sábado, 7 de maio de 2011

Homenagem ao Dia das Mães!!!

Diferentes na sua igualdade

Por Alessandra Leles Rocha

         Sensibilidade? Observação? Zelo? Precaução?... E tantas outras milhares de palavras a delinear o contorno poético da mais bela atribuição da vida: a maternidade. Em meio ao turbilhão de surpresas, da ausência de manuais ou regras de sobrevivência, coube a essência feminina a nobre tarefa de ser MÃE.
      Preparadas na ínfima molécula que compõe o seu DNA, ainda que não conjecturem sobre a perspectiva dessa experiência singular, elas sabem que foram escolhidas por reunir as mais valorosas qualidades humanas. Por detrás da imagem mais frágil que uma mulher possa ostentar há um gigante de força infinita para superar as adversidades, sem perder o brilho nos olhos e a candura no falar. Que braços poderiam ser melhores para acolher a vida do que esses?
      Apesar de todos os rodopios do mundo e das transformações pelas quais passou a humanidade, a maternidade não perdeu seu lugar de direito; certamente se readaptou aos moldes de um cotidiano apressado, ou a necessidade social e econômica de planejar a chegada de um filho, ou as preocupações em torno da violência que aflige a sociedade. Entretanto se algumas alcançam a maternidade muito precocemente, ou outras mais tardiamente; a verdade é que o instinto materno é chama cálida e perene.
      Infinita como o universo, a maternidade se propaga em ciclos; enquanto algumas gestam, outras dão a luz, outras se preparam para conceber e a vida transcorre plena no propósito de que o amor floresça cada vez mais contagiante. No meio desse processo infelizmente haverá quem deserte, quem se abdique em prosseguir, quem se deixe vencer pelo cansaço da missão, quem se exaspere diante dos obstáculos; afinal, todas as regras possuem exceções.
      O fundamental é que na contemplação dessas criaturas angelicais, que carregam no ventre a bendita história da vida, sentimos o vento soprar um ar mais purificado e leve, o ambiente se iluminar com mais cor e alegria; ainda que, as sensações não consigam de fato dissipar todas as mazelas existentes no dia a dia. Mas, apenas em tê-las por perto, por saber que elas acalentam a semente preciosa da esperança, nos sentimos sim mais fortalecidos e encorajados a prosseguir na jornada.
      Assim como o planeta Terra é a nossa mãe acolhedora de milhões de seres, as mães humanas de ontem, de hoje e de amanhã renovam seus votos maternais em favor do mundo. Em cântico ou em prece as mães se unem para fortalecer as boas energias, para almejar a reconstrução dos valores humanos, para tecer o manto da paz e transformar todas as suas lágrimas e angústias em mel. Diferentes na sua igualdade, na sua identidade secreta de mãe, talvez seja por cada uma delas que o sol não desista de retornar mais uma vez, que a lua mesmo encoberta cumpra a tarefa de nos espiar as “travessuras”, que a natureza renove sua beleza e sua fragrância, que mesmo quando tudo parece sem sentido a vida encontra um jeitinho de se explicar melhor.