sexta-feira, 18 de maio de 2012

Cultura & Cidadania: Exposição mostra como arte de mulheres contribuiu para resistência política no Chile


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É possível resistir politicamente por meio da produção de arte ou artesanato? Exposição que será aberta hoje (sexta, 18), no Centro Cultural UFMG, mostra que sim. Até 24 de maio, serão expostas arpilleras (produtos de técnica têxtil elaborados em pano rústico, com linhas, objetos diversos e retalhos de tecidos) através das quais as mulheres denunciavam problemas e enfrentavam abusos da ditadura.
Durante o regime militar chileno, que durou de 1973 a 1989, as arpilleras mostravam o que estava acontecendo e se constituíam numa forma de luta pela verdade e pela justiça. Além disso, eram atividade cooperativa e fonte de renda. As arpilleras que serão exibidas no Brasil pertencem à pesquisadora chilena Roberta Bacic, curadora da exposição.
Como parte das atividades da mostra Arpilleras da Resistência Política Chilena, será realizado no dia 18 de maio, às 19h30, o debate Direitos Humanos: Comissão da Verdade Brasil e Chile. E haverá oficinas gratuitas de tecelagem em que o público poderá criar arpilleras, aprendendo a técnica de contar uma história ou conflito com agulha e linha. As inscrições, gratuitas, encontram-se abertas até esta sexta, 18. Os eventos resultam de iniciativa do projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
Programação
10h Abertura
19h30 Debate – Diretos Humanos: Comissão da Verdade Brasil e Chile
Exposição
De 18 a 24
Segunda a sexta, 10h às 21h
Sábado e domingo, 10h às 18h
Oficinas de tecelagem – Arpillera
Dia 22 a 23, 14h às 18h
Inscrições gratuitas
Mais informações estão no site do projeto.

O Centro Cultural UFMG fica na Praça da Estação, na avenida Santos Dumont, 174, esquina com rua da Bahia, Centro de Belo Horizonte (telefone: 3409-8291).