolvimento, disse na quinta-feira (7) a representação no Brasil da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), na ocasião do Dia Mundial da Saúde.
O número de pessoas vivendo com diabetes quase quadruplicou em 34 anos. Estima-se que 422 milhões de adultos no mundo (8,5% da população) viviam com diabetes em 2014. Em 1980, esse número era de 108 milhões (4,7%).
As principais complicações que podem estar relacionadas à diabetes são cegueira, insuficiência renal, amputação de membros inferiores e outras consequências de longo prazo que afetam significativamente na qualidade de vida do doente.
De acordo com o representante da OPAS/OMS no Brasil, Joaquín Molina, para prevenir mortes e complicações causadas pela doença é necessário disponibilizar serviços de saúde acessíveis com equipamentos para diagnóstico e monitoramento.
Além disso, ele sugere educar o paciente para promover uma dieta saudável, atividade física e autocuidado; dar acesso a medicamentos essenciais para o controle da diabetes, como a insulina; checar regularmente possíveis complicações e realizar tratamento precoce.
“No caso do Brasil, essa garantia de acesso ao atendimento da saúde é explícita através do SUS [Sistema Único de Saúde] para todos seus cidadãos, e está funcionando. O Programa Mais Médicos tem inúmeros exemplos de boas práticas e sucesso na luta contra a diabetes e outras doenças crônicas”, afirmou Molina.
O Ministério da Saúde apresentou a pesquisa “Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico”, que aponta que um em cada cinco brasileiros consome doces em excesso, cinco vezes ou mais na semana.
O índice é ainda maior entre os jovens: 28,5% da população de 18 a 24 anos tem alimentação com excesso de açúcar. Nessa faixa etária, 30% também costuma beber refrigerantes diariamente.
A pesquisa monitora fatores de risco para doenças crônicas, atualmente responsáveis por 72% dos óbitos no país. Foram entrevistados por telefone 54 mil adultos (18 anos ou mais) que vivem nas capitais brasileiras.
O Ministério da Saúde também lançou o Manual do Pé Diabético para orientar profissionais de saúde na assistência ao paciente. Cerca de 20% das internações por essa doença se devem a lesões nos membros inferiores e 85% das amputações não traumáticas são precedidas de feridas.