sábado, 19 de novembro de 2016

Primeira vacina contra malária será lançada em 2018 com apoio da OMS

Tendo garantido os recursos para a fase inicial de desenvolvimento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na quinta-feira (17) que a primeira vacina contra malária do mundo será lançada na África Subsaariana, e que campanhas de imunização terão início em 2018.
Sintomas da Malária

Tendo garantido os recursos para a fase inicial de desenvolvimento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na quinta-feira (17) que a primeira vacina contra malária do mundo será lançada na África Subsaariana, e que campanhas de imunização terão início em 2018.
“O projeto-piloto da primeira geração da vacina é um marco na luta contra a malária”, disse Pedro Alonso, diretor do Programa Global contra a Malária da OMS, acrescentando que a iniciativa fornecerá evidências valiosas para a decisão de aplicar a vacina em larga escala.
A vacina, conhecida como RTS,S, age globalmente contra o mais mortal dos protozoários parasitas da malária, o Plasmodium falciparum, muito comuns na África. Baseada em resultados de testes clínicos, a nova vacina fornecerá proteção parcial contra a malária em crianças.
O produto foi desenvolvido por uma parceria entre a GlaxoSmithKline e a PATH Malaria Vaccine Initiative (MVI), com apoio da Fundação Bill & Melinda Gates e de uma rede de centros de pesquisa africanos.
O financiamento completo para a primeira fase do programa já foi recebido — 15 milhões de dólares — e um compromisso adicional de cerca de 37 milhões de dólares de parceiros deve cobrir os primeiros quatro anos.
“A OMS reconhece e elogia a liderança e o apoio de todas as agências financiadoras e parceiros que tornaram essa conquista possível”, disse Jean-Marie Okwo-Bele, diretor do Departamento de Imunização da OMS.
De acordo com a organização, o programa-piloto irá avaliar a possibilidade de entregar as quatro doses necessárias de RTS,S; e analisará o impacto da vacina nas pessoas, assim como sua segurança no contexto de uso cotidiano. Além disso, analisará os efeitos protetivos da vacina em crianças de até 17 meses.
A OMS também enfatizou que a vacina sozinha não é uma ferramenta absoluta de prevenção à malária, mas deve ser complementar a outras iniciativas, incluindo redes de proteção contra mosquitos, inseticidas, tratamento preventivo para crianças e durante a gravidez, diagnóstico rápido, entre outros.