domingo, 28 de maio de 2017

Instituto de Ciências Biomédicas reabre Museu de Anatomia Humana

Projeto visual do novo espaço foi desenvolvido por alunos do curso de Design da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU)


Foi reinaugurado, no dia 24 de maio, o Museu de Anatomia Humana do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). A cerimônia, que reuniu dirigentes da Universidade, professores, servidores técnicos e administrativos e alunos, lotou o Anfiteatro Luiz Rachid Trabulsi, localizado nas dependências do instituto.
O evento teve início com a apresentação De 1914 a 2017: Professor Alfonso Bovero e o Museu de Anatomia Humana, feita pelo curador e presidente do Conselho do museu, Edson Liberti.
Liberti, que é professor titular do Departamento de Anatomia do ICB, fez um breve histórico da formação do acervo do museu, que começou com os trabalhos e a coleção pessoal do anatomista e médico italiano, Alfonso Bovero.
Bovero migrou para o Brasil em 1914, para integrar o corpo docente da então Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, hoje Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).
O acervo passou a receber visitantes a partir de 1960 na FMUSP e, em 1997, foi transferido para o ICB. Foi fechado para reforma em 2014, período pelo qual passou por uma reformulação.
Para desenvolver o novo projeto visual do museu, Liberti contou com a colaboração de alunos do curso de Design da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, Henrique José dos Santos Dias, Leonardo Takashi Miyata, Rafael Eiji Saito, Rafael Jun Abe, Vinícius de Jesus Correia e Silva e Yasmin Ghazzaoi, e com o auxílio da analista de Comunicação do ICB, Maria Lúcia de Campos Motta.
O grupo desenvolveu uma nova formatação para o espaço, aliando os estudos de Anatomia a um ambiente moderno e interativo. A disposição do acervo propõe uma imersão pelo corpo humano por meio dos sistemas nervoso central e periférico, muscular, esquelético, articular, circulatório, respiratório, digestório e urogenital.
A exposição também abriga o espaço Cápsula Bovero, que reproduz parte do escritório do anatomista e onde está instalada uma das mesas de mármore que Bovero utilizava em suas aulas e dissecções. Há também espaços dedicados à exposição de técnicas especiais de conservação, fetos e anomalias.
Além disso, foi criada uma sala com peças anatômicas artificiais para que os professores possam trabalhar os conceitos com os estudantes que visitarem a exposição.
O restauro e a escolha das 200 peças que compõem o acervo atual foram feitos por alunos de Pós-Graduação do ICB. [...]