Grafite
Uma forma de arte pública
Valéria Peixoto de Alencar*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Uma das reproduções da série A Rainha do Frango Assado, destaque da produção de Alex Vallauri
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O grafite é uma forma de arte contemporânea de características essencialmente urbanas. São pinturas e desenhos feitos nos muros e paredes públicos. Não é simplesmente uma pichação, mas uma expressão artística. Tem a intenção de interferir na paisagem da cidade, transmitindo diferentes idéias. Não se trata, portanto, de poluição visual.
Grafia é a escrita. Nas artes plásticas, a palavra grafite, ou graffito (em italiano), significa marca ou inscrição feita em um muro, e é o nome dado às inscrições feitas em paredes desde o Império Romano. Grafismo, por sua vez, é a maneira de traçar linhas e curvas sob um ponto de vista estético.
No período contemporâneo, as primeiras manifestações dessa forma de arte surgiram em Paris, durante a chamada revolução cultural, em maio de 1968. A estética do grafite é bastante associada ao hip-hop, uma forma de expressão artística que também surgiu nas ruas.
Nos Estados Unidos, um importante artista grafiteiro foi Jean-Michel Basquiat (1960-1988). Original de uma família haitiana, Basquiat buscou, para sua arte, raízes na experiência da exclusão social, no universo dos migrantes e no repertório cultural dos afro-americanos. Ao longo da década de 1970, seus "textos pintados" tomam os muros de Nova York, principalmente nos bairros que eram redutos de intelectuais e artistas, tornando Basquiat conhecido.
Grafia é a escrita. Nas artes plásticas, a palavra grafite, ou graffito (em italiano), significa marca ou inscrição feita em um muro, e é o nome dado às inscrições feitas em paredes desde o Império Romano. Grafismo, por sua vez, é a maneira de traçar linhas e curvas sob um ponto de vista estético.
No período contemporâneo, as primeiras manifestações dessa forma de arte surgiram em Paris, durante a chamada revolução cultural, em maio de 1968. A estética do grafite é bastante associada ao hip-hop, uma forma de expressão artística que também surgiu nas ruas.
Nos Estados Unidos, um importante artista grafiteiro foi Jean-Michel Basquiat (1960-1988). Original de uma família haitiana, Basquiat buscou, para sua arte, raízes na experiência da exclusão social, no universo dos migrantes e no repertório cultural dos afro-americanos. Ao longo da década de 1970, seus "textos pintados" tomam os muros de Nova York, principalmente nos bairros que eram redutos de intelectuais e artistas, tornando Basquiat conhecido.
Grafite no Brasil
Alex Vallauri (1949-1987) é considerado um dos precursores do grafite no Brasil. Etíope, chegou a São Paulo em 1965. Estudou gravura e formou-se em Comunicação Visual pela FAAP. Em 1978, passou a fazer grafites em espaços públicos da cidade. Produziu silhuetas de figuras, utilizando tinta spray sobre moldes de papelão.
Morou em Nova York entre 1982 e 1983. Durante esse período, também fez grafites nos muros da cidade. Em sua produção destaca-se a série A Rainha do Frango Assado, que também foi tema de instalação apresentada na 18ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1985. Sua obra foi apresentada na retrospectiva "Viva Vallauri", realizada no Museu da Imagem e do Som - MIS, em São Paulo, em 1998.
Juntamente com o grafite de Vallauri, destacam-se os trabalhos de Waldemar Zaidler e Carlos Matuck. O grupo Tupinão Dá - composto por Carlos Delfino, Jaime Prades e Milton Sogabe - é outra referência importante quando o assunto é o grafite em São Paulo. O grupo realizou performances e grafitagens pela cidade durante toda a década de 1980.
O Dia Nacional do Grafite é 27 de março e foi instituído após a morte de Vallauri, que ocorreu nesse dia, no ano de 1987.
Morou em Nova York entre 1982 e 1983. Durante esse período, também fez grafites nos muros da cidade. Em sua produção destaca-se a série A Rainha do Frango Assado, que também foi tema de instalação apresentada na 18ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1985. Sua obra foi apresentada na retrospectiva "Viva Vallauri", realizada no Museu da Imagem e do Som - MIS, em São Paulo, em 1998.
Juntamente com o grafite de Vallauri, destacam-se os trabalhos de Waldemar Zaidler e Carlos Matuck. O grupo Tupinão Dá - composto por Carlos Delfino, Jaime Prades e Milton Sogabe - é outra referência importante quando o assunto é o grafite em São Paulo. O grupo realizou performances e grafitagens pela cidade durante toda a década de 1980.
O Dia Nacional do Grafite é 27 de março e foi instituído após a morte de Vallauri, que ocorreu nesse dia, no ano de 1987.
Dicas
Assista ao filme Basquiat - traços de uma vida, de 1996, dirigido por Julian Schnabel. E visite os sites do Museu da Imagem e do Som e do Projeto Graffiti.
*Valéria Peixoto de Alencar é historiadora formada pela USP e cursa o mestrado em Artes no Instituto de Artes da Unesp. É uma das autoras do livro Arte-educação: experiências, questões e possibilidades (Editora Expressão e Arte).