Giovanni Santa Rosa / Agência USP de
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Além dos hábitos alimentares e do
estilo de vida, mais um aspecto pode estar relacionado à obesidade infantil: o
fator emocional. Uma pesquisa realizada pela psicóloga Ana Rosa Gliber no
Instituto de Psicologia (IP) da USP revela que o ganho de peso em crianças pode
estar associado a situações de perda e características de personalidade e que
pode haver a necessidade de psicoterapia no tratamento do problema.
Ana identificou, na dissertação de
mestrado Um estudo compreensivo da personalidade de crianças
obesas: enfoque kleiniano,
a relação entre o ganho de peso e situações traumáticas ou de perda. Ela
analisou a personalidade de seis crianças que não possuíam transtorno orgânico
que justificasse a obesidade. Comer demais, para elas, é uma forma de amenizar
o sofrimento e trazer tranqulidade. “Elas tentam preencher o vazio emocional e
lidar com os problemas comendo, pois essa é uma forma de manter algo bom dentro
de si. Se você tira isso, ela sente que perdeu algo bom”, afirma. Daí a
importância da psicoterapia.
A pesquisadora também observou, em
todos os casos, a presença de um problema amplamente discutido nos dias atuais:
o bullying, ato de intimidação ou agressão, que pode ser psicológica ou física,
praticado geralmente por um grupo de pessoas. As seis crianças passavam por
situações do tipo, que as levavam ao isolamento e à depreciação de si, o que
agravava ainda mais a questão psicológica que levava à obesidade.(...)
Leia a matéria completa em http://www5.usp.br/16168/obesidade-infantil-pode-estar-ligada-a-fatores-psicologicos-revela-pesquisadora-do-ip/