terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Arte do Riso

Os Três Patetas
(The Three Stooges, no original)
foi um grupo cômico estadunidense do século XX, em atividade desde 1922 até 1970, mais conhecido por seus numerosos curta-metragens. A primeira e mais memorável formação do trio consistia em Moe Howard, Larry Fine e Curly Howard.
Curly retirou-se do grupo após sofrer um derrame cerebral, e o cargo de "terceiro pateta" foi ocupado por diferentes comediantes ao longo dos anos: Shemp Howard, depois Joe Besser, e finalmente Joe DeRita.
O grupo protagonizou 190 curta-metragens para a Columbia Pictures entre 1934 e 1958, cuja comicidade era marcada pela extrema comédia pastelão e farsa física.
Depois do cinema, os curtas foram exibidos na televisão, possibilitando que o trio seja conhecido pelas novas gerações.
Os Três Patetas ainda mantêm uma imensa popularidade em muitos países.




CINEMA: O despertar das mais diferentes emoções!!!

Esta é uma lista de gêneros de filmes que são normalmente utilizados para fins de categorização comercial. Nos últimos tempos têm-se vindo a abandonar a divisão dos filmes por gêneros.

Lançamento Literário em Uberlândia/MG


"A ILUSÃO DE AVATAR OU A REALIDADE DO CÉU?"

Livraria Pró Século

Rua Quintino Bocaiúva, 457 - Uberlândia/MG

02 de Dezembro de 2010 - quinta-feira

15 horas

A Arte da Comunicação

José Abelardo Barbosa de Medeiros (Surubim, 30 de setembro de 1917Rio de Janeiro, 30 de junho de 1988), o Chacrinha, foi um grande comunicador de rádio e considerado o maior nome da televisão no Brasil, como apresentador de programas de auditório, enorme sucesso dos anos 1950 aos 1980.
Foi o autor da célebre frase: "Na televisão, nada se cria, tudo se copia".
Em seus programas de televisão, foram revelados para o país inteiro nomes como Roberto Carlos, Paulo Sérgio e Raul Seixas, entre muitos outros.
Desde os anos 1970 era chamado de Velho Guerreiro, conforme homenagem feita a ele por Gilberto Gil que assim se referiu a Chacrinha numa conhecida letra de canção que compôs chamada "Aquele Abraço".


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A arte do Desenho

Desenho à Nanquim

O desenho é um suporte artístico ligado à produção de obras bidimensionais, diferindo, porém, da pintura e da gravura.
Neste sentido, o desenho é encarado tanto como processo quanto como resultado artístico.
No primeiro caso, refere-se ao processo pelo qual uma superfície é marcada aplicando-se sobre ela a pressão de uma ferramenta (em geral, um lápis, caneta ou pincel) e movendo-a, de forma a surgirem pontos, linhas e formas planas.
O resultado deste processo (a imagem obtida), portanto, também pode ser chamada de desenho.
Desta forma, um desenho manifesta-se essencialmente como uma composição bidimensional formada por linhas, pontos e formas.


A representação do homem vitruviano, como imaginado por Leonardo da Vinci, é um dos desenhos mais conhecidos do mundo
O desenho envolve uma atitude do desenhista (o que poderia ser chamado de desígnio) em relação à realidade: o desenhista pode desejar imitar a sua realidade sensível, transformá-la ou criar uma nova realidade com as características próprias da bidimensionalidade ou, como no caso do desenho de perspectiva, a tridimensionalidade.

Saiba mais em:



Inesquecível!!!


