Fonte: http://www.onu.org.br/img/2012/10/omm.jpg
A Organização Mundial da Saúde (OMS)
e a Organização Meteorológica Mundial (OMM)
lançaram nesta segunda-feira (29/10) o Atlas da Saúde e do Clima,
que mostra os principais desafios atuais para a saúde provocados pelas mudanças
climáticas. O lançamento ocorreu no Congresso Meteorológico Mundial, em
Genebra, na Suíça, que será encerrado amanhã (31). O documento apresenta
exemplos práticos de como o uso de informações sobre o clima podem proteger o
bem-estar mundial.
Dentre suas conclusões, o Atlas ressalta que
a cooperação entre os serviços de meteorologia, emergência e saúde já está salvando vidas. Em Bangladesh,
as mortes por ciclones diminuíram de 500 mil em 1970 para 3 mil em 2007. O
documento também prevê que o uso doméstico de fontes limpas de energia
reduziria as mudanças climáticas e salvaria as vidas de 680 mil crianças por
ano como consequência da redução da poluição do ar.
As condições de extremo calor, esperadas de
20 em 20 anos, podem ocorrer a cada dois a cinco anos em meados deste século.
Ao mesmo tempo, o número de idosos no mundo deve quadruplicar, chegando
a 1,4 bilhão em 2050. A colaboração entre a saúde e a meteorologia pode
direcionar medidas para proteger as pessoas nos períodos de clima extremo.
“Prevenção e preparação são o coração da
saúde pública. A gestão de riscos é um dos nossos principais deveres.
Informações sobre a variabilidade e as mudanças climáticas são uma poderosa
ferramenta científica que nos auxilia nestas tarefas”, disse a Diretora-Geral
da OMS, Margaret Chan. “O clima tem um impacto profundo sobre a vida e
sobrevivência. Serviços meteorológicos podem ter impacto profundo na melhoria
dessas vidas, também por meio de melhores resultados em saúde.”
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