terça-feira, 12 de abril de 2016

Plano de saneamento do Brasil vai sofrer atraso de pelo menos 20 anos



DIMMI AMORA
DE BRASÍLIA

A universalização de serviços de saneamento básico no Brasil, coleta de esgoto e rede de água, só será alcançada no atual ritmo após 2050, mais de 20 anos depois do prazo previsto no plano oficial do governo federal.

É o que aponta estudo da CNI (Confederação Nacional da Indústria) com base em dados oficiais sobre andamento de obras do setor.

Os gastos para cumprir a meta estabelecida pelo próprio governo no Plansab (Plano Nacional de Saneamento Básico) são insuficientes –teriam que ser dobrados para alcançá-la.

Mas é a burocracia para fazer as obras de canalização de esgoto e implantação de rede de água a principal vilã do baixo desempenho do setor, segundo o levantamento.

"O município faz um projeto para saneamento, mas demora 22 meses para que o governo libere o recurso. Num ambiente urbano dinâmico, esperar 22 meses significa ter que pensar tudo de novo", diz Ilana Ferreira, analista de políticas e indústria da CNI.

Na vida prática, não ter saneamento significa prejuízo para todos.

Do sistema de saúde, que fica mais sobrecarregado com crianças e adultos doentes, às empresas, que sofrem com mais ausências no trabalho e dificuldades para fazer investimentos.

"A correlação das regiões de IDH baixo e áreas com baixo índice de atendimento de serviço de saneamento é alta", aponta Ferreira.

Saneamento, a espera


Plano de oferecer saneamento para toda a população até 2033 deve atrasar ao menos 20 anos [...]

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