sexta-feira, 23 de junho de 2017

Apesar de baixa fertilidade, mundo terá 9,8 bilhões de pessoas em 2050

A população mundial tem atualmente quase 7,6 bilhões, em comparação com as 7,4 bilhões em 2015. Esse número é estimulado pelas taxas de fertilidade relativamente altas nos países em desenvolvimento – apesar de uma queda geral no número do nascimento de crianças em todo o mundo. Os dados estão em um documento publicado pela ONU nessa semana.

A população mundial tem atualmente quase 7,6 bilhões, em comparação com as 7,4 bilhões em 2015. Esse número é estimulado pelas taxas de fertilidade relativamente altas nos países em desenvolvimento – apesar de uma queda geral no número do nascimento de crianças em todo o mundo.
A informação consta em um relatório divulgado pelas Nações Unidas nessa quarta-feira (21).
A concentração do crescimento da população mundial está nos países mais pobres, segundo o relatório “Perspectivas da População Mundial: Revisão de 2017”, o que representa um desafio enquanto a comunidade internacional busca implementar a Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, cujo objetivo é acabar com a pobreza e preservar o planeta.
“Com quase 83 milhões de pessoas que a população mundial aumenta a cada ano, espera-se que a tendência ascendente em tamanho da população continue, inclusive supondo que as taxas de fertilidade continuarão diminuindo”, afirmaram os autores do relatório produzido pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU.
Nesse ritmo, espera-se que a população mundial chegue a 8,6 bilhões em 2030, 9,8 bilhões em 2050 e que supere os 11,2 bilhões em 2100.
Espera-se que o crescimento venha, em parte, dos 47 países menos desenvolvidos, onde a taxa de fertilidade é em torno de 4,3 nascimentos por mulher, e onde se espera que a população chegue a 1,9 bilhão em 2050 em comparação ao atual estimado de um bilhão.
Além disso, populações de 26 países africanos são propensas a “pelo menos dobrar” até 2050, segundo o relatório.
Essa tendência surge apesar das baixas taxas de fertilidade em quase todas as regiões do mundo, incluindo a África, onde as taxas caíram de 5,1 nascimentos por mulher de 2000 a 2005 a 4,7 nascimentos de 2010 a 2015.
Em contraste, a taxa de natalidade em Europa era de 1,6 nascimento por mulher entre 2010 e 2015, em comparação aos 1,4 entre 2000 e 2005.
“Entre 2010 e 2015, a fertilidade esteve abaixo do nível de substituição em 83 países, compreendendo 46% da população mundial”, afirma o relatório.
As baixas taxas de fertilidade estão resultando em um envelhecimento da população, com a expectativa de que o número de pessoas com 60 anos ou mais podendo duplicar (ou mais que duplicar) em 2050, e triplicar 2100, dos atuais 962 milhões a 3,1 bilhões.
É projetado que a África, que detém a distribuição mais jovem que qualquer outra região, passe por um envelhecimento rápido de sua população, aponta o relatório.
“Embora a população africana se mantenha relativamente jovem durante várias décadas mais, é esperado que a porcentagem da população com 60 anos ou mais aumente de 5% em 2017 a cerca de 9% em 2050, e a quase 20% até o final do século”, escrevem os autores.
Entre outras tendências populacionais retratadas no relatório, a população da Índia, que atualmente aparece no ranking como o segundo país mais populoso do mundo com 1,3 bilhão de habitantes, superará os 1,4 bilhão de cidadãos chineses em 2024.
Em 2050, o terceiro país mais populoso será a Nigéria, que aparece hoje no sétimo lugar e que deve ocupar o lugar dos Estados Unidos.
O relatório também aponta para o impacto dos fluxos de imigrantes e refugiados entre países, particularmente o impacto da crise de refugiados da Síria e da saída estimada de 4,2 milhões de pessoas entre 2010 e 2015.
O documento diz ainda que, embora a migração internacional nos níveis atuais ou aproximados seja insuficiente para compensar totalmente a perda esperada de população ligada aos baixos níveis de fertilidade, especialmente na região europeia, “o deslocamento de pessoas entre países pode ajudar a atenuar algumas das consequências adversas do envelhecimento populacional”, escrevem os autores.

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