Coordenado por Alice-Maria, editado por Theresa Walcacer e escrito por Wilson Aguiar, o Globinho  foi o primeiro telejornal para crianças e jovens da televisão brasileira, noticiando fatos e assuntos do universo adulto utilizando uma linguagem mais acessível a crianças e adolescentes, estimulando seu envolvimento com as artes e atividades educativas em geral.
O Globinho estreou em 1972 com uma edição diária de segunda a sexta, às 11h45, tendo 15 minutos de duração. Em setembro de 1973, o programa deixou de ser exibido às sextas-feiras. Ficou no ar até fevereiro de 1974. Retornou à grade em novembro daquele mesmo ano, desta vez exibido em cinco edições diárias, de cinco minutos cada, espalhadas pela programação.
O telejornal chegou a apresentar filmes estrangeiros, com locução em off de Ronaldo Rosa. Em 1975, Berto Filho passou a ser o locutor do programa e Fernanda Marinho assumiu o cargo de editora-chefe.
Em março de 1977, o Globinho sofreu as primeiras mudanças. O esquema anterior – com diversas edições sem horários pré-determinados – dificultava a aceitação pelo público infantil. Para mudar esse quadro, o Globinho passou a ter apenas duas edições diárias, de cinco minutos, apresentadas às 11h55 e às 17h55. A primeira edição era a reprise da segunda do dia anterior, o que dava oportunidade às crianças com horário escolar diverso de assistirem ao programa.
Outra novidade foi a entrada de Paula Saldanha como apresentadora para assegurar a credibilidade do formato de telejornal. Além de comandar o programa, a jornalista produzia uma seção sobre literatura, mostrando as novidades no mercado de livros para crianças, desde as primeiras letras até a adolescência. A seção explicava a importância da leitura como elemento educativo e de lazer e informava preços e locais onde encontrar os livros.
A produção do programa era local e bastante versátil, ilustrando as notícias e reportagens com mapas e filmes educativos. A única seção fixa chamava-se "Serviço Infantil", com informações de utilidade pública. Às sextas-feiras, ia ao ar um roteiro de programação para o final de semana, com indicações de filmes, peças de teatro e opções de lazer. O Globinho também foi um dos primeiros programas da televisão brasileira a produzir matérias sobre problemas ecológicos. Uma série de reportagens sobre meio-ambiente foi exibida aos sábados sob o nome de "Globinho Repórter".
A partir de 1978, em edição nacional, Globinho voltou a ter 15 minutos de duração, dos quais cinco eram dedicados a reportagens locais. Esse novo formato abriu espaço para a apresentação de desenhos e animações, todos de grande sucesso como Barbapapa, Mio e Mao, Vermelho e Azul, A linha, Areia, Dragetto, Dr. Sinuca, Petratel, Toupeirinha e O patinho Quá-Quá.
O programa também iniciou um trabalho de renovação do seu aspecto visual – realizado pela artista plástica Patrícia Gwinner, que introduziu gradativamente mais colorido e movimento aos cenários.
Buscando estreitar os laços com o público infanto-juvenil, o Globinho promoveu eventos como uma campanha de arborização e concursos de fotografia e histórias em quadrinhos. A resposta dos telespectadores foi positiva e a audiência média do Globinho no Grande Rio aumentou. A equipe, nessa época, era dividida por estados, onde havia edições locais do programa. No Rio de Janeiro, estavam Paula Saldanha (apresentação e reportagens), Fernanda Marinho (edição), Ricardo Madeira (reportagens), Vilma Gomez, Patrícia Gwinner (arte), Irlandino Silva (montagem) e Laila Andrade (assistência de produção).

Os Contos de Andersen

 O Soldadinho de Chumbo


Hans Christian Andersen
(Odense, 2 de Abril de 1805Copenhague, 4 de Agosto de 1875) foi um poeta e escritor dinamarquês de histórias infantis. O pai era sapateiro, o que levou Andersen a ter dificuldades para se educar, mas os seus ensaios poéticos e o conto "Criança Moribunda" garantiram-lhe um lugar no Instituto de Copenhague.
Escreveu peças de teatro, canções patrióticas, contos, histórias, e, principalmente, contos de fadas, pelos quais é mundialmente conhecido.
Publicou ainda: O Improvisador (1835), Nada como um menestrel (1837), Livro de Imagens sem Imagens (1840), O romance da minha vida (autobiografia em dois volumes, publicada inicialmente na Alemanha em 1847), mas a sua maior obra foram os contos de fadas (Eventyr og Historier, ou Histórias e Aventuras) que publicou de 1835 à 1872, onde o humor nórdico se alia a uma bonomia sorridente, e onde usa simultaneamente a base constituída por contos populares e uma ironia dirigida aos contemporâneos.


A Pequena Sereia






Festival de Cultura e Arte de Araxá 2010


O ACIA FestNatal Araxá 2010 é um evento da Fundação Cultural ACIA, para valorizar a cultura e promover talentos na época natalina.
Para este ano, estão programadas mais de 70 atrações gratuitas, muitas inéditas, entre elas corais, artes cênicas, orquestras, esquetes, recitais, teatros e bandas dos mais variados estilos musicais.


sábado, 27 de novembro de 2010

Pare, leia e reflita!!!

O que é o Natal pra você?

Por Alessandra Leles Rocha

                Há menos de um mês para o Natal me pergunto se realmente a humanidade consegue entender essa data além da superficialidade festiva das decorações. Natal é antes de tudo o aniversário de Cristo; mas, para quem já se acostumou a entrar “de penetra” em tantas festas sem ao menos conhecer o aniversariante, não reverenciá-lo de forma especial e merecida parece plenamente normal nos dias de hoje. Mas, não é!
            Independente se Cristãos ou não, muito além da significância de Jesus Nazareno enquanto figura histórica e representativa no contexto sociológico da humanidade, o Natal resgata a reflexão dos valores humanitários sob a ótica individual e coletiva. Não se trata meramente de um momento religioso, de um ato de fé professado por um grupo de pessoas que acredita e reverencia a cristandade. Após onze meses de intenso trabalho e atividade, dezembro se abre para a profícua oportunidade de extrair de nossas almas sentimentos tais como a comunhão, a fraternidade, a união, a caridade, a esperança, a fé, o amor ao próximo; certamente lições ensinadas por Cristo, mas não somente por ele. Nem todos serão de fato arrebatados por essa atmosfera acolhedora, seja em que mês do ano for, mas é o que paira no ar sobre todos nós, independente de nossa vontade! A receptividade, a abertura interior, o despojamento, isso virá da essência que cada um reserva em si mesmo. E no âmbito dessa dependência da vontade individual de evoluir, em se tornar um ser humano melhor, é que o Natal parece a cada ano mais distante do seu verdadeiro valor.
            Papai Noel, o bom velhinho, garoto propaganda do marketing consumista da ocasião; creio que até mesmo ele encontra-se descrente diante de tão atroz realidade. As novas gerações não respiram mais a ingenuidade do seu encanto e nem se contentam mais com presentes simples; as cartinhas não são mais escritas à mão, nada de sapatinhos na janela, ninguém espera a chegada dele, pois os presentes (comprados com antecedência) já estão sob a árvore. É preciso novidades high tech para “não ficar por baixo” entre os amiguinhos da escola ou do bairro, as quais, no fundo, eles desde cedo já aprenderam que não vêm trazidas pelo trenó mágico, mas pelas mãos de papais e mamães que foram ao shopping.
            Entre bolas coloridas e muito festão verde esperança, assistimos através da imprensa ao massacre da guerra urbana no Rio de Janeiro, aos mísseis disparados contra a Coreia do Sul pela Coreia do Norte, a total apatia na reconstrução do Haiti após o terremoto levando milhares de pessoas a morrerem de cólera pela ausência de saneamento básico, o descaso com a saúde pública em nosso país,...  onde estará de fato o espírito do Natal? Seres humanos versus seres humanos, nem mesmo entre seus próprios pares lateja o instinto de preservação da própria espécie! Acima da vida, da sobrevivência, do ser humano, está o poder mascarado por diversas feições: dinheiro, influência, ambição, manipulação, controle, superioridade... onde os fins justificam todos os meios.
            Então, comemoraremos o quê? A desordem, o retrocesso, a inversão dos valores? O que nos adianta uma mesa farta e uma alma vazia? O que nos adiantam presentes diversos se não somos capazes de sermos humanos? Estamos comemorando, não apenas no Natal, mas diariamente, a falência de nossa própria existência. Gente de carne e osso, que perdeu a noção do que isso significa e prefere se transformar em boneco de neve, sem sentimento, sem emoção.
            Um Feliz Natal só pode existir quando há liberdade, igualdade e fraternidade entre as pessoas, quando o diálogo consegue aparar as arestas, quando o preconceito cede espaço ao conhecimento e a aceitação das diferenças como molas propulsoras ao desenvolvimento e ao sucesso, quando o “EU” só se sente inteiro na presença do “NÓS”. Sem barreiras, sem fronteiras, sem guias, munidos somente da melhor energia que habita em nós alcançaremos sem dúvida o presente de desfrutar um Feliz Natal. Ao desejar um Feliz Natal, um Feliz Ano Novo, que seu desejo venha de fato embrulhado nas mais profundas convicções do que isso significa; ou seja, feliz, isento de infelicidade, de lamúria, de pesar, de tristeza. Que essa felicidade verta de dentro para fora da sua alma e banhe o seu redor, fruto da transformação perene e individual de cada um de nós. Que não sintamos mais vergonha da felicidade de nutrir os bons e melhores valores e sentimentos; mas, tenhamos profundo constrangimento por todos aqueles que são desprezíveis e que estão aniquilando o nosso planeta, a nossa casa, a nossa espécie. 

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

João Barone produz documentário sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra

O “Caminho dos Heróis” mostra que até hoje, na Itália, onde o Brasil lutou, existe um respeito pelos brasileiros.

O músico João Barone, além de integrante de uma das mais famosas bandas do país, os Paralamas do Sucesso, também se dedica a outra paixão: o tema Segunda Guerra Mundial.
Sessenta e cinco anos depois do fim do conflito, ele está preparando um documentário sobre a participação do Brasil na guerra. Veja em vídeo cenas inéditas. O documentário “Caminho dos Heróis” mostra como os italianos observam, hoje em dia, a participação do Brasil na guerra.
Barone diz que até hoje, na Itália, onde o Brasil lutou, existe um respeito pelos brasileiros. Ele espera trazer o clima que encontrou no país europeu para o cinema no Brasil.

Saiba mais sobre a FEB em:







Arte Moderna

Arte Moderna é o termo genérico usado para editar a maior parte da produção artística do fim do século XIX até meados dos anos 1970 (embora não haja consenso sobre essas datas e alguns de seus traços distintivos), enquanto que a produção mais recente da arte é chamada frequentemente de arte contemporânea (alguns preferem chamar de arte pós-moderna).
A arte moderna se refere a uma nova abordagem da arte em um momento no qual não mais era importante que ela representasse literalmente um assunto ou objeto (através da pintura e da escultura) -- o advento da fotografia fez com que houvesse uma diminuição drástica.










Brunch no Mosteiro de São Bento, em São Paulo



São Paulo é mesmo uma cidade que não cansa de me surpreender.
Às 10hs no Mosteiro de São Bento, ouvindo o relaxante canto gregoriano dos monges beneditinos na acústica mais do que perfeita da igreja; seguir para o teatro do Mosteiro (uma construção belíssima de 1902) e assistir a um espetáculo de música ou dança; ver uma exposição de arte sacra barroca e finalizar o programa desfrutando um fantástico brunch na iluminada sala de refeições do Mosteiro.
O brunch aliás dá um capítulo à parte. Comandado pelo Buffet Lia Tulmann (nas mãos talentosas de Lia e Marcela), o brunch oferece um cardápio tão bom, mas tão bom, que só não dá para chamar de pecado porque um dos monges já se encarrega de fazer uma oração antes de começar a comilança - no mínimo porque ele já sabe que o que virá a seguir será pura tentação, quer ver?
O serviço é impecável e extremamente simpático e a trilha fica por conta do piano ao vivo, que completa a delícia de ambiente que eles conseguiram montar.
E já que o que é bom não deve mesmo se tornar corriqueiro, o programa acontece apenas no último domingo de cada mês e os convites custam 99 dinheiros o que com certeza já não torna o passeio corriqueiro mesmo!
Os lugares são limitados e concorridos e devem ser reservados com antecedência no próprio Mosteiro ou através do telefone (11) 2440-7837 com Silvia.
Eu digo que vale muito a pena se presentear com um passeio desses.
Tai, um jeito lindo de recarregar as energias para a semana. Recomendo!!!
Ao final do programa, não deixe de passar na lojinha da Padaria dos Monges para levar pra casa as delícias feitas por lá.

Cursinho alternativo para alunos surdos - Universidade Federal de Uberlândia


Leia os artigos abaixo e conheça um pouco mais sobre este trabalho fantástico de inclusão escolar.





quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Crônica

A paz do infinito

Por Alessandra Leles Rocha

            Tudo o que eu mais queria neste dia, ou melhor, nos últimos tempos, era ganhar uma viagem ao espaço e poder desfrutar da paz e do silêncio que se perpetuam por lá; viver a experiência fantástica de se despojar de tudo por um tempo e recobrar as forças, os sentidos. Jamais até esse momento tinha de fato sentido bater tão forte e extremado o peso rude do cotidiano contemporâneo.
            Ele não chega mais em ondas, como cantava suave Lulu Santos na década de oitenta; é um tsunami por minuto, uma rebordosa atrás da outra para ser superada num piscar de olhos. Somos literalmente dragados por essa força estranha que nos toma de assalto e nos obriga a enfrentar o conhecido e o desconhecido do dia a dia.
            Haja força! Haja equilíbrio! Haja lucidez! Haja corpo que consiga suportar os golpes do consciente e do inconsciente, que seja verdadeiramente capaz de drenar a enxurrada de toxinas que percorrem nosso complexo sistema corpóreo na velocidade da luz. A sensação é de nocaute total! Percorremos no imaginário dessa realidade violenta os quilômetros extenuantes da maratona, sem ao menos sairmos do lugar; apenas, pensando, exercitando as faculdades mentais.
            Se por um lado noz diz à ciência que a expectativa de vida aumentou; por outro, a realidade parece querer encurtá-la com avidez. Não depende somente de nós o cuidado com a vida, com a saúde! É claro que podemos fazer muita coisa nesse sentido; mas, não podemos viver em uma bolha isolada dos problemas de todas as naturezas, que teimam em nos rodear. Procuramos fazer o máximo e o melhor que está em nossas mãos; entretanto, nem sempre isso será o suficiente para blindar-nos nessa grande batalha.
            O dia nos parece cada vez mais insuficiente, menos proveitoso. Começa e termina sem cerimônia, sem grandes novidades, sem purpurina e glamour; começa e termina porque tem que cumprir a labuta, o acordo de cavalheiros entre o sol e a lua. Lá vamos nós, seguindo o roteiro, perseguindo afoitos e desesperados os ponteiros do relógio, as areias do tempo; cada vez mais cansados, menos dispostos. Mesmo quando tudo para, nas breves horas da madrugada, aquelas em que a brisa nos acaricia em sonho a face, o cérebro ainda ferve, trabalha como se estivesse ligado ao mais potente gerador de ideias, amedrontado pelo risco de se deixar repousar tranquilo e perder os compromissos do dia seguinte. A carcaça humana segue o exemplo e também não se entrega ao deleite do descanso, vira e revira perturbada sobre a cama, como se nela houvesse espinhos, urtigas, ou pregos.
            Ah! Como seria maravilhoso romper as amarras e voar livre na imensidão azul, como fazem os astronautas! Omitir para a consciência o que nos aflige direta ou indiretamente. Penetrar a retina apenas com a beleza sideral, distante das guerras, das tragédias humanas. Pacificar nossas dores através do bálsamo reconfortante da reflexão silenciosa. Remendar os rasgos profundos de tantas feridas que não temos deixado cicatrizar como deveriam. Sim! Do alto impenetrável do universo talvez pudéssemos renascer para prosseguir a jornada como se deve.
            Contudo, se lá não podemos estar em corpo presente, podemos sim transcender as barreiras desse desejo e postar-nos contemplantes do céu, totalmente absorvidos pelo visgo enigmático das esculturas prateadas em suspensão. Nesse enamorar distante, cujo diálogo silencioso se aprofunda em intrigantes descobertas e revelações, a paz que anseia nossa vida parece enfim nos encontrar. Não uma paz triste e melancólica, mas uma paz reconstrutora do corpo e da alma, um sopro de vida sobre nossos caminhos.