domingo, 4 de março de 2018

ONU MULHERES - Gênero na Escola e na Universidade

ESCOLAS – ENSINO MÉDIO: INVENTÁRIO, CURRÍCULO E PLANOS DE AULA

A iniciativa O Valente não é Violento, que atua pelo fim de estereótipos de gênero e comportamentos machistas, produz conteúdo pedagógico livre, para colaborar na formação de estudantes no Brasil. A oferta pública de materiais se integra ao Dia Laranja deste mês, celebrado a cada dia 25 no mundo inteiro, pela campanha do Secretário Geral da ONU “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres”


Para prevenir a violência decorrente do machismo nas escolas, a iniciativa O Valente não é Violento, integrada à campanha do Secretário-Geral da ONU “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, traz um Currículo de Gênero para conscientizar meninos e meninas sobre o direito das mulheres de viver uma vida livre de violência. As aulas abordam os seguintes temas: Sexo, gênero e poder; Violências e suas interfaces; Estereótipos de gênero e esportes; Estereótipos de gênero, raça/etnia e mídia; Estereótipos de gênero, carreiras e profissões: diferenças e desigualdades e Vulnerabilidades e Prevenção. O projeto foi financiado pelo União Europeia e revisado pela área de Projetos de Educação da UNESCO.
A campanha da ONU reconhece as instituições de ensino como contextos privilegiados para uma formação integral de meninos e meninas e para o exercício da cidadania, considerando seu papel central na promoção de mudanças sociais.


Para a elaboração do currículo, foram pesquisados marcos legais e políticos que apontam para a necessidade da inclusão de discussões acerca desses temas no espaço escolar e experiências de trabalho capitaneadas pelas políticas públicas e por organizações da sociedade civil. O programa considera as diretrizes do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM 2013-2015), que apontam para a necessidade de promover a inserção de temas voltados para a igualdade de gênero e valorização das diversidades nos currículos, materiais didáticos e paradidáticos da educação básica. O PNPM destaca, ainda entre os seus objetivos, a necessidade de “consolidar na política educacional as perspectivas de gênero, raça, etnia, orientação sexual, geracional, das pessoas com deficiência e o respeito à diversidade em todas as suas formas, de modo a garantir uma educação igualitária e cidadã”.
A ONU Mulheres percebe a inclusão de discussões sobre as temáticas de gênero nos currículos necessária para a formação de professoras e professores do ensino médio, favorecendo análises e processos de reflexão sobre as desigualdades de gênero, étnicorracial, geracional, diversidade sexual, identidade de gênero e as violências.
Educadoras, educadores s e organizações podem entrar em contato para saber mais sobre o currículo da ONU Mulheres pelo e-mail ovalentenaoeviolento@gmail.com
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UNIVERSIDADES


No marco da campanha do Secretário-Geral da ONU “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, a ONU Mulheres, grupos de estudos de gênero e raça das universidades brasileiras, coletivos feministas e a Diretoria de Mulheres da UNE (União Nacional dos Estudantes) se juntam para dizer não à violência simbólica e física contra calouras e calouros nos trotes universitários. Em 6 de fevereiro de 2015, foi divulgada a Carta pelo Fim do Trote Violento contra Gênero e Raça, com o intuito de expressar publicamente um compromisso institucional a favor de mulheres, trans, lésbicas, gays, negras e negros, que há anos são vítimas da violência nos trotes.
Nos últimos anos, surgiram no Brasil diversas denúncias contra trotes universitários organizados por veteranos, que lançam mão de práticas machistas, lesbofóbicas, homofóbicas, transfóbicas e racistas contra calouras e calouros. Ano após ano, esse grupo é submetido a atividades agressivas definidas por veteranos, nas festas das faculdades e dentro das residências estudantis – a maioria deles, homens brancos e de classe média alta.
Entre as atividades propostas na Carta para dar fim a essas práticas violentas estão a elaboração de uma campanha de mídia e advocacy contra o trote violento, que conscientize universitárias e universitários a respeito da violência de gênero e raça, e a formação de uma rede institucionalizada de apoio, com a implementação de comitês de apuração e ouvidorias.