domingo, 28 de maio de 2017

Crescimento lento poderá deixar 6,5% da população global na pobreza extrema, diz ONU

Segundo novo relatório divulgado pelas Nações Unidas, o lento crescimento econômico global deixará 6,5% da população global em situação de extrema pobreza até 2030. Fórum no Conselho Econômico e Social (ECOSOC) discute como financiar implementação da agenda de desenvolvimento sustentável da ONU.

Reunindo análises de mais de 50 instituições internacionais como o Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), um documento lançado nessa segunda-feira (22) alerta para a necessidade urgente de aumentar os investimentos em longo prazo no desenvolvimento sustentável e enfrentar a vulnerabilidade econômica.
O relatório, divulgado pelas Nações Unidas, destaca que o lento crescimento econômico global deixará 6,5% da população global em situação de extrema pobreza até 2030.
“O investimento acelerado em infraestrutura sustentável ajudará a estimular o crescimento global equilibrado”, afirmou Wu Hongbo, subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Econômicos e Sociais.
De acordo com o relatório, a manutenção do “status quo” prejudicaria seriamente os esforços para alcançar as metas de desenvolvimento sustentável, previstas na Agenda 2030.

‘Promessas feitas devem ser promessas cumpridas’

Promessas feitas para financiar a implementação de metas de desenvolvimento sustentável devem ser promessas cumpridas, apontam os discursos na abertura do Fórum do Conselho Econômico e Social (ECOSOC) das Nações Unidas.
O evento faz parte de um processo intergovernamental para rever a Agenda de Adis Abeba, documento adotado pelos Estados-membros das Nações Unidas em 2015 que fornece bases para implementação da agenda de desenvolvimento sustentável.
O Fórum, que acontece entre os dias 22 e 25 de maio em Nova Iorque, examina de perto elementos-chaves para esse roteiro, incluindo a necessidade de investimentos de alta qualidade em longo prazo e medidas urgentes para melhorar o bem-estar de pessoas em situação de pobreza e vulnerabilidade.