O custo estimado dos
impactos de desastres naturais na América Latina e Caribe é superior a dois bilhões de
dólares por ano, afirmou em artigo o especialista em gestão de
desastres naturais do Banco Mundial, Joaquin Toro. Para ele, a América Latina
está localizada em uma das áreas mais propensas a desastres naturais, e não
tomou medidas suficientes de prevenção. Nove dos 20 países mais expostos ao
impacto econômico de um desastre estão localizados na região.
Entretanto, isso não significa
que nenhum progresso tenha sido feito, escreveu Toro. A redução do risco de
desastres está cada vez mais presente na agenda dos governos na América Latina.
Toro chamou atenção para um
dos eventos mais importantes do mundo sobre a avaliação de risco: Compreensão
de Risco Brasil(URBR), uma espécie de
maratona de ideias para compartilhar experiências e inovações na área de
avaliação de risco. Ocorrendo de 12 a 14 de novembro em Belo Horizonte, será a
primeira versão do evento a ser realizada no Brasil.
Toro também dá exemplos de
ações que deram certo em outras partes do mundo e chama os governos a atuar
mais efetivamente para obtenção de resultados positivos.
Entre as iniciativas
citadas, estão: o CAPRA (avaliação probabilística do risco), que há dois anos
era apenas um protótipo e já é usado em vários países da América Latina e no
sul da Ásia; Iniciativa Arquivos Abertos, que começou timidamente após o
terremoto no Haiti e agora permite ver vários projetos na África, com a
ferramenta Open Street Map; o Modelo Global de Terremoto (GEM por sua sigla em
Inglês); e, finalmente, avanços na aplicação de estratégias financeiras,
baseados no conhecimento do risco de vários países.