Tendo
garantido os recursos para a fase inicial de desenvolvimento, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) anunciou na quinta-feira (17) que a primeira vacina
contra malária do mundo será lançada na África Subsaariana, e que campanhas de
imunização terão início em 2018.
Sintomas da Malária
Tendo garantido os recursos para
a fase inicial de desenvolvimento, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
anunciou na quinta-feira (17) que a primeira vacina contra
malária do mundo será lançada na África Subsaariana, e que
campanhas de imunização terão início em 2018.
“O projeto-piloto da primeira
geração da vacina é um marco na luta contra a malária”, disse Pedro Alonso,
diretor do Programa Global contra a Malária da OMS, acrescentando que a
iniciativa fornecerá evidências valiosas para a decisão de aplicar a vacina em
larga escala.
A vacina, conhecida como RTS,S,
age globalmente contra o mais mortal dos protozoários parasitas da malária, o
Plasmodium falciparum, muito comuns na África. Baseada em resultados de testes
clínicos, a nova vacina fornecerá proteção parcial contra a malária em
crianças.
O produto foi desenvolvido por
uma parceria entre a GlaxoSmithKline e a PATH Malaria Vaccine Initiative (MVI),
com apoio da Fundação Bill & Melinda Gates e de uma rede de centros de
pesquisa africanos.
O financiamento completo para a
primeira fase do programa já foi recebido — 15 milhões de dólares — e um
compromisso adicional de cerca de 37 milhões de dólares de parceiros deve cobrir
os primeiros quatro anos.
“A OMS reconhece e elogia a
liderança e o apoio de todas as agências financiadoras e parceiros que tornaram
essa conquista possível”, disse Jean-Marie Okwo-Bele, diretor do Departamento
de Imunização da OMS.
De acordo com a organização, o
programa-piloto irá avaliar a possibilidade de entregar as quatro doses
necessárias de RTS,S; e analisará o impacto da vacina nas pessoas, assim como
sua segurança no contexto de uso cotidiano. Além disso, analisará os efeitos
protetivos da vacina em crianças de até 17 meses.
A OMS também enfatizou que a
vacina sozinha não é uma ferramenta absoluta de prevenção à malária, mas deve
ser complementar a outras iniciativas, incluindo redes de proteção contra
mosquitos, inseticidas, tratamento preventivo para crianças e durante a
gravidez, diagnóstico rápido, entre outros.