Publicado em Educação por Agência USP de Notícias
A
Lei Federal 10639/03 determina que os conteúdos sobre história e cultura
africana e afro-brasileira devem ser abordados em todos os níveis de ensino das
redes privada e pública de todo o País. Contudo, a abordagem em sala de aula
ainda depende mais da iniciativa pessoal do professor, incluindo a busca por
material didático. Há também outros problemas que vão desde o preconceito de
professores, pais e alunos, passando pelo desconhecimento da Lei e a
deficiência na formação docente, até falhas no poder público.
“Apesar de a Lei ter sido promulgada em
2003, ainda hoje encontramos universidades que não trabalham esse conteúdo na
formação docente”, aponta o professor de Língua Portuguesa e Literatura, André
de Godoy Bueno, autor da dissertação de mestrado Literaturas africanas e
afro-brasileira no ensino fundamental II. A pesquisa foi
apresentada em agosto de 2015 na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas (FFLCH) da USP, sob a orientação da professora Vima Lia de Rossi
Martin.
De acordo com o pesquisador, há também
uma falha no poder público, desde o Ministério da Educação (MEC) até as
secretarias estadual e municipal de educação. “Era necessário oferecer formação
contínua para esses professores, pois os formados antes de 2003 provavelmente
não viram isso durante a faculdade. Se ele não se interessar em fazer cursos,
não terá esse conteúdo e não vai trabalhar isso com os alunos”, diz. [...]
Saiba mais em http://www5.usp.br/104731/ensino-de-literaturas-africanas-precisa-de-melhorias